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Jornalista não descarta novas espionagens contra o país

Greenwald disse que todas as informações que ele dispõe das ações contra a Petrobras e o Ministério de Minas e Energia já foram publicadas

Glenn Greenwald: "Infelizmente eu não sei tudo sobre este programa (usado pela agência dos EUA para espionar), mas o que eu sei eu já publiquei" (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2013 às 16h54.

Brasília - O jornalista norte-americano Glenn Greenwald afirmou nesta quarta-feira, 09, que podem existir mais documentos de ações de espionagem do governo norte-americano contra o Brasil.

Em audiência à CPI da Espionagem do Senado, Greenwald disse que todas as informações que ele dispõe das ações contra a Petrobras e o Ministério de Minas e Energia já foram publicadas.

Mas ele destacou que há limitações para analisar os documentos entregues pelo ex-prestador de serviços da Agência de Segurança Americana (NSA, em inglês) e não descartou que novas ações de espionagem possam ter ocorrido contra o País.

"Infelizmente eu não sei tudo sobre este programa (usado pela agência dos EUA para espionar), mas o que eu sei eu já publiquei", afirmou ele, que trabalha para o jornal inglês The Guardian e mora no Rio de Janeiro. Questionado pelo senador Pedro Taques (PDT-MT) se poderia entregar os documentos que dispõe para a CPI ajudar nas investigações, o jornalista respondeu que não.

"O governo e o jornalismo são separados e precisam ser separados", disse. "Eu mostrei já que estou publicando toda a informação com muito risco (sic)", completou ele, ao destacar que trabalha com profissionais da imprensa do Brasil e de outros países na publicação de reportagens a fim de ter uma "imagem completa" do que está acontecendo.

Presente à audiência pública, o companheiro do jornalista, David Miranda, explicou que parte dos dados de Snowden é de apresentações e de documentos que dizem respeito a ações diretas a serem executadas pela NSA. Miranda chegou a ser detido por autoridades britânicas no aeroporto de Heathrow, em Londres, com documentos que iria trazer para Glenn no Brasil.

David Miranda sugeriu que se a CPI quiser "informações reais" e "detalhes", o governo brasileiro poderia trazer Snowden ou até conceder asilo político a ele. O senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), relator da CPI, disse que gostaria muito e destacou que, em julho, a Comissão de Relações Exteriores do Senado, da qual é presidente, aprovou uma moção de apoio para que o governo brasileiro concedesse asilo ao ex-prestador de serviços da NSA.

Snowden recebeu em agosto um asilo provisório do governo russo por um ano. Glenn Greenwald disse que conversa praticamente todos os dias com o ex-prestador de serviços da NSA.

Ricardo Ferraço sugeriu que a CPI aprovasse dois requerimentos. O primeiro, endereçado ao advogado de Snowden, para que o cliente pudesse participar de uma teleconferência para ouvi-lo. O segundo, ao governo da Rússia, para saber se o ex-prestador de serviços da NSA poderia participar dessa interlocução com a comissão.

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Brasília - O jornalista norte-americano Glenn Greenwald afirmou nesta quarta-feira, 09, que podem existir mais documentos de ações de espionagem do governo norte-americano contra o Brasil.

Em audiência à CPI da Espionagem do Senado, Greenwald disse que todas as informações que ele dispõe das ações contra a Petrobras e o Ministério de Minas e Energia já foram publicadas.

Mas ele destacou que há limitações para analisar os documentos entregues pelo ex-prestador de serviços da Agência de Segurança Americana (NSA, em inglês) e não descartou que novas ações de espionagem possam ter ocorrido contra o País.

"Infelizmente eu não sei tudo sobre este programa (usado pela agência dos EUA para espionar), mas o que eu sei eu já publiquei", afirmou ele, que trabalha para o jornal inglês The Guardian e mora no Rio de Janeiro. Questionado pelo senador Pedro Taques (PDT-MT) se poderia entregar os documentos que dispõe para a CPI ajudar nas investigações, o jornalista respondeu que não.

"O governo e o jornalismo são separados e precisam ser separados", disse. "Eu mostrei já que estou publicando toda a informação com muito risco (sic)", completou ele, ao destacar que trabalha com profissionais da imprensa do Brasil e de outros países na publicação de reportagens a fim de ter uma "imagem completa" do que está acontecendo.

Presente à audiência pública, o companheiro do jornalista, David Miranda, explicou que parte dos dados de Snowden é de apresentações e de documentos que dizem respeito a ações diretas a serem executadas pela NSA. Miranda chegou a ser detido por autoridades britânicas no aeroporto de Heathrow, em Londres, com documentos que iria trazer para Glenn no Brasil.

David Miranda sugeriu que se a CPI quiser "informações reais" e "detalhes", o governo brasileiro poderia trazer Snowden ou até conceder asilo político a ele. O senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), relator da CPI, disse que gostaria muito e destacou que, em julho, a Comissão de Relações Exteriores do Senado, da qual é presidente, aprovou uma moção de apoio para que o governo brasileiro concedesse asilo ao ex-prestador de serviços da NSA.

Snowden recebeu em agosto um asilo provisório do governo russo por um ano. Glenn Greenwald disse que conversa praticamente todos os dias com o ex-prestador de serviços da NSA.

Ricardo Ferraço sugeriu que a CPI aprovasse dois requerimentos. O primeiro, endereçado ao advogado de Snowden, para que o cliente pudesse participar de uma teleconferência para ouvi-lo. O segundo, ao governo da Rússia, para saber se o ex-prestador de serviços da NSA poderia participar dessa interlocução com a comissão.

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