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Haddad diz que 'não vê nenhuma dificuldade' para Tebet assumir Planejamento

Futuro ministro da Fazenda disse não saber se houve alguma conversa sobre a vinculação de bancos públicos ao Ministério do Planejamento

O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou hoje (19) o nome de Anelize Lenzi para chefiar a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) a partir de 2023 (José Cruz/Agência Brasil)

O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou hoje (19) o nome de Anelize Lenzi para chefiar a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) a partir de 2023 (José Cruz/Agência Brasil)

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Alessandra Azevedo

Publicado em 26 de dezembro de 2022 às 21h22.

Na opinião do futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) é "uma política muito qualificada" e que não teria dificuldade para eventualmente assumir o Ministério do Planejamento no próximo governo. O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve anunciar a decisão sobre o comando da pasta nesta semana.

Haddad afirmou nesta segunda-feira, 26, que Tebet, além de qualificada, "é uma pessoa que sabe trabalhar em equipe" e que concorreu "com muita respeitabilidade" à Presidência da República nas eleições de outubro. O petista comentou o assunto ao sair do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do gabinete de transição de governo, em Brasília.

Perguntado sobre a possibilidade de que Tebet assuma o Ministério do Planejamento, que será recriado a partir da divisão do atual Ministério da Economia, Haddad disse não ver "nenhuma dificuldade em relação a isso [à indicação]". "Muito pelo contrário. É uma pessoa que somou durante a campanha", afirmou.

Tebet ficou em terceiro lugar no primeiro turno da disputa presidencial e anunciou apoio a Lula no segundo. A senadora participou ativamente da campanha em busca de votos para o presidente eleito. Haddad comparou a atuação dela à da deputada eleita Marina Silva (Rede), que deve assumir o Ministério do Meio Ambiente.

Lula deve se encontrar com Tebet nesta terça-feira, 27, para discutir o papel dela no governo. Se for confirmada ministra do Planejamento, ela dividirá com a Fazenda as principais decisões econômicas - que no governo Bolsonaro couberam ao "super" Ministério da Economia, chefiado por Paulo Guedes.

Haddad disse não saber se houve alguma conversa sobre a vinculação de bancos públicos ao Ministério do Planejamento. "Não obtive a informação de que ela [Tebet] tenha pedido bancos públicos. Não posso nem me manifestar", afirmou. "Perguntei a Lula em que pé estão as negociações e esse tema não apareceu", disse.

O futuro ministro lembrou que sugeriu, três semanas atrás, que o Ministério do Planejamento fosse chefiado por algum ex-governador que tenha "arrumado a casa" no âmbito estadual durante a gestão. Ele citou Rui Costa (BA), Camilo Santana (CE) e Wellington Dias (PI)-- os três foram acomodados em outras pastas.

"Eram governadores que tinham boas equipes de Planejamento. Eu próprio sondei a maioria desses como possibilidade", disse Haddad. Com Rui Costa indicado para a Casa Civil, Camilo Santana para a Educação e Wellington Dias para o Desenvolvimento Social, as opções de ex-governadores foram "rareando".

"Aí, surgiu o nome da Simone, que está sendo tratado diretamente pelo presidente, e vamos aguardar essa semana", disse Haddad. Segundo ele, antes "havia uma intenção de que a Simone visava um ministério finalístico", como Desenvolvimento Social ou Cidades. "Isso mudou da semana passada pra cá", observou.

 

 

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