Fux mantém investigação sobre ministro do Turismo na 1ª instância
A PF investiga denúncia de que o PSL repassou recursos públicos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) para candidaturas de "laranjas"
Agência Brasil
Publicado em 27 de fevereiro de 2019 às 07h11.
Última atualização em 27 de fevereiro de 2019 às 07h13.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux negou hoje (26) pedido feito pela defesa do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio , para que a investigação sobre sua suposta participação no que seria um esquema de candidaturas laranjas do PSL em Minas Gerais seja enviada à Corte e saia da primeira instância da Justiça Eleitoral.
Ao decidir a questão, Fux disse o caso não está relacionado com o cargo do ministro e deve seguir na primeira instância. Marcelo foi eleito para o cargo de deputado federal em outubro do ano passado, mas está licenciado do mandato.
"Presente reclamação revela-se manifestamente improcedente, por contrariar os precedentes deste Supremo Tribunal Federal, que afastam a competência originária desta Corte para o processo e julgamento de crimes não relacionados ao exercício do mandato parlamentar", disse Fux.
No ano passado, o STF firmou o entendimento de que, em relação aos parlamentares, só são de responsabilidade da Corte os casos que investiguem supostos atos ilícitos cometidos durante o mandato e que tenham relação com a função.
Atualmente, a Polícia Federal investiga denúncia de que o PSL repassou recursos públicos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) para candidaturas de "laranjas", em especial mulheres, em diferentes estados.
No Twitter, o ministro afirmou que a distribuição do Fundo Partidário em Minas Gerais seguiu "rigorosamente o que determina a lei" e que o jornal "deturpa os fatos e traz denúncias vazias".
Procurado pela Agência Brasil, o ministro reafirmou, por intermédio de sua assessoria, que a decisão de recorrer ao STF foi de seus advogados. Marcelo Álvaro Antônio disse que mantém a confiança na Justiça e a convicção de que o processo, independentemente do foro, vai comprovar que as denúncias são infundadas.