Exame Logo

Bolsa cai no dia, mas avança na semana com cenário político

Queda no dia não foi suficiente para compensar o avanço de 7% da véspera, e índice acumulou alta na semana

Bovespa: cautela antes do fim de semana e movimento de realização de lucros puxaram principal índice da Bolsa para terreno negativo. (Dado Galdieri/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de março de 2016 às 18h11.

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou em queda nesta sexta-feira, após forte alta na véspera, em meio a movimentos de realização de lucros e cautela antes do fim de semana, conforme investidores seguem monitorando desdobramentos da crise política no país .

O Ibovespa caiu 0,19 por cento, a 50.814 pontos. Na máxima do dia, o índice subiu 0,77 por cento, a 51.307 pontos, renovando máxima intradia desde julho de 2015. O volume financeiro somou 9,2 bilhões de reais.

Na semana, porém, o índice de referência do mercado acionário avançou 2,37 por cento, reflexo principalmente da alta de quase 7 por cento na quinta-feira, completando a quinta semana consecutiva no azul, maior sequência desde abril de 2014.

Entre agentes financeiros, cresceram as apostas no impeachment da presidente Dilma Rousseff, particularmente após divulgação de conversas telefônicas entre ela e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, agora ministro chefe da Casa Civil que enfrenta uma série de ações na Justiça que tentam impedir que assuma o cargo.

Mas o noticiário político relativamente mais calmo nesta sessão abriu espaço para alguma realização de lucros, conforme o Ibovespa acumulava até a véspera alta de quase 20 por cento no mês de março.

Investidores monitoram agora desdobramentos sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, após a instalação de Comissao Especial para analisar a questão.

Também estão no foco de atenções pedidos na Justiça contra a posse do ex-presidente da Casa Civil e movimentos do PMDB no sentido de se afastar de vez do governo, além de manifestações populares - contra e a favor do governo.

Ainda no radar nesta sexta-feira estiveram o rebalanceamento do índice FTSE All World e operações ligadas ao vencimento dos contratos de opções sobre ações na Bovespa na segunda-feira.

"O mercado realizou um pouco, tirou um pouco de risco da mesa antes do vencimento de opções na segunda-feira", disse o operador da gestora de recursos Quantitas, Thiago Montenegro, citando ainda o enfraquecimento das commodities.

DESTAQUES

- BANCO DO BRASIL recuou 1,59 por cento, após registrar alta de mais de 14 por cento na véspera, o maior ganho percentual diário desde 2008, conforme segue sensível a desdobramentos na esfera política. O papel acumula em março valorização ao redor de 50 por cento.

- BRADESCO caiu 1,33 por cento, também na sequência de fortes altas na quinta-feira, pesando no Ibovespa dada a relevante fatia que detem no índice. ITAÚ UNIBANCO , por sua vez, reverteu as perdas e terminou com elevação de 0,27 por cento.

- PETROBRAS também encerrou com as preferenciais em alta de 0,25 por cento, após recuar na maior parte da sessão por realização de lucros, enquanto segue suscetível a desdobramentos políticos. A companhia considera vender o controle da sua subsidiária de combustíveis BR Distribuidora, depois de não conseguir garantir lances por uma participação minoritária na companhia, afirmaram à Reuters nesta sexta-feira duas fontes com conhecimento direto dos planos.

- COPEL subiu 1,56 cento, após mostrar alta anual de 77,3 por cento no Ebitda do quarto trimestre.

- VALE encerrou com as preferenciais de classe A em alta de 3,02 por cento, na esteira de nova alta dos preços do minério de ferro na China.

- GERDAU avançou 6,56 por cento, entre os destaques positivos do Ibovespa, em sessão sem tendência única no setor siderúrgic, com CSN cedendo 0,13 por cento.

