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Investigados foram chamados para depor na PGR, diz defesa

Criminalistas que defendem dois parlamentares investigados na Lava Jato admitiram que clientes foram convidados para depor na Procuradoria Geral da República

Operação Lava Jato: local dos depoimentos está no centro de uma disputa entre a Polícia Federal e a PGR (Divulgação / Polícia Federal)
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Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2015 às 21h14.

Brasília - Criminalistas que defendem dois parlamentares investigados na Operação Lava Jato admitiram nesta sexta-feira, 17, que seus clientes foram convidados por procuradores a prestar depoimento na sede da Procuradoria Geral da República.

O líder do PP na Câmara, deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), chegou a desmarcar seu depoimento na Polícia Federal informando que falaria na sede do Ministério Público .

"Recebemos uma ligação da procuradoria sugerindo o depoimento na Procuradoria e eu aceitei", afirmou o criminalista Marcus Vinícius, que defende o deputado Sandes Junior (PP-GO).

"O deputado foi contatado. É só uma mudança de local. Não conheço ninguém que prefira ser ouvido numa delegacia policial", constatou o ex-ministro Hamilton Carvalhido, que defende Eduardo da Fonte.

O local dos depoimentos está no centro de uma disputa entre a Polícia Federal e a PGR que paralisou parte das oitivas da Operação Lava Jato determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Conforme a Procuradoria, o procurador Peterson Pereira, seguindo orientação do procurador-geral Rodrigo Janot, procurou parlamentares investigados na Lava Jato, mas para informar que poderiam optar pelo local do depoimento e não para direcionar a escolha. A intenção, segundo a Procuradoria, era organizar a agenda das mais de cem oitivas.

Entre os depoimentos adiados estão o do presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, deputado Arthur de Lira (PP-AL), do senador Benedito de Lira (PP-AL); além do diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, Alexandrino Alencar, ligado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O jornal O Globo revelou que Alexandrino acompanhou Lula em uma agenda por vários países. A empresa pagou as despesas do voo, mesmo não sendo uma viagem de trabalho para a empreiteira. No documento do voo, esta registrado: "passageiro principal: voo completamente sigiloso."

A temperatura de crise aumentou com nota divulgada pela PF e rebatida pelo Ministério Público Federal. "A Polícia Federal tem o compromisso em elucidar os fatos investigados e aguarda para retomar a execução das diligencias", estocou a PF. O delegado Eduardo Mauat da Silva, um dos responsáveis pela Lava Jato, reforçou.

"A investigação esta sendo tolhida. Agora, se ela está sendo tolhida por uma questão jurídica ou por alguma outra questão, cabe ao doutor Janot explicar." A procuradoria respondeu: "...Como a responsabilidade pelo oferecimento da denúncia e pela sustentação da prova no STF é do procurador-geral da República, cabe a ele decidir a estratégia de investigação."

De acordo com o regimento interno do STF, o autor do inquérito judicial é a Procuradoria-Geral da República. À Polícia Federal cabe o papel de atuar na condução das diligências.

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Brasília - Criminalistas que defendem dois parlamentares investigados na Operação Lava Jato admitiram nesta sexta-feira, 17, que seus clientes foram convidados por procuradores a prestar depoimento na sede da Procuradoria Geral da República.

O líder do PP na Câmara, deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), chegou a desmarcar seu depoimento na Polícia Federal informando que falaria na sede do Ministério Público .

"Recebemos uma ligação da procuradoria sugerindo o depoimento na Procuradoria e eu aceitei", afirmou o criminalista Marcus Vinícius, que defende o deputado Sandes Junior (PP-GO).

"O deputado foi contatado. É só uma mudança de local. Não conheço ninguém que prefira ser ouvido numa delegacia policial", constatou o ex-ministro Hamilton Carvalhido, que defende Eduardo da Fonte.

O local dos depoimentos está no centro de uma disputa entre a Polícia Federal e a PGR que paralisou parte das oitivas da Operação Lava Jato determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Conforme a Procuradoria, o procurador Peterson Pereira, seguindo orientação do procurador-geral Rodrigo Janot, procurou parlamentares investigados na Lava Jato, mas para informar que poderiam optar pelo local do depoimento e não para direcionar a escolha. A intenção, segundo a Procuradoria, era organizar a agenda das mais de cem oitivas.

Entre os depoimentos adiados estão o do presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, deputado Arthur de Lira (PP-AL), do senador Benedito de Lira (PP-AL); além do diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, Alexandrino Alencar, ligado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O jornal O Globo revelou que Alexandrino acompanhou Lula em uma agenda por vários países. A empresa pagou as despesas do voo, mesmo não sendo uma viagem de trabalho para a empreiteira. No documento do voo, esta registrado: "passageiro principal: voo completamente sigiloso."

A temperatura de crise aumentou com nota divulgada pela PF e rebatida pelo Ministério Público Federal. "A Polícia Federal tem o compromisso em elucidar os fatos investigados e aguarda para retomar a execução das diligencias", estocou a PF. O delegado Eduardo Mauat da Silva, um dos responsáveis pela Lava Jato, reforçou.

"A investigação esta sendo tolhida. Agora, se ela está sendo tolhida por uma questão jurídica ou por alguma outra questão, cabe ao doutor Janot explicar." A procuradoria respondeu: "...Como a responsabilidade pelo oferecimento da denúncia e pela sustentação da prova no STF é do procurador-geral da República, cabe a ele decidir a estratégia de investigação."

De acordo com o regimento interno do STF, o autor do inquérito judicial é a Procuradoria-Geral da República. À Polícia Federal cabe o papel de atuar na condução das diligências.

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