Brasil

Greve tira ônibus de circulação e libera faixas a carros

O DFTrans, por meio de sua assessoria de comunicação, admitiu que a greve alcança 100% da frota das empresas de ônibus

Trens lotados por conta da greve dos rodoviários: o metrô começa a funcionar mais cedo e com trens a mais em horários de pico por causa da paralisação dos rodoviários (Antonio Cruz/ABr)

Trens lotados por conta da greve dos rodoviários: o metrô começa a funcionar mais cedo e com trens a mais em horários de pico por causa da paralisação dos rodoviários (Antonio Cruz/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2012 às 13h51.

Brasília - O Departamento de Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) anunciou hoje (5) que as faixas exclusivas de circulação de ônibus, táxis e veículos escolares foram liberadas a partir das 11h, até a meia-noite, para circulação de veículos em geral, devido à greve de 24 horas dos rodoviários que paralisa a circulação dos ônibus.

A medida foi tomada a partir de um entendimento entre o DFTrans, Detran e DER para diminuir os transtornos aos usuários de carros, que enfrentam congestionamentos devido à greve dos rodoviários. As faixas exclusivas estão implantadas na EPTG, EPNB, W3 Sul, W3 Norte e Setor Policial Sul.

O DFTrans, por meio de sua assessoria de comunicação, admitiu que a greve alcança 100% da frota das empresas de ônibus e que só estão circulando os microônibus de cooperativas de transporte, que dispõem de 450 veículos, além de 38 da estatal TCB, que pertence ao governo do Distrito Federal (GDF).

Os rodoviários entraram em greve devido ao não cumprimento do acordo coletivo firmado no ano passado com as empresas, com validade até 2013, e que garantiu reajuste de 7,88% nos salários a partir de maio deste ano. A greve deixa sem ônibus cerca de 800 mil pessoas na capital, com a paralisação de 15 mil rodoviários, que poderão parar por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira (9) se não receberem o aumento salarial.


Segundo nota do DFTrans sobre a paralisação, durante as negociações coletivas entre empresários e funcionários, o GDF enviou e foram aprovadas pela Câmara Legislativa as leis 4.582 e 4.583, ambas de 8/7/2011, que previam subsídios às pessoas com necessidades especiais e a integralidade do Passe Livre Estudantil.

A implantação dessas leis – diz a nota - possibilitou a assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho entre patrões e empregados, garantindo reajuste para os trabalhadores, plano de saúde e odontológico, entre outros benefícios, sem que houvesse reajuste tarifário para a população. O repasse dos valores correspondentes aos subsídios concedidos às pessoas com deficiência e a estudantes pelo GDF garantiu recursos extras às empresas para que honrassem os compromissos assumidos com os rodoviários, como o reajuste de 7,88%%. "No entanto, o reajuste não foi cumprido pelos empresários”.

De acordo com a nota do DFTrans, “o atual subsídio repassado às empresas é suficiente para que as operadoras concedam o reajuste convencionado aos trabalhadores” e, por isso, o GDF reafirma que não haverá aumento de tarifa “enquanto permanecer o atual e ineficiente sistema, com parte da frota acima da idade permitida, o descumprimento de horários, desvio de itinerários, entre outros problemas que deixam os usuários do transporte público insatisfeitos com o serviço prestado pelas atuais operadoras”. O governo reafirma, em sua nota, que continuará repassando o subsídio para que as empresas possam honrar os compromissos assumidos com os rodoviários.

Acompanhe tudo sobre:AutoindústriaBrasíliaCarroscidades-brasileirasGrevesTransporte públicoVeículos

Mais de Brasil

PF convoca Mauro Cid a prestar novo depoimento na terça-feira

Justiça argentina ordena prisão de 61 brasileiros investigados por atos de 8 de janeiro

Ajuste fiscal não será 'serra elétrica' em gastos, diz Padilha

G20: Argentina quer impedir menção à proposta de taxação aos super-ricos em declaração final