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Homicídios caem em maio no estado de São Paulo, mas crescem na capital

Na capital paulista, número de homicídios cresceu 42,2% no mês, passando de 45 para 64 ocorrências. Total de vítimas cresceu, passando de 50 casos para 66

Homicídios: houve 239 casos em maio no estado de São Paulo (Warren Little/Getty Images)

Homicídios: houve 239 casos em maio no estado de São Paulo (Warren Little/Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 25 de junho de 2018 às 20h37.

Última atualização em 25 de junho de 2018 às 20h37.

Em maio, o número de ocorrências de homicídios dolosos caiu em todo o estado de São Paulo, mas cresceu mais de 42% na capital. O balanço foi divulgado no fim da tarde de hoje (25) pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.

No mês passado, houve 239 casos de homicídio em maio, com queda de 7,4% na comparação com o mesmo mês do ano passado, com o registro de 239 casos. Já o número de vítimas caiu 9,2%, passando de 273 para 248 mortos. É o menor número da série histórica, iniciada em 2001.

Na capital paulista, o número de homicídios cresceu 42,2% no mês, passando de 45 para 64 ocorrências. O total de vítimas de homicídios também cresceu, passando de 50 casos para 66.

Segundo o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Mágino Alves Barbosa Filho, ainda não foi possível determinar a razão do aumento dos casos de homicídios na cidade de São Paulo.

No entanto, ele disse que 37% dos casos ocorreram durante a greve dos caminhoneiros. "O [aumento do] homicídio está sob análise. Não conseguimos detectar nenhum motivo determinante dessa alta. A única coisa que percebemos é que houve aumento durante o período da greve [dos caminhoneiros]. Mas sinceramente não vejo uma relação entre a greve e as ocorrências de homicídio", afirmou o secretário.

Estupro

Embora os principais indicadores de criminalidade tenham caído em todo o estado, o número de estupros continua aumentando. Em maio, houve 93 casos a mais, totalizando 1.036 boletins de ocorrência. O secretário atribuiu parte do aumento ao fato de que cresceu o número de mulheres registrando boletins de ocorrência, até mesmo de casos mais antigos.

"Nesse mês, 11% do número de registros de ocorrência de estupro não dizem respeito a fatos que ocorreram no mês de maio, mas antes deste ano. E 20% são casos que ocorreram entre janeiro e abril de 2018", disse ele, dando como exemplo o caso de uma mulher que resolveu denunciar o pai por abusos cometidos há anos, porque tinha medo de que o mesmo acontecesse com a irmã. "Há três ou quatro anos, ela sofreu um abuso por parte do pai e viu a irmã chegando à idade dela [na época dos abusos] e começou a sentir que o comportamento do pai era muito semelhante ao que ele teve com ela. Então, decidiu registrar a ocorrência."

De acordo com Mágino, 74 dessas ocorrências [entre o total de casos de estupro registrados em maio] relatavam situação de abuso contínuo, 19 dos quais perduraram até este ano. Cerca de 84,5% dos casos de estupro relatados pelas vítimas ocorreram em ambiente interno, o que, segundo o secretário, pressupõe que a vítima conheça o agressor.

Outros dados

Os casos de latrocínio [roubo seguido de morte] caíram 40,6%, passando de 32 para 19 ocorrências. O número de vítimas também caiu, passando de 33 para 20.

Os roubos em geral tiveram queda de 14,3%, com 4.026 ocorrências a menos, somando 24.209 casos. Os furtos também diminuíram (7,6%), com 41.775 boletins de ocorrência registrados em todo o estado.

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