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FBI descobre conta de Ricardo Teixeira em banco da Suíça

A ação faz parte de uma ofensiva que congelou mais de US$ 50 milhões em contas secretas mantidas pela Fifa e seus cartolas

Contas na Suíça: Teixeira teria recebido propinas para influenciar na escolha da emissora que transmitiria a Copa de 2002 no Brasil (Harold Cunningham/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2015 às 12h07.

Genebra - O FBI detectou uma conta secreta em nome de Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF , na Suíça e pediu oficialmente para a Justiça de Berna que repasse aos Estados Unidos os detalhes das movimentações, extratos bancários e até mesmo pessoas que poderiam ter sido beneficiadas com o valor.

A ação faz parte de uma ofensiva que congelou mais de US$ 50 milhões em contas secretas mantidas pela Fifa e seus cartolas. A Justiça, porém, não detalha se a conta de Teixeira estaria entre as que tiveram seus ativos congelados.

A informação foi revelada por jornais e televisões públicas da Suíça, no momento em que Joseph Blatter, presidente afastado da entidade, comparece a uma audiência diante do Comitê de Ