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Ferimento perfurante no pulmão matou dançarino, diz laudo

Douglas Rafael da Silva Pereira, encontrado morto ontem no Morro Pavão-Pavãozinho, no Rio, morreu por causa de uma perfuração no pulmão, segundo apontou o IML

Policiais da UPP patrulham uma via da favela Pavão-Pavãozinho, no Rio de Janeiro: a morte de Douglas gerou revolta nos moradores da comunidade (Ricardo Moraes/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2014 às 12h32.

Rio de Janeiro -O dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, encontrado morto ontem (22) no Morro Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, morreu por causa de uma perfuração no pulmão, segundo apontou laudo do Instituto Médico Legal (IML).

Cópia do documento foi entregue à família e divulgada nas redes sociais pelo advogado Rodrigo Mondego, da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil ( OAB ).

No laudo, a causa da morte é descrita de forma sintética: “Hemorragia interna decorrente de laceração pulmonar decorrente de ferimento transfixante do tórax, ação perfuro-contundente”.

O documento não detalha, no entanto, o que teria provocado o ferimento.

A morte de Douglas, que era conhecido pelo nome artístico DG e trabalhava como dançarino no programa Esquenta, da TV Globo , gerou revolta nos moradores do Pavão-Pavãozinho, assim que descobriram o corpo, no início da tarde de ontem.

As pessoas desceram o morro e tentaram interditar ruas da região, sendo impedidas por um forte contingente policial, com a participação do Batalhão de Choque e do Batalhão de Operações Especiais (Bope).

Os policiais atiraram bombas de efeito moral, gás de pimenta e dispararam balas de borracha contra a multidão.

Tiros foram ouvidos no interior da favela.


Durante o confronto, um homem de aproximadamente 30 anos morreu com um tiro na cabeça, no alto do morro.

Ele chegou a ser levado para o Hospital Municipal Miguel Couto, também na zona sul, mas já chegou morto, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.

De acordo com moradores, um menino de 12 anos, identificado como Mateus, levou um tiro quando descia a Ladeira Saint Roman, quase na esquina com a rua Sá Ferreira e também morreu.

Segundo vários relatos, o tiro partiu de um policial militar.

Um PM da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) negou a versão dos moradores e disse que o menino teria sido atingido por uma pedra jogada pelos próprios manifestantes.

No local onde Mateus teria caído, formou-se uma grande poça de sangue.

Não foi possível confirmar a versão dos moradores nem a do policial, sobre o que aconteceu com o garoto e qual seria o seu estado de saúde.

Por causa da confusão, a Avenida Nossa Senhora de Copacabana ficou interditada até próximo da meia-noite.

Muitos comerciantes das proximidades fecharam as portas e só alguns decidiram reabrir as lojas e bares, quando a situação se acalmou um pouco.

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Cópia do documento foi entregue à família e divulgada nas redes sociais pelo advogado Rodrigo Mondego, da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil ( OAB ).

No laudo, a causa da morte é descrita de forma sintética: “Hemorragia interna decorrente de laceração pulmonar decorrente de ferimento transfixante do tórax, ação perfuro-contundente”.

O documento não detalha, no entanto, o que teria provocado o ferimento.

A morte de Douglas, que era conhecido pelo nome artístico DG e trabalhava como dançarino no programa Esquenta, da TV Globo , gerou revolta nos moradores do Pavão-Pavãozinho, assim que descobriram o corpo, no início da tarde de ontem.

As pessoas desceram o morro e tentaram interditar ruas da região, sendo impedidas por um forte contingente policial, com a participação do Batalhão de Choque e do Batalhão de Operações Especiais (Bope).

Os policiais atiraram bombas de efeito moral, gás de pimenta e dispararam balas de borracha contra a multidão.

Tiros foram ouvidos no interior da favela.


Durante o confronto, um homem de aproximadamente 30 anos morreu com um tiro na cabeça, no alto do morro.

Ele chegou a ser levado para o Hospital Municipal Miguel Couto, também na zona sul, mas já chegou morto, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.

De acordo com moradores, um menino de 12 anos, identificado como Mateus, levou um tiro quando descia a Ladeira Saint Roman, quase na esquina com a rua Sá Ferreira e também morreu.

Segundo vários relatos, o tiro partiu de um policial militar.

Um PM da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) negou a versão dos moradores e disse que o menino teria sido atingido por uma pedra jogada pelos próprios manifestantes.

No local onde Mateus teria caído, formou-se uma grande poça de sangue.

Não foi possível confirmar a versão dos moradores nem a do policial, sobre o que aconteceu com o garoto e qual seria o seu estado de saúde.

Por causa da confusão, a Avenida Nossa Senhora de Copacabana ficou interditada até próximo da meia-noite.

Muitos comerciantes das proximidades fecharam as portas e só alguns decidiram reabrir as lojas e bares, quando a situação se acalmou um pouco.

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