Jefferson: A Cris não quer mais ser ministra, mas vamos até fim
Segundo Jefferson, o partido manterá a indicação do nome de sua filha para o Ministério do Trabalho e eles irão até o fim na batalha jurídica
Estadão Conteúdo
Publicado em 24 de janeiro de 2018 às 19h53.
Brasília - O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, disse na tarde desta quarta-feira, 24, que diante do imbróglio jurídico envolvendo a posse de sua filha, a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), como ministra do Trabalho , ela perdeu o desejo de assumir a pasta diante do desgaste.
Ainda assim, disse Jefferson, o partido manterá a indicação de seu nome para a função e eles irão até o fim na batalha jurídica pelo direito do governo em nomear ministros sem interferência do Judiciário.
"A Cris não quer nem mais ser ministra, perdeu a graça, mas por lealdade nossa, vamos até o final", disse Jefferson ao Broadcast Político. O dirigente disse que o partido vai esperar o tempo da Justiça se manifestar novamente, o que deve ser mais uma semana ou 10 dias.
Jefferson disse que é preciso manter o recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para se ter uma resposta final sobre se cabe ação popular e liminar de juízes de primeira instância impedindo o governo de nomear seus quadros.
"O governo precisa de definição do mérito, senão não consegue nomear ministro sem ter a oposição do Judiciário e do Ministério Público. Foi tomada dele (governo) a atribuição de nomear e exonerar ministro de Estado", comentou. Para o dirigente, o governo sairá "apequenado" se não levar a ação adiante.
O ex-deputado federal disse que sua filha está machucada, por isso perdeu a vontade, "o tesão".
"Se a Cristiane sair agora, morre o assunto em tese", disse. Ele ressaltou que está fora de cogitação a indicação de outro nome do partido para o posto. "Ela sonhou tanto em ser, mas as objeções são de natureza tão primárias, tão tolas, que machucou", lamentou.