Incluir mulheres no mercado deve ser prioridade, diz ministra
Iriny Lopes, ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, lembrou que apenas 19% do comando e direção das empresas é feminino
Da Redação
Publicado em 16 de março de 2011 às 11h05.
Brasília – A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Iriny Lopes, afirmou hoje (16) que a prioridade da pasta no momento precisa ser a inclusão de mulheres no mercado de trabalho.
Iriny lembrou que as mulheres representam a maioria da população brasileira, além serem bem qualificadas profissionalmente. No entanto, segundo ela, as mulheres são maioria no mercado informal, ainda recebem um salário inferior ao dos homens para exercer uma mesma função e só representam 19% dos postos de comando e de direção em empresas.
“Precisamos muito mesmo do Congresso Nacional. Temos uma legislação já pronta para ser votada, que cria as condições de igualdade no mundo do trabalho”, disse Iriny, ao participar do programa Brasil em Pauta, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços. “Ter uma legislação própria, que respalde as iniciativas, é fundamental agora”, completou.
A ministra destacou ainda a necessidade de um melhor cumprimento, por parte do Judiciário, da Lei Maria da Penha, que pune com maior rigor a violência doméstica contra a mulher.
Ela afirmou que o governo estuda a instalação de delegacias especializadas, núcleos de atendimento e casas abrigo também na zona rural do país.
“Se a situação das mulheres é difícil nos centros urbanos, nos rincões torna-se mais grave. Nem pedir socorro ao vizinho é possível”, destacou. Mas as ações, segundo Iriny, dependem da “boa vontade” de prefeituras e governos estaduais.
Outro tema de relevância apontado pela ministra é a reforma política. De acordo com ela, é preciso ousar para que as mulheres possam disputar eleições em igualdade de condições. A ideia, segundo Iriny, é ampliar não apenas o número de candidatas, mas assegurar um percentual reservado de vagas no Congresso Nacional.
“Também precisamos de mais prefeitas, mais governadoras, não só de deputadas e senadoras”, defendeu.