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Graça reafirma que Pasadena não foi bom negócio

A presidente da Petrobras disse que a aquisição não seria feita novamente com base nos dados atuais

Graça Foster: ela disse que o preço pago à época foi razoável (Divulgação/Endeavor)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2014 às 11h57.

Brasília - A presidente da Petrobras , Maria das Graças Foster, voltou a afirmar que a aquisição da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), não foi um bom negócio, isso com base em dados disponíveis hoje. "À luz da situação atual é fato que hoje não foi um bom negócio", disse.

"No futuro próximo é possível que haja melhoria, mas não seria feito de novo (com os dados atuais)", justificou a executiva, que presta depoimento nesta terça-feira, 27, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que investiga a estatal.

Graça apresentou detalhas da compra da refinaria de Pasadena e disse que o ativo, à época, tinha como vantagem estar no centro de um dos maiores 'hubs' do mundo.

As negociações em 2006 se inseriam em um contexto de internacionalização da petroleira brasileira, segundo a executiva.

A presidente da empresa também sustentou que o resumo executivo encaminhado ao conselho de administração e que embasou a compra não continha as cláusulas Put Option e Marlim, que, de acordo com ela, eram fundamentais. Tampouco constava a obrigação de aquisição da metade restante da refinaria, afirmou.

"São cláusulas extremamente importantes para Pasadena, juntas elas precificaram os 50% iniciais e os 50% finais das ações", disse. Em março deste ano, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que a presidente Dilma Rousseff, à época da transação ministra da Casa Civil e presidente do conselho de administração da Petrobras, apoiou a aquisição de 50% da refinaria.

O Palácio do Planalto justificou a decisão de Dilma e argumentou que o resumo executivo encaminhado ao conselho não continha cláusulas importantes do contrato que, se conhecidas, seriam rejeitadas.

Ao final, a Petrobras entrou em desacordo com a sócia Astra Oil e foi obrigada a comprar a outra metade de Pasadena, o que ocasionou um prejuízo bilionário para a petroleira.

Graça Foster ressaltou que o preço pago por Pasadena à época era "bastante razoável" e que a transação foi avaliada por analistas.

"Eles consideraram que a aquisição de Pasadena foi positiva, destacando o preço por barril pago pela companhia abaixo da média da indústria", pontuou. Ela destacou, no entanto, que hoje Pasadena tem baixo potencial de retorno dos investimentos.

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Brasília - A presidente da Petrobras , Maria das Graças Foster, voltou a afirmar que a aquisição da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), não foi um bom negócio, isso com base em dados disponíveis hoje. "À luz da situação atual é fato que hoje não foi um bom negócio", disse.

"No futuro próximo é possível que haja melhoria, mas não seria feito de novo (com os dados atuais)", justificou a executiva, que presta depoimento nesta terça-feira, 27, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que investiga a estatal.

Graça apresentou detalhas da compra da refinaria de Pasadena e disse que o ativo, à época, tinha como vantagem estar no centro de um dos maiores 'hubs' do mundo.

As negociações em 2006 se inseriam em um contexto de internacionalização da petroleira brasileira, segundo a executiva.

A presidente da empresa também sustentou que o resumo executivo encaminhado ao conselho de administração e que embasou a compra não continha as cláusulas Put Option e Marlim, que, de acordo com ela, eram fundamentais. Tampouco constava a obrigação de aquisição da metade restante da refinaria, afirmou.

"São cláusulas extremamente importantes para Pasadena, juntas elas precificaram os 50% iniciais e os 50% finais das ações", disse. Em março deste ano, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que a presidente Dilma Rousseff, à época da transação ministra da Casa Civil e presidente do conselho de administração da Petrobras, apoiou a aquisição de 50% da refinaria.

O Palácio do Planalto justificou a decisão de Dilma e argumentou que o resumo executivo encaminhado ao conselho não continha cláusulas importantes do contrato que, se conhecidas, seriam rejeitadas.

Ao final, a Petrobras entrou em desacordo com a sócia Astra Oil e foi obrigada a comprar a outra metade de Pasadena, o que ocasionou um prejuízo bilionário para a petroleira.

Graça Foster ressaltou que o preço pago por Pasadena à época era "bastante razoável" e que a transação foi avaliada por analistas.

"Eles consideraram que a aquisição de Pasadena foi positiva, destacando o preço por barril pago pela companhia abaixo da média da indústria", pontuou. Ela destacou, no entanto, que hoje Pasadena tem baixo potencial de retorno dos investimentos.

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