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Lula diz que falou com von der Leyen sobre 'pontos nervosos' de Mercosul-UE e aguarda reunião

Lula afirmou que passou à presidente da Comissão Europeia "todos os pontos nervosos" do acordo e que ela "ficou de me dar uma resposta"

De acordo com o brasileiro, está sendo articulada uma reunião com von der Leyen durante a COP-28 (Arthur Menescal/Getty Images)
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 21 de novembro de 2023 às 12h06.

Última atualização em 21 de novembro de 2023 às 12h41.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva , afirmou nesta terça-feira, 21, que repassou "pontos nervosos" do acordo entre Mercosul e União Europeia à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen , em conversa na segunda-feira, 20. De acordo com o brasileiro, está sendo articulada uma reunião com von der Leyen durante a COP28 para ser apresentada uma resposta definitiva do bloco europeu.

"Ontem, liguei para a Ursula von der Leyen, que é presidente da Comissão Europeia, para dizer a ela que estou querendo negociar o acordo UE-Mercosul ainda na minha Presidência e gostaria que a gente conseguisse fazer o acordo", declarou o presidente do Brasil na transmissão semanal ao vivo nas redes sociais Conversa com o Presidente, que nesta terça-feira contou com a participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

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Lula afirmou que passou à presidente da Comissão Europeia "todos os pontos nervosos" do acordo e que ela "ficou de me dar uma resposta".

Segundo o brasileiro, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, está em contato com o chefe de gabinete de von der Leyen para analisar os "pontos mais problemáticos."

"Ela [ von der Leyen ] ficou de tentar, quem sabe, lá na COP 28, fazer uma reunião comigo e apresentar a resposta definitiva dele sobre nossa demanda", comentou Lula.

A conversa entre ambos ocorreu um dia após a vitória do novo presidente da Argentina, Javier Milei, no domingo, 19.

Conforme mostrou o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), apesar da vitória do ultradireitista, o governo brasileiro vê que a relação entre Brasil e Argentina é forte o suficiente para resistir a uma gestão declaradamente contra à de Lula.

A preocupação está concentrada, neste momento, com a integração regional, que pode ser enfraquecida. Um dos pontos de atenção é o acordo entre Mercosul e União Europeia, defendido por Lula.

A vitória de Milei pode frear as negociações.

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