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Justiça julga pilotos de jato que causou acidente da GOL

Os parentes e amigos apelaram à presidenta Dilma Rousseff para impedir o risco de impunidade

Boeing da Gol destruído após acidente com Legacy: parentes das vítimas informaram que, apesar das advertências, os dois pilotos se mantêm na ativa (Divulgação/Força Aérea Brasileira)
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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2012 às 08h27.

Brasília – Os pilotos norte-americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, que comandavam o jato Legacy que se chocou contra o avião da GOL há seis anos, serão julgados hoje (15) em Brasília. O desembargador Tourinho Neto, da Terceira Turma Criminal do Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF1), conduz o julgamento, em segunda instância. No acidente, morreram 154 pessoas. Os parentes e amigos apelaram à presidenta Dilma Rousseff para impedir o risco de impunidade.

Em carta enviada no fim do mês passado, a Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo 1907 pediu à presidenta que apoie a causa, assim como ao Ministério das Relações Exteriores e à Câmara dos Deputados. Em trecho do documento, a entidade também faz um apelo às autoridades norte-americanas.

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O acidente ocorreu em 29 de setembro de 2006 quando o avião da GOL, que fazia o percurso de Manaus a Brasília, chocou-se com o jato executivo Embraer Legacy 600. Com o choque, o avião da GOL desapareceu dos radares aéreos.

Em abril do ano passado, os pilotos foram condenados em primeira instância pelo juiz Murilo Mendes, de Sinop (Mato Grosso), e condenados a quatro anos e quatro meses de prisão. Mas o juiz substituiu a pena por serviços comunitários prestados nos Estados Unidos e a perda do brevê apenas nesse período.

A Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo 1907 recorreu na tentativa de reverter a pena. A entidade diz que os pilotos devem ser presos e os brevês cassados permanentemente para evitar que tragédias se repitam.

Os pilotos norte-americanos também sofreram um processo administrativo e foram autuados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea). Eles foram advertidos, pela Anac e pelo Decea, que voaram em espaço aéreo de separação vertical reduzida (RVSM) sem autorização, desligaram o transponder e o equipamento Tcas 2, impedindo que o avião da GOL percebesse que o jato estava na rota errada e causaria a colisão.

Parentes das vítimas informaram que, apesar das advertências, os dois pilotos se mantêm na ativa. Um trabalha na American Airlines e o outro na Excel Aire.

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