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Febre Zika, transmitida pelo Aedes, é investigada no Brasil

Há casos suspeitos reportados em pelo menos seis Estados, todos no Nordeste

Aedes Aegypti: o chamado Zika Vírus ou Febre Zika é transmitido pelo Aedes aegypti e outros tipos de mosquito (.)
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Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2015 às 09h23.

São Paulo - O Ministério da Saúde investiga a chegada de um novo vírus ao Brasil, similar à dengue e à chikungunya, que já teve casos suspeitos reportados em pelo menos seis Estados, todos no Nordeste.

O chamado Zika Vírus ou Febre Zika é transmitido pelo Aedes aegypti e outros tipos de mosquito e provoca sintomas parecidos com os da dengue, mas com menor gravidade.

A investigação foi iniciada neste ano após uma série de cidades do Nordeste notificar as vigilâncias epidemiológicas estaduais sobre a ocorrência de uma doença em que os pacientes apresentavam manchas ou erupções na pele, sem definição de diagnóstico.

Camaçari, na Bahia, foi um dos municípios que enviaram amostras para a análise do ministério. "Desde janeiro tivemos a notificação de 2.300 casos em que o paciente apresentava exantema (manchas no corpo).

Descartando doenças como sarampo e rubéola, pensamos que fosse dengue ou chikungunya, mas metade desses pacientes não apresentava febre. Foi aí que notificamos o Estado para que fosse feita uma investigação", conta o secretário municipal da Saúde de Camaçari, Washington Couto.

Pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) afirmaram ter encontrado o vírus em amostras de sangue de pacientes da cidade baiana, mas a presença da doença ainda não foi confirmada pelo governo federal.

"O Ministério da Saúde acompanha a situação e participa da investigação dos casos" registrados nos Estados da Bahia, Maranhão, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe e Paraíba.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

São Paulo - A cidade de São Paulo registrou 20.764 casos de dengue , segundo último balanço divulgado pela Secretaria Municipal da Saúde. O número é 190% maior na comparação com o mesmo período do ano passado e leva em consideração casos da doença até 11 abril.  A cidade não enfrenta  uma epidemia da doença, uma vez que é considerado surto quando 300 casos são registrados para cada 100 mil habitantes, segundo Ministério da Saúde . Na capital, de acordo com último balanço, a incidência ainda é de 187,7 casos para 100 mil pessoas. “Eu só falo em epidemia quando eu pego uma base territorial inteira na qual eu estou trabalhando. Eu só vou falar em epidemia quando o município de São Paulo [por inteiro] atingir um determinado valor", afirmou Paulo Puccini, secretário-adjunto de saúde, em nota.  Alguns bairros, no entanto, apresentam números elevados de dengue e, segundo a Secretaria Municipal da Saúde já enfrentam nível epidêmico do problema. Ainda de acordo com dados do último balanço, cinco mortes já foram confirmadas por dengue na cidade.  A Zona Norte de São Paulo concentra o maior número de casos da doença, de todos os já registrados, 38,5% estão na região. Por lá, a prefeitura tem contado com o apoio de 50 soldados de exército para combater focos de criadouros dos mosquitos.  Veja, nas imagens, oito bairros de São Paulo com as maiores incidências da doença, segundo a Secretaria Municipal da Saúde.  Os números de casos de 2014 são referentes ao ano todo. Já os números de 2015 são referentes às 14 primeiras semanas do ano.
  • 2. Brasilândia - 2.384 casos

    2 /13(Avelino Regicida /Flickr /Creative Commons)

  • Veja também

    Casos: 2.384
    Índice para cada 100 mil habitantes: 899,9
    Casos em 2014: 1074
    Índice para cada 100 mil habitantes: 405,4
  • 3. Cidade Ademar - 1.329 casos

    3 /13(Reprodução Google Maps)

  • Casos: 1.329
    Índice para cada 100 mil habitantes: 498,3
    Casos em 2014: 367
    Índice para cada 100 mil habitantes: 137,6
  • 4. Jaraguá - 1.029 casos

    4 /13(.)

    Casos: 1029
    Índice para cada 100 mil habitantes: 556,8
    Casos em 2014: 831
    Índice para cada 100 mil habitantes: 449,6
  • 5. Pirituba - 969 casos

    5 /13(Wikimedia Commons/Leonardo Ré Jorge)

    Casos: 969
    Índice para cada 100 mil habitantes: 577
    Casos em 2014: 1.171
    Índice para cada 100 mil habitantes: 697,3
  • 6. Cachoeirinha - 581 casos

    6 /13(Divulgação/Prefeitura de SP)

    Casos: 581
    Índice para cada 100 mil habitantes: 404,8
    Casos em 2014: 412
    Índice para cada 100 mil habitantes: 287,1
  • 7. Raposo Tavares - 511 casos

    7 /13(Wikimedia Commons)

    Casos: 511
    Índice para cada 100 mil habitantes: 527,8
    Casos em 2014: 869
    Índice para cada 100 mil habitantes: 897,6
  • 8. Freguesia do Ó - 477 casos

    8 /13(Divulgação/Igreja Matriz de Nossa Senhora do Ó)

    Casos: 447
    Índice para cada 100 mil habitantes: 314,1
    Casos em 2014: 497
    Índice para cada 100 mil habitantes: 349,2
  • 9. Perus - 427 casos

    9 /13(Humberto Do Lago Müller/Wikimedia Commons)

    Casos: 427
    Índice para cada 100 mil habitantes: 532,5
    Casos em 2014:380
    Índice para cada 100 mil habitantes: 473,9
  • 10. Limão - 373 casos

    10 /13(Wikimedia Commons/Jurema Oliveira)

    Casos: 373
    Índice para cada 100 mil habitantes: 464,9
    Casos em 2014: 206
    Índice para cada 100 mil habitantes: 256,8
  • 11. Casa Verde - 260 casos

    11 /13(Leonardo Ré-Jorge/Wikimedia Commons)

    Casos: 260
    Índice para cada 100 mil habitantes: 303,7
    Casos em 2014: 196
    Índice para cada 100 mil habitantes: 228,9
  • 12. Parque do Carmo - 227 casos

    12 /13(Wikimedia Commons/ Raphael Igor)

    Casos: 227
    Índice para cada 100 mil habitantes: 332,6
    Casos em 2014: 52
    Índice para cada 100 mil habitantes: 76,2
  • 13. Onde a violência é endêmica em São Paulo

    13 /13(Thinkstock)

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