Governo diz que não foi avisado de troca de líder do PMDB
Não fomos comunicados. Portanto, não temos nada a dizer sobre isso, respeitando a autonomia do PMDB", afirmou em coletiva de imprensa
Da Redação
Publicado em 10 de dezembro de 2015 às 16h54.
Brasília - O ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, afirmou nesta quinta-feira, 10, que ainda não há, por parte do Planalto, uma definição sobre as relações com o novo líder do PMDB na Câmara , Leonardo Quintão (MG), e disse que o governo "não foi comunicado" sobre a troca da liderança do principal partido da base aliada da presidente Dilma Rousseff.
"Esse procedimento só será avaliado a partir do momento em que formos comunicados disso. Não fomos comunicados. Portanto, não temos nada a dizer sobre isso, respeitando a autonomia do PMDB", afirmou em coletiva de imprensa.
O Planalto trabalhou pela manutenção do então líder Leonardo Picciani (RJ). Com a destituição do peemedebista fluminense, perdeu um aliado fundamental na busca de apoio do PMDB contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
A atuação do vice-presidente, Michel Temer, segundo integrantes do PMDB, foi crucial para a destituição de Picciani. O novo líder já avisou, inclusive, que as decisões da bancada também passarão por Temer.
Supremo
Berzoini afirmou também que ainda não há por parte do governo uma estratégia para acompanhar o julgamento pelo pleno do Supremo Tribunal Federal sobre a decisão que suspendeu a formação da comissão especial na Câmara para analisar o pedido de impeachment.
"Ainda não tenho nenhuma orientação sobre isso. É um assunto que envolve quem propôs ação e aqueles interessados em contestá-la", disse.
Na terça-feira, 8, o ministro do STF, Edson Fachin, suspendeu a comissão após uma ação ingressada pelo PCdoB que contestou a votação secreta e marcou para o próximo dia 16 a sessão na qual submeterá sua decisão ao pleno.
Ontem, Fachin afirmou ainda que irá propor na sessão do dia 16 um rito de impeachment para evitar que o procedimento contra a presidente Dilma seja alvo de questionamento na Corte até o fim do seu processamento.
Para Berzoini, a manifestação do ministro do Supremo "é boa para o País". "O Supremo poderá de maneira transparente examinar a matéria.
E como a Lei tem aspectos omissos é bom que haja uma definição para não ficar só na luta política", disse. "Acreditamos que o STF tem distanciamento suficiente, até pelo seu papel constitucional, para debater essa questão longe do calor da questão política", completou.
Manifestações
O ministro disse ainda que o governo não fez nenhum tipo de previsão sobre manifestações contrárias a presidente, marcadas para o próximo dia 13.
"Estamos num momento que esse assunto está tomando conta de vários meios de comunicação e evidentemente é natural que aqueles que tem simpatia ou contrariedade essa proposta façam suas tentativas de mobilização", disse.
Para Berzoini, as manifestações são naturais da democracia. "O processo democrático absorve essas manifestações para formar opinião. Não vejo problema", disse.
Brasília - O ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, afirmou nesta quinta-feira, 10, que ainda não há, por parte do Planalto, uma definição sobre as relações com o novo líder do PMDB na Câmara , Leonardo Quintão (MG), e disse que o governo "não foi comunicado" sobre a troca da liderança do principal partido da base aliada da presidente Dilma Rousseff.
"Esse procedimento só será avaliado a partir do momento em que formos comunicados disso. Não fomos comunicados. Portanto, não temos nada a dizer sobre isso, respeitando a autonomia do PMDB", afirmou em coletiva de imprensa.
O Planalto trabalhou pela manutenção do então líder Leonardo Picciani (RJ). Com a destituição do peemedebista fluminense, perdeu um aliado fundamental na busca de apoio do PMDB contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
A atuação do vice-presidente, Michel Temer, segundo integrantes do PMDB, foi crucial para a destituição de Picciani. O novo líder já avisou, inclusive, que as decisões da bancada também passarão por Temer.
Supremo
Berzoini afirmou também que ainda não há por parte do governo uma estratégia para acompanhar o julgamento pelo pleno do Supremo Tribunal Federal sobre a decisão que suspendeu a formação da comissão especial na Câmara para analisar o pedido de impeachment.
"Ainda não tenho nenhuma orientação sobre isso. É um assunto que envolve quem propôs ação e aqueles interessados em contestá-la", disse.
Na terça-feira, 8, o ministro do STF, Edson Fachin, suspendeu a comissão após uma ação ingressada pelo PCdoB que contestou a votação secreta e marcou para o próximo dia 16 a sessão na qual submeterá sua decisão ao pleno.
Ontem, Fachin afirmou ainda que irá propor na sessão do dia 16 um rito de impeachment para evitar que o procedimento contra a presidente Dilma seja alvo de questionamento na Corte até o fim do seu processamento.
Para Berzoini, a manifestação do ministro do Supremo "é boa para o País". "O Supremo poderá de maneira transparente examinar a matéria.
E como a Lei tem aspectos omissos é bom que haja uma definição para não ficar só na luta política", disse. "Acreditamos que o STF tem distanciamento suficiente, até pelo seu papel constitucional, para debater essa questão longe do calor da questão política", completou.
Manifestações
O ministro disse ainda que o governo não fez nenhum tipo de previsão sobre manifestações contrárias a presidente, marcadas para o próximo dia 13.
"Estamos num momento que esse assunto está tomando conta de vários meios de comunicação e evidentemente é natural que aqueles que tem simpatia ou contrariedade essa proposta façam suas tentativas de mobilização", disse.
Para Berzoini, as manifestações são naturais da democracia. "O processo democrático absorve essas manifestações para formar opinião. Não vejo problema", disse.