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Decisão do STF favorável à Petrobras foi "intempestiva", dizem petroleiros

"Acho estranho que isso tenha acontecido justamente no dia em que a ministra Cármem Lúcia se ausentou do cargo de presidente do STF", disse Zanardi

Argumento de Toffoli foi de que a empresa seria previamente prejudicada pela condenação (Paulo Whitaker/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de julho de 2018 às 19h22.

Última atualização em 27 de julho de 2018 às 19h24.

Rio - Presidente da Federação Única dos Petroleiros (FUP), principal entidade sindical representante dos empregados da Petrobras, Simão Zanardi chamou de "intempestiva" a decisão do presidente em exercício do Supremo Tribunal Federal (STF) , ministro Dias Toffoli , de suspender os efeitos do julgamento do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que no fim de junho condenou a Petrobras a pagar R$ 17 bilhões aos trabalhadores.

"O acórdão do TST nem chegou a ser publicado e o STF já se posicionou. Acho estranho que isso tenha acontecido justamente no dia em que a ministra Cármem Lúcia se ausentou do cargo de presidente do STF", afirmou Zanardi.

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Em sua decisão favorável à Petrobras, Toffoli argumentou que "são notórios os efeitos econômicos que a implementação dessa decisão (condenação do TST) poderá acarretar aos cofres" da Petrobras. Afirmou ainda que, embora o acórdão ainda não tenha sido publicado, a empresa é previamente prejudicada pela condenação.

"O STF já julgou situações similares a essa e se posicionou favoravelmente aos empregados. O que está em questão é a justiça e não o caixa da empresa. Esperamos que siga o mesmo caminho nesse processo", disse Zanardi, complementando que a ação diz respeito a adicionais trabalhistas para os empregados que atuam em áreas de risco, como plataformas e refinarias. Ao todo, segundo a FUP, 30 mil receberão o dinheiro, caso o STF se posicione favoravelmente aos empregados.

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