Garotinha carioca é a nova candidata a santa do Brasil
Processo para canonizar garota carioca que morreu aos 9 anos, na década de 30, terá início no próximo dia 18
Da Redação
Publicado em 10 de janeiro de 2013 às 14h43.
São Paulo - O Brasil está em vias de ter mais uma santa brasileira - e a primeira nascida no Rio de Janeiro . A Arquidiocese do Rio inicia no próximo dia 18 um tribunal formado por membros da entidade que vai julgar a vida e os possíveis milagres da garotinha que morreu aos nove anos e já é cultuada como santa por muitos cariocas. A canonização será avaliada pelo Vaticano.
Odette Vidal de Oliveira, ou "Odetinha", como é conhecida pelos padres e devotos, nasceu em 1930 e faleceu nove anos depois, de meningite, doença que ela suportou com "paciência cristã", segundo a Arquidiocese.
A fama da garota vem da sua enorme devoção e caridade com os pobres. Tanto que até hoje seu túmulo em Botafogo, no Rio, recebe grande número de visitas de fiéis fazendo pedidos a ela.
Odetinha faleceu em 1939, mas seu caso voltou à tona recentemente por conta da Jornada Mundial da Juventude, evento que reúne milhões de jovens católicos do mundo inteiro e, neste ano, acontecerá em julho no Rio.
"Dom Orani, arcebispo do Rio de Janeiro, buscou na cidade jovens que poderiam ser exemplos e foi assim que nós chegamos à Odetinha", conta o padre João do Nascimento, um dos responsáveis na Arquidiocese por levar o processo, que ainda deve demorar anos, ao Vaticano.
Caminho longo
Mas para se tornar santa não basta ter devotos. O processo é longo e em etapas. Segundo a Arquidiocese, o candidato a santo primeiro começa com o título de "Servo de Deus". Sua vida passa a ser escrutinada para avaliar suas virtudes e possível martírio. Terminado o processo, a pessoa passa a ser considerada "venerável".
A parte mais difícil vem depois, quando pelo menos dois milagres têm de ser comprovados (ou um, no caso de um mártir). Segundo o padre João, um milagre é uma "graça" (intervenção sobrenatural) comprovada cientificamente. "Estamos examinando mais de mil casos de graças documentadas", explica o padre.
Um dos casos mais famosos - e que constam na biografia oficial, prestes a ser relançada - aconteceu logo no nascimento de Odetinha. A mãe da jovem estaria sofrendo de uma hemorragia interna que os próprios médicos julgaram incurável, mas seu pai adotivo "orou e pediu a ela para que a mãe melhorasse".
Segundo relatos, no dia seguinte ao da oração, a hemorragia teria "sumido".
"Outro exemplo de graça aconteceu após a morte dela", conta o padre João. "Um homem foi ao cemitério pensando em se matar e, sem saber, passou pelo túmulo dela. Ele então ouviu uma voz de criança dizendo que tudo daria certo com ele, para ele voltar pra casa", completa.
Segundo o religioso, o homem não se matou e teria conseguido um emprego pouco tempo depois.
A Arquidiocese conta com um endereço de e-mail (beatificacao@arquidiocese.org) específico para pessoas que queiram enviar casos de graças alcançadas por causa da garotinha.
São Paulo - O Brasil está em vias de ter mais uma santa brasileira - e a primeira nascida no Rio de Janeiro . A Arquidiocese do Rio inicia no próximo dia 18 um tribunal formado por membros da entidade que vai julgar a vida e os possíveis milagres da garotinha que morreu aos nove anos e já é cultuada como santa por muitos cariocas. A canonização será avaliada pelo Vaticano.
Odette Vidal de Oliveira, ou "Odetinha", como é conhecida pelos padres e devotos, nasceu em 1930 e faleceu nove anos depois, de meningite, doença que ela suportou com "paciência cristã", segundo a Arquidiocese.
A fama da garota vem da sua enorme devoção e caridade com os pobres. Tanto que até hoje seu túmulo em Botafogo, no Rio, recebe grande número de visitas de fiéis fazendo pedidos a ela.
Odetinha faleceu em 1939, mas seu caso voltou à tona recentemente por conta da Jornada Mundial da Juventude, evento que reúne milhões de jovens católicos do mundo inteiro e, neste ano, acontecerá em julho no Rio.
"Dom Orani, arcebispo do Rio de Janeiro, buscou na cidade jovens que poderiam ser exemplos e foi assim que nós chegamos à Odetinha", conta o padre João do Nascimento, um dos responsáveis na Arquidiocese por levar o processo, que ainda deve demorar anos, ao Vaticano.
Caminho longo
Mas para se tornar santa não basta ter devotos. O processo é longo e em etapas. Segundo a Arquidiocese, o candidato a santo primeiro começa com o título de "Servo de Deus". Sua vida passa a ser escrutinada para avaliar suas virtudes e possível martírio. Terminado o processo, a pessoa passa a ser considerada "venerável".
A parte mais difícil vem depois, quando pelo menos dois milagres têm de ser comprovados (ou um, no caso de um mártir). Segundo o padre João, um milagre é uma "graça" (intervenção sobrenatural) comprovada cientificamente. "Estamos examinando mais de mil casos de graças documentadas", explica o padre.
Um dos casos mais famosos - e que constam na biografia oficial, prestes a ser relançada - aconteceu logo no nascimento de Odetinha. A mãe da jovem estaria sofrendo de uma hemorragia interna que os próprios médicos julgaram incurável, mas seu pai adotivo "orou e pediu a ela para que a mãe melhorasse".
Segundo relatos, no dia seguinte ao da oração, a hemorragia teria "sumido".
"Outro exemplo de graça aconteceu após a morte dela", conta o padre João. "Um homem foi ao cemitério pensando em se matar e, sem saber, passou pelo túmulo dela. Ele então ouviu uma voz de criança dizendo que tudo daria certo com ele, para ele voltar pra casa", completa.
Segundo o religioso, o homem não se matou e teria conseguido um emprego pouco tempo depois.
A Arquidiocese conta com um endereço de e-mail (beatificacao@arquidiocese.org) específico para pessoas que queiram enviar casos de graças alcançadas por causa da garotinha.