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Fogo já alcançou 20% da Chapada dos Veadeiros; veja como ajudar

Sociedade civil se mobiliza nas redes para levantar recursos que ajudem nos esforços de combate. Situação segue "fora de controle", segundo o ICMBio

(Youtube/ REDE contra FOGO/Reprodução)

Vanessa Barbosa

Publicado em 24 de outubro de 2017 às 13h10.

Última atualização em 24 de outubro de 2017 às 13h11.

São Paulo - Patrimônio natural da humanidade, a Chapada dos Veadeiros já perdeu 20% de sua vegetação (54 mil hectares) para o violento incêndio que já dura uma semana, queimando campos, veredas, cerrados e florestas no coração do País.

Segundo boletim divulgado nesta terça-feira pelo Instituto Chico Mendes de Conservação (ICMBio), órgão federal gestor do parque, mais de 110 brigadistas do ICMBio, IBAMA e bombeiros militares atuam no combate ao fogo, contando com apoio de cinco aviões tanque, helicópteros, e de policiais militares e federais.

-(lávia Davies/ REDE contra FOGO/Divulgação)

As condições climáticas prejudicam os esforços de combate. Ventos fortes e temperaturas acima dos 35 graus Celsius contribuem para a expansão das chamas, que atingem importantes ecossistemas e pontos turísticos da região, como o Córregos dos Ingleses e o Jardim de Maytreia. As autoridades não descartam que o incêndio tenha origem criminosa.

A Fundação Jardim Zoológico de Brasília enviou dois veterinários, um biólogo e um auxiliar técnico para prestar socorro aos animais feridos no incêndio e auxiliar voluntários que já estão na Chapada. Ainda não há uma estimativa de quantos animais estão precisando de socorro.

-(Flávia Davies/ REDE contra FOGO)

Em virtude da magnitude do incêndio florestal, nesta semana as prefeituras de Cavalcante e Martinho Mendes da Silva, em Goiás, decretaram situação de emergência que, entre outras medidas, permite dispensa de licitação para aquisição de bens necessários às atividades de resposta ao desastre.

Nas redes sociais, uma rede de voluntários da sociedade civil vem se mobilizando para levantar recursos que ajudem nos esforços de combate às chamas, especialmente para compra de alimentos, materiais de primeiros socorros e equipamentos de combate ao fogo, tão urgentes para apoiar o
trabalho dos brigadistas e voluntários.

Segundo o ICMBio, após o controle do incêndio atual, os equipamentos e recursos captados deverão estruturar um programa de manejo do fogo e prevenção a incêndios, com foco em planejamento, treinamento e equipamento de brigadas, para atuação integrada e complementar à equipe oficial.

Para manter as operações em funcionamento, o grupo REDE contra FOGO e parceiros lançaram uma campanha de financiamento coletivo no site Catarse.

O objetivo da campanha é arrecadar pelo menos R$ 192.500 mil, valor estimado para combater o fogo nas próximas duas semanas (período previsto até chover na região). O montante será destinado para a compra de equipamentos de segurança, equipamentos de combate, combustível, alimentação entre outros.

Periodicamente, serão publicados relatórios públicos com a descrição do fluxo do dinheiro arrecadado. A prática visa trazer transparência total em relação ao uso da verba. Até o fechamento desta matéria, a campanha já tinha arrecadado R$ 86.415, de892 apoiadores.

A rede especificou o custo de algumas necessidades mais urgentes:
- R$ 15 – alimentação de 1 voluntário;
- R$ 50  – compra de 1 balaclava (gorro de proteção contra a fumaça);
- R$ 1.500 – equipamento de segurança (EPI) para 1 pessoa;
- R$ 2.000 – combustível gasto por dia na operação.

Confira o vídeo da campanha publicado no Youtube:

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