Funcionário cortou energia em dia da pane do Metrô
Documento interno do metrô diz que foram funcionários que apertaram os botões
Da Redação
Publicado em 15 de fevereiro de 2014 às 13h53.
São Paulo - Dois dos três botões de emergência acionados durante a paralisação da Linha 3-Vermelha do Metrô , na terça-feira da semana passada, foram apertados por funcionários da própria empresa. É o que revela um documento interno da companhia obtido pelo Estado. A Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos sustenta que o acionamento dos dispositivos (que tiram a energia das estações e param os trens) por pessoas desautorizadas teria sido a causa do problema.
Na quarta-feira passada, o próprio secretário da pasta, Jurandir Fernandes, creditou a "safados" o uso indevido desses botões, que ficam em totens instalados nas plataformas das estações, à vista de todos."No dia do evento (paralisação), foram acionados três botões de plataforma num intervalo de 15 ou 16 minutos, nas Estações Marechal (Deodoro), Anhangabaú e Santa Cecília. Há indícios de que alguma coisa aconteceu ali", disse o secretário.
Uma falha nas portas de um dos trens causou a paralisação e fechou dez das 18 estações do ramal por cinco horas. Por causa do calor e da superlotação, usuários esperaram mais de 20 minutos para seguir viagem e acionaram os botões de emergência para abertura de portas, em sete composições diferentes. Muitas pessoas caminharam sobre os trilhos, agravando a situação, e estações foram depredadas pelos mais exaltados. O governo paulista apontou a ação de 'vândalos' e investiga se o caos foi uma ação premeditada por grupos que queriam parar a rede.
Um dia depois, o governador Geraldo Alckmin ( PSDB ) falou sobre a possibilidade de sabotagem. A Polícia Civil divulgou nesta sexta-feira, 14, que investiga seis suspeitos de vandalismo.
A ata de uma reunião da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) da Linha 3, ocorrida na terça-feira, revela que dois botões do Sistema de Prevenção de Acidentes em Plataformas (SPAP) foram apertados por funcionários. O primeiro, contudo, foi acionado por um passageiro na Estação Marechal Deodoro. O segundo e o terceiro foram apertados pelas equipes do Anhangabaú e da Sé, respectivamente.
Um segurança, em relato para a Cipa, declarou: "Ficava o sentimento de que a energia podia ser reestabelecida sem qualquer aviso. Por isso acionamos novamente o dispositivo de emergência, para garantir nossa segurança na via."
Em nota, o Metrô informou que a ata da Cipa "não equivale a um relatório conclusivo sobre a ocorrência" e que se trata da coleta de relatos que, em parte, "conflitam com as informações" do Centro de Controle Operacional.
Fernandes, questionado sobre a facilidade de se encontrar os botões, afirmou, na quarta-feira, que "não é pelo fato de ser difícil ou fácil que qualquer safado pode fazer o que quer".
Emergência.
Na mesma reunião da Cipa, funcionários disseram que o treinamento de reconhecimento de saída de emergência nos túneis deixou de ser praticado. Um deles afirmou que não tinha nem lanterna para entrar nos locais. Também por meio de nota, o Metrô afirmou que nenhum treinamento foi interrompido.
São Paulo - Dois dos três botões de emergência acionados durante a paralisação da Linha 3-Vermelha do Metrô , na terça-feira da semana passada, foram apertados por funcionários da própria empresa. É o que revela um documento interno da companhia obtido pelo Estado. A Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos sustenta que o acionamento dos dispositivos (que tiram a energia das estações e param os trens) por pessoas desautorizadas teria sido a causa do problema.
Na quarta-feira passada, o próprio secretário da pasta, Jurandir Fernandes, creditou a "safados" o uso indevido desses botões, que ficam em totens instalados nas plataformas das estações, à vista de todos."No dia do evento (paralisação), foram acionados três botões de plataforma num intervalo de 15 ou 16 minutos, nas Estações Marechal (Deodoro), Anhangabaú e Santa Cecília. Há indícios de que alguma coisa aconteceu ali", disse o secretário.
Uma falha nas portas de um dos trens causou a paralisação e fechou dez das 18 estações do ramal por cinco horas. Por causa do calor e da superlotação, usuários esperaram mais de 20 minutos para seguir viagem e acionaram os botões de emergência para abertura de portas, em sete composições diferentes. Muitas pessoas caminharam sobre os trilhos, agravando a situação, e estações foram depredadas pelos mais exaltados. O governo paulista apontou a ação de 'vândalos' e investiga se o caos foi uma ação premeditada por grupos que queriam parar a rede.
Um dia depois, o governador Geraldo Alckmin ( PSDB ) falou sobre a possibilidade de sabotagem. A Polícia Civil divulgou nesta sexta-feira, 14, que investiga seis suspeitos de vandalismo.
A ata de uma reunião da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) da Linha 3, ocorrida na terça-feira, revela que dois botões do Sistema de Prevenção de Acidentes em Plataformas (SPAP) foram apertados por funcionários. O primeiro, contudo, foi acionado por um passageiro na Estação Marechal Deodoro. O segundo e o terceiro foram apertados pelas equipes do Anhangabaú e da Sé, respectivamente.
Um segurança, em relato para a Cipa, declarou: "Ficava o sentimento de que a energia podia ser reestabelecida sem qualquer aviso. Por isso acionamos novamente o dispositivo de emergência, para garantir nossa segurança na via."
Em nota, o Metrô informou que a ata da Cipa "não equivale a um relatório conclusivo sobre a ocorrência" e que se trata da coleta de relatos que, em parte, "conflitam com as informações" do Centro de Controle Operacional.
Fernandes, questionado sobre a facilidade de se encontrar os botões, afirmou, na quarta-feira, que "não é pelo fato de ser difícil ou fácil que qualquer safado pode fazer o que quer".
Emergência.
Na mesma reunião da Cipa, funcionários disseram que o treinamento de reconhecimento de saída de emergência nos túneis deixou de ser praticado. Um deles afirmou que não tinha nem lanterna para entrar nos locais. Também por meio de nota, o Metrô afirmou que nenhum treinamento foi interrompido.