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Caminhoneiros preparam novas demandas ao governo, diz liderança

Wallace Landim, que se identifica como parte da liderança dos caminhoneiros, afirmou que a categoria não prepara uma greve para agora

Caminhoneiros: Landim afirmou que, pela primeira vez, um governo do Brasil está ouvindo as reivindicações da categoria (Ueslei Marcelino/Reuters)
CC

Clara Cerioni

Publicado em 12 de abril de 2019 às 11h10.

Última atualização em 12 de abril de 2019 às 11h41.

São Paulo — Wallace Landim, o Chorão, quese identifica como parte da liderança dos caminhoneiros do Brasil, agradeceu ao presidente Jair Bolsonaro pela desistência da Petrobras em elevar opreço do diesel nas refinarias a partir desta sexta-feira (12).

Em entrevista a EXAME, Landim afirmou que, pela primeira vez, um governo do Brasil está ouvindo as reivindicações dos caminhoneiros e, por isso, não há previsão de que uma nova greve seja organizada. Ele é da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores, uma das organizações que representam a categoria.

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"Nós sabemos que existe uma pressão política para o presidente, mas essa foi uma promessa de campanha a nós que ele cumpriu. Agradecemos mais uma vez", diz o caminhoneiro, que é de Goiás.

No ano passado, os caminhoneiros organizaram uma greve histórica por causa da alta do combustível mais consumido no país. As consequências da paralisação foram significativas, com impacto no s preços dos alimentos, f alta de combustível nos postos de gasolina e paralisação dos transportes públicos.

De acordo com Landim, o próximo passo da categoria é se unir para organizar as demandas e levá-las ao governo. "Estamos contratando economistas e técnicos para nos explicar como funciona a política de preços da Petrobras, para nos ajudar a resolver as nossas necessidades", afirma.

Ele revelou que está sendo recebido com frequência pelo governo Bolsonaro para debater as pautas dos caminhoneiros do Brasil. "Eles sabem as nossas dificuldades para dar conta de todo o trabalho de transporte".

Batalha árdua

A redução inesperada da alta do diesel levantou incertezas sobre a independência da Petrobras em relação a sua política de reajustes de combustíveis.

Landim reconhece que essa intervenção entra em conflito explícito com a política liberal do Ministério da Economia, sob chefia de Paulo Guedes. "Sabemos o poder da Petrobras, mas isso não significa que não devemos entrar nessa batalha para sermos ouvidos".

A interferência do governo na Petrobras fez com as ações da estatal abrissemo pregão desta sexta-feira (12). Por volta das 10h15, os papéis da companhia recuavam 5,82% e os ordinários, 4,86%.

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