Itamaraty autoriza retorno ao trabalho de Saboia
De acordo com a assessoria, Saboia será chamado para se apresentar ao ministério até 30 de setembro e voltará ao trabalho no dia 1º de outubro
Da Redação
Publicado em 12 de setembro de 2013 às 12h58.
Brasília – O Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, autorizou o retorno ao trabalho do ex-encarregado de Negócios do Brasil na Bolívia, o diplomata Eduardo Saboia, responsável pela retirada do senador boliviano Roger Pinto Molina de La Paz, capital da Bolívia.
O diplomata está afastado das atividades desde o final de agosto, quando Pinto Molina chegou ao Brasil. A informação foi confirmada hoje (12) pela assessoria de imprensa do Itamaraty.
De acordo com a assessoria, Saboia será chamado para se apresentar ao ministério até 30 de setembro e voltará ao trabalho no dia 1º de outubro. O pedido para que o diplomata retornasse às atividades foi encaminhado hoje pelos advogados dele. “O pleito de retornar às atividades demonstra o seu compromisso com a nação, pois ele está recebendo um salário e sem trabalhar”, disse o advogado Ophir Cavalcante Junior, que defende Saboia.
O advogado acrescentou que não há nada, sob o ponto de vista legal, que sustente o afastamento do diplomata das suas atividades. “Não há nada de irregular na conduta do diplomata que o afaste das suas atividades normais de trabalho. Por isso, foi solicitado o retorno. Ele está em Brasília desde a chegada do senador [boliviano] ao Brasil.”
Paralelamente, a comissão de sindicância que investiga a atuação do diplomata suspendeu a audiência marcada para a manhã de hoje. Na presença de Saboia e advogados, a comissão informou que vai analisar o pedido dele para ter acesso aos documentos. A expectativa é que o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, decida sobre a solicitação de acesso aos documentos. Figueiredo estará em Brasília no dia 16.
A defesa de Saboia quer ter acesso aos e-mails, telegramas e notas trocadas entre a Embaixada do Brasil na Bolívia, o Itamaraty e a Presidência da República. A relação de documentos é extensa e mantida pela comissão em caráter sigiloso.
Ophir também encaminhou solicitação para que Pinto Molina, que ficou 455 dias abrigado na Embaixada do Brasil na Bolívia, seja arrolado como testemunha pela comissão no processo que investiga a atuação de Saboia.
Saboia é alvo de investigações de uma comissão de sindicância, formada por dois embaixadores e um auditor da Receita Federal. O grupo apura as responsabilidades do diplomata na retirada de Pinto Molina da Embaixada do Brasil na Bolívia.O diplomata é acusado de quebra de hierarquia. A defesa dele nega.
O parlamentar boliviano foi retirado da Bolívia para o Brasil em uma operação organizada por Saboia no último dia 22, desencadeando uma crise diplomática. O então chanceler Antonio Patriota foi substituído por Luiz Alberto Figueiredo Machado. Em junho de 2012, o Brasil concedeu asilo diplomático ao senador, mas o governo boliviano não deu o salvo-conduto para ele deixar o país.
No Brasil há 15 dias, Pinto Molina é classificado como um “delinquente comum” pelo governo boliviano. O senador nega as acusações relativas a desvios de recursos públicos e corrupção. No total, são mais de 20 processos.
Brasília – O Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, autorizou o retorno ao trabalho do ex-encarregado de Negócios do Brasil na Bolívia, o diplomata Eduardo Saboia, responsável pela retirada do senador boliviano Roger Pinto Molina de La Paz, capital da Bolívia.
O diplomata está afastado das atividades desde o final de agosto, quando Pinto Molina chegou ao Brasil. A informação foi confirmada hoje (12) pela assessoria de imprensa do Itamaraty.
De acordo com a assessoria, Saboia será chamado para se apresentar ao ministério até 30 de setembro e voltará ao trabalho no dia 1º de outubro. O pedido para que o diplomata retornasse às atividades foi encaminhado hoje pelos advogados dele. “O pleito de retornar às atividades demonstra o seu compromisso com a nação, pois ele está recebendo um salário e sem trabalhar”, disse o advogado Ophir Cavalcante Junior, que defende Saboia.
O advogado acrescentou que não há nada, sob o ponto de vista legal, que sustente o afastamento do diplomata das suas atividades. “Não há nada de irregular na conduta do diplomata que o afaste das suas atividades normais de trabalho. Por isso, foi solicitado o retorno. Ele está em Brasília desde a chegada do senador [boliviano] ao Brasil.”
Paralelamente, a comissão de sindicância que investiga a atuação do diplomata suspendeu a audiência marcada para a manhã de hoje. Na presença de Saboia e advogados, a comissão informou que vai analisar o pedido dele para ter acesso aos documentos. A expectativa é que o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, decida sobre a solicitação de acesso aos documentos. Figueiredo estará em Brasília no dia 16.
A defesa de Saboia quer ter acesso aos e-mails, telegramas e notas trocadas entre a Embaixada do Brasil na Bolívia, o Itamaraty e a Presidência da República. A relação de documentos é extensa e mantida pela comissão em caráter sigiloso.
Ophir também encaminhou solicitação para que Pinto Molina, que ficou 455 dias abrigado na Embaixada do Brasil na Bolívia, seja arrolado como testemunha pela comissão no processo que investiga a atuação de Saboia.
Saboia é alvo de investigações de uma comissão de sindicância, formada por dois embaixadores e um auditor da Receita Federal. O grupo apura as responsabilidades do diplomata na retirada de Pinto Molina da Embaixada do Brasil na Bolívia.O diplomata é acusado de quebra de hierarquia. A defesa dele nega.
O parlamentar boliviano foi retirado da Bolívia para o Brasil em uma operação organizada por Saboia no último dia 22, desencadeando uma crise diplomática. O então chanceler Antonio Patriota foi substituído por Luiz Alberto Figueiredo Machado. Em junho de 2012, o Brasil concedeu asilo diplomático ao senador, mas o governo boliviano não deu o salvo-conduto para ele deixar o país.
No Brasil há 15 dias, Pinto Molina é classificado como um “delinquente comum” pelo governo boliviano. O senador nega as acusações relativas a desvios de recursos públicos e corrupção. No total, são mais de 20 processos.