Curtas – uma seleção do mais importante no Brasil e no mundo
Heleno vira alvo de Carlos Bolsonaro; Irã descumpre acordo; Polícia de Hong Kong retoma parlamento
Da Redação
Publicado em 2 de julho de 2019 às 07h08.
Última atualização em 2 de julho de 2019 às 07h38.
Heleno vira alvo
O general de reserva Augusto Heleno, que comanda o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), virou ontem o mais novo militar alvo de Carlos Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro responsável pelas redes sociais do presidente. Carlos levantou suspeitas da eficácia do GSI ao comentar a apreensão de 39 quilos de cocaína em avião militar. Disse ainda que não confia no órgão para sua segurança pessoal, e chegou a falar em ameaças de morte. Heleno vem ganhando popularidade e foi um dos destaques nas manifestações de domingo a favor do ministro da Justiça, Sergio Moro.
“Faz parte da democracia”
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Dias Toffoli, participou de um café da manhã nesta segunda-feira, 1º, antes do recesso da Corte, para apresentar um balanço do semestre. No evento, logo após as manifestações em mais de 80 cidades no último domingo em apoio à operação Lava-Jato e ao ministro da Justiça, Sergio Moro, Toffoli disse que as criticas ao STF têm diminuído e que os ministros do tribunal tem “couro suficiente” para tomar decisões sem interferência da pressão popular. “Nós temos hoje uma crítica dentro daquilo que é uma crítica razoável, do ponto de vista de não ser tão ofensiva. Se amenizaram muito os ataques que havia ao Supremo, seja na rede social, seja nos movimentos de rua”, disse Toffoli quando questionado sobre os atos de domingo. O ministro afirmou ainda que o próprio trabalho do Supremo está dando resposta para as críticas da população. “Faz parte da democracia”, completou.
Assessores do ministro do Turismo são soltos
A Justiça de Minas Gerais determinou nesta segunda-feira, 1, a soltura de um assessor especial e de dois ex-auxiliares do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. Os três estavam em prisão temporária desde a última quinta-feira, quando foram detidos pela Polícia Federal em decorrência das investigações sobre as candidaturas laranjas do PSL de Minas Gerais. Na última sexta-feira, um juiz havia negado o pedido de soltura feito pela defesa dos assessores de Álvaro. Estavam presos Mateus Von Rondon, assessor especial de Álvaro Antônio, Roberto Soares e Haissander de Paula, ex-assessores e que coordenaram a campanha do político.
Lava-Jato: procurador estadual do Rio é preso
A pedido da força-tarefa da Lava-Jato no Rio de Janeiro, a Polícia Federal prendeu nesta segunda-feira, 1, o procurador do estado Renan Miguel Saad. De acordo com as investigações, ele é suspeito de receber propina para dar um parecer favorável a uma alteração das obras da linha 4 do metrô, realizada pela construtora Odebrecht. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), foram identificados pagamentos a Saad relacionados à obra do metrô no valor de 1,26 milhão de reais. Para o órgão, “há provas de realização de atos de ofício” praticados em favor das construtoras. O MPF afirma ainda que localizou em uma empresa de manutenção e depósito de documentos um registro de pagamento feito no endereço do escritório de advocacia do procurador.O órgão informa que os fatos aconteceram no período em que Saad era assessor jurídico chefe da Secretaria de Estado de Transportes, nomeado na gestão do ex-governador Sérgio Cabral, cargo do qual foi exonerado em junho 2012.
Petrobras lançará venda de mais 4 refinarias até agosto
A Petrobras deverá anunciar o processo de venda de mais quatro refinarias até o início de agosto, afirmou nesta segunda-feira, 1, o presidente da estatal, Roberto Castello Branco, que já anunciou planos para se desfazer de oito refinarias da companhia, das quais quatro já foram colocadas à venda na semana passada. O plano de desinvestimentos da petroleira prevê a venda de metade da capacidade de refino da empresa, responsável por quase 100% da produção de combustíveis do Brasil. A ideia, segundo o CEO, é que as vendas das refinarias sejam concretizadas entre os próximos 18 e 24 meses.
Balança comercial tem superávit de US$ 27 bilhões
A balança comercial brasileira registrou superávit de 5,019 bilhões de dólares em junho, de acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Economia. O saldo foi 13,3% menor do que o registrado em junho do ano passado, quando a balança comercial teve saldo positivo de 5,789 bilhões de dólares. No mês passado, as exportações somaram 18,047 bilhões de dólares, uma queda de 0,8% ante junho de 2018, considerando a média diária de embarques. Já as importações chegaram a 13,027 bilhões, uma alta de 0,5% na mesma comparação. No acumulado do ano até junho, a balança comercial registra um superávit de 27,130 bilhões de dólares, decorrente de 110,896 bilhões em exportações e 83,765 bilhões em importações. No primeiro semestre de 2018, o superávit comercial brasileiro foi de 30,017 bilhões de dólares.
Irã descumpre acordo nuclear de 2015
O Ministério das Relações Exteriores do Irã confirmou nesta segunda-feira, 1, que o estoque de urânio enriquecido do país ultrapassou o limite previsto no acordo nuclear de 2015, assinado junto a outros seis países. A postura do governo iraniano é vista como o primeiro grande rompimento do pacto desde que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a saída americana do acordo, em maio do ano passado. O documento, cuja assinatura aconteceu na gestão do ex-presidente americano, Barack Obama, limita o enriquecimento de urânio de Teerã a 202,8 quilos do material atômico. Há algumas semanas o Irã já havia alertado a União Europeia que iria descumprir o acordo caso o bloco não tentasse amortizar as sanções que os EUA vem colocando sobre o país. Um porta-voz do governo iraniano, Abbas Mousavi, contudo, garantiu que as última decisões são reversíveis. “Nós dissemos aos europeus que se medidas mais práticas, maduras e completas fossem tomadas, a fidelidade do Irã aos compromissos pode ser retomada”, declarou.
Polícia de Hong Kong retoma parlamento após invasão
Policiais do batalhão de choque de Hong Kong retomaram, nesta segunda-feira, 1, o controle do Parlamento, que havia sido invadido por manifestantes horas antes, em um dia de caos sem precedentes na região. Ativistas contrários ao governo invadiram o Parlamento e ocuparam o local durante uma grande manifestação pelo 22º aniversário da devolução do território do Reino Unido para a China. A polícia usou gás lacrimogêneo e cassetetes para dispersar a multidão que se instalou no prédio. Nas últimas semanas, o Parlamento se tornou foco de manifestações contra um projeto de lei do governo local que autoriza extradições de habitantes de Hong Kong à China continental.