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Greve de petroleiros atinge ao menos 20 plataformas, diz sindicato

Em nota, Petrobras informou que foram registradas paralisações pontuais em algumas unidades operacionais e que não há impacto na produção

Petrobras: petroleiros da estatalde pelo menos 20 plataformas na Bacia de Campos aderiram à greve de 72 horas (Paulo Whitaker/Reuters)
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Reuters

Publicado em 30 de maio de 2018 às 11h09.

Última atualização em 30 de maio de 2018 às 12h32.

Rio de Janeiro - Petroleiros de pelo menos 20 plataformas da Petrobras na Bacia de Campos - responsável por cerca de metade da produção de petróleo do Brasil - aderiram a uma greve de 72 horas que atinge também refinarias e terminais desde o início do dia, informaram sindicatos.

Petroleiros afirmaram que a greve não deve trazer riscos para o abastecimento do país e que têm a responsabilidade de atender as necessidades básicas da população.

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Além disso, as refinarias da empresa estão com tanques cheios, após a paralisação de caminhoneiros nos últimos dias, afirmou o diretor-executivo de Estratégia, Organização e Sistema de Gestão da Petrobras, Nelson Silva, em um evento em São Paulo.

Em nota, a Petrobras informou que foram registradas paralisações pontuais em algumas unidades operacionais. "Equipes de contingência estão atuando onde necessário e não há impacto na produção", afirmou a empresa.

O movimento ocorre apesar de o Tribunal Superior do Trabalho (TST) na véspera ter declarado que a greve dos petroleiros é ilegal. Foi estipulada multa diária de 500 mil reais pelo descumprimento da decisão.

Em nota, sobre a decisão da Justiça, o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel, afirmou que "a categoria não se intimidará".

A greve nacional tem como objetivo uma redução dos preços do gás de cozinha e dos combustíveis. Também é contra a privatização da Petrobras e busca a saída do presidente da petroleira Pedro Parente, segundo sindicatos.

Resultados da greve

Ao aderir ao movimento, petroleiros entregam operações a equipes de contingência da companhia.

Segundo sindicalistas, impactos na produção de petróleo somente ocorrerão por decisão da própria empresa, em uma situação de emergência, para garantir a segurança.

"A produção (de petróleo) só para se for a pedido da Petrobras", disse à Reuters o coordenador-geral do Sindipetro-Norte Fluminense, que representa os funcionários na Bacia de Campos, Tezeu Bezerra.

Atualmente, segundo Bezerra, há 46 plataformas de produção da Petrobras em operação na Bacia de Campos, historicamente a mais importante do Brasil. O sindicalista destacou que o número de adesão das plataformas ainda é preliminar e deverá aumentar ao longo do dia.

Bezerra destacou que a aprovação da greve ocorreu há cerca de três semanas, antes da paralisação dos caminhoneiros. O movimento dos petroleiros iniciado nesta quarta-feira está sendo chamado de "paralisação de advertência".

Bezerra alertou que uma greve maior poderá ser marcada mais adiante.

Demais impactos

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) afirmou que os trabalhadores não entraram para trabalhar nas refinarias de Manaus (Reman), Abreu e Lima (Pernambuco), Regap (Minas Gerais), Duque de Caxias (Reduc), Paulínia (Replan), Capuava (Recap), Araucária (Repar), Refap (RS), além da Fábrica de Lubrificantes do Ceará (Lubnor), da Araucária Nitrogenados (Fafen-PR) e da unidade de xisto do Paraná (SIX).

Além disso, a FUP - que representa 12 sindicatos de petroleiros - informou que também não houve troca dos turnos da zero hora nos terminais de Suape (PE) e de Paranaguá (PR).

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