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Inflação não é só de alimentos e requer juros, diz Rosenberg & Associados

Consultoria avalia aumentar a previsão total de aperto monetário, que deve começar nesta quarta-feira (19)

Sob o comando de Alexandre Tombini, Copom anuncia decisão sobre juros nesta quarta (Divulgação/Ordem dos Economistas do Brasil)
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Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2011 às 10h44.

São Paulo - A alta da inflação no Brasil não está restrita ao setor de alimentos e o Banco Central precisa agir para conter os preços nesse ano e evitar uma contaminação da meta em 2012.

A avaliação é da economista-chefe da consultoria Rosenberg & Associados, Thaís Zara, que participou nesta terça-feira (18) do programa “Momento da Economia”, na Rádio EXAME.

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“A inflação tem mostrado um caráter muito disperso entre os itens. É claro que a gente tem pressões pontuais, especialmente em alimentação, e em alguns itens sazonais nesse início de ano, mas temos uma inflação de serviços bastante forte. Além disso, agora, com a contribuição adicional do câmbio sendo diminuída, a gente deve ter pressões em todos os produtos da cadeia produtiva. Isso preocupa bastante o atingimento da meta nesse e também coloca questões para o cumprimento da meta no próximo ano”, diz Thaís Zara, que não descarta elevar a previsão total do aperto monetário, inicialmente estimado em 1,5 ponto percentual.

A economista lembra que um ajuste fiscal mais forte ajudaria a reduzir a demanda agregada e, por tabela, facilitaria o trabalho do Banco Central, que não teria de elevar tanto os juros. “A gente precisaria ter uma sinalização bastante contundente em direção a um aperto fiscal um pouco mais forte.”

Thaís Zara projeta dólar na casa de R$ 1,70 ao longo do ano, ou seja, o câmbio praticamente estável que nem ajuda nem atrapalha a inflação. Em relação aos preços das commodities, a previsão é de estabilidade, embora possam ocorrer pressões no segundo semestre dependendo do desempenho da safra no exterior.

Na entrevista (para ouvi-la na íntegra, clique na imagem ao lado), a economista-chefe da Rosenberg & Associados também avalia a recuperação econômica da Europa e dos Estados Unidos.

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