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Frente fria chega na sexta e pode causar novos temporais em SP

"Podem ocorrer chuvas fortes porque estamos com temperaturas mais elevadas e há uma massa fria avançando do sul", explica a meteorologista

Chuva em SP: no ano passado também foram registradas chuvas intensas no início de junho, mês normalmente mais seco (Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas/Divulgação)

Chuva em SP: no ano passado também foram registradas chuvas intensas no início de junho, mês normalmente mais seco (Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de junho de 2017 às 19h22.

Sorocaba - Depois das chuvas intensas dos últimos dias, uma nova frente fria chega ao Estado de São Paulo na sexta-feira, 9, e pode causar temporais, conforme o Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri), da Universidade de Campinas (Unicamp).

"Podem ocorrer chuvas fortes porque estamos com temperaturas mais elevadas e há uma massa fria avançando do sul. O contraste de ar quente e frio pode gerar temporais na sexta, quando a massa chega ao Estado", disse a meteorologista Ana Maria Heminski de Ávila, diretora associada do Cepagri.

Ela explicou que a previsão é baseada em probabilidades que podem ou não se confirmar. No caso das chuvas intensas que atingiram a capital e o interior de São Paulo nos últimos dias, ela disse que a previsão não errou.

"A gente tinha colocado a previsão de chuva, pois tinha a probabilidade, mas ela veio de forma bastante intensa, o que era difícil de prever."

Além de meteorologista, Ana é pesquisadora na área de agrometeorologia - as condições do tempo aplicadas à agricultura - e esteve à frente das análises dos eventos que atingiram o Estado de São Paulo há um ano.

Ela definiu como uma microexplosão o fenômeno que espalhou destruição em Campinas na madrugada de 5 de junho de 2016.

Houve ainda um tornado, seguido de microexplosão, em Jarinu, no dia seguinte, e algo também parecido com um tornado em São Roque.

De acordo com a meteorologista, eventos extremos como esses são mais difíceis de se prever.

"São situações que se formam muito rapidamente, não dá para dizer se vão ou não acontecer. Esses eventos extremos se formam e acontecem num espaço de 20 minutos. Só é possível acompanhar quando já está acontecendo."

No ano passado também foram registradas chuvas intensas no início de junho, mês normalmente mais seco.

Desde o último fim de semana, além da capital, as cidades de Francisco Morato, Sorocaba, Ribeira, Itapeva, Taquarituba e Apiaí relataram à Defesa Civil Estadual danos causados pelas chuvas.

Entre segunda e terça, em Sorocaba, a estação do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou 116,2 milímetros de chuva, muito acima da média esperada para o mês, de 67 milímetros.

Os rios Tietê, Piracicaba, Capivari, Sorocaba e Atibaia registraram vazões até 100% acima da média histórica. Três rodovias ficaram interditadas por deslizamentos ou avarias causadas pelas chuvas - duas ainda não foram reabertas ao tráfego.

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