- USIMINAS terminou estável após seu Conselho de Administração aprovar convocação de assembleia de acionistas para discutir proposta de aumento de capital de 1 bilhão de reais feita pelo grupo Nippon Steel. O papel ON , que não está no índice, recuou quase 7 por cento.

Veja também

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou em queda nesta sexta-feira, após forte alta na véspera, em meio a movimentos de realização de lucros e cautela antes do fim de semana, conforme investidores seguem monitorando desdobramentos da crise política no país .

O Ibovespa caiu 0,19 por cento, a 50.814 pontos. Na máxima do dia, o índice subiu 0,77 por cento, a 51.307 pontos, renovando máxima intradia desde julho de 2015. O volume financeiro somou 9,2 bilhões de reais.

Na semana, porém, o índice de referência do mercado acionário avançou 2,37 por cento, reflexo principalmente da alta de quase 7 por cento na quinta-feira, completando a quinta semana consecutiva no azul, maior sequência desde abril de 2014.

Entre agentes financeiros, cresceram as apostas no impeachment da presidente Dilma Rousseff, particularmente após divulgação de conversas telefônicas entre ela e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, agora ministro chefe da Casa Civil que enfrenta uma série de ações na Justiça que tentam impedir que assuma o cargo.

Mas o noticiário político relativamente mais calmo nesta sessão abriu espaço para alguma realização de lucros, conforme o Ibovespa acumulava até a véspera alta de quase 20 por cento no mês de março.

Investidores monitoram agora desdobramentos sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, após a instalação de Comissao Especial para analisar a questão.

Também estão no foco de atenções pedidos na Justiça contra a posse do ex-presidente da Casa Civil e movimentos do PMDB no sentido de se afastar de vez do governo, além de manifestações populares - contra e a favor do governo.

Ainda no radar nesta sexta-feira estiveram o rebalanceamento do índice FTSE All World e operações ligadas ao vencimento dos contratos de opções sobre ações na Bovespa na segunda-feira.

"O mercado realizou um pouco, tirou um pouco de risco da mesa antes do vencimento de opções na segunda-feira", disse o operador da gestora de recursos Quantitas, Thiago Montenegro, citando ainda o enfraquecimento das commodities.

DESTAQUES

- BANCO DO BRASIL recuou 1,59 por cento, após registrar alta de mais de 14 por cento na véspera, o maior ganho percentual diário desde 2008, conforme segue sensível a desdobramentos na esfera política. O papel acumula em março valorização ao redor de 50 por cento.

- BRADESCO caiu 1,33 por cento, também na sequência de fortes altas na quinta-feira, pesando no Ibovespa dada a relevante fatia que detem no índice. ITAÚ UNIBANCO , por sua vez, reverteu as perdas e terminou com elevação de 0,27 por cento.

- PETROBRAS também encerrou com as preferenciais em alta de 0,25 por cento, após recuar na maior parte da sessão por realização de lucros, enquanto segue suscetível a desdobramentos políticos. A companhia considera vender o controle da sua subsidiária de combustíveis BR Distribuidora, depois de não conseguir garantir lances por uma participação minoritária na companhia, afirmaram à Reuters nesta sexta-feira duas fontes com conhecimento direto dos planos.

- COPEL subiu 1,56 cento, após mostrar alta anual de 77,3 por cento no Ebitda do quarto trimestre.

- VALE encerrou com as preferenciais de classe A em alta de 3,02 por cento, na esteira de nova alta dos preços do minério de ferro na China.

- GERDAU avançou 6,56 por cento, entre os destaques positivos do Ibovespa, em sessão sem tendência única no setor siderúrgic, com CSN cedendo 0,13 por cento.

- USIMINAS terminou estável após seu Conselho de Administração aprovar convocação de assembleia de acionistas para discutir proposta de aumento de capital de 1 bilhão de reais feita pelo grupo Nippon Steel. O papel ON , que não está no índice, recuou quase 7 por cento.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresIbovespaMercado financeiroPolítica no Brasil

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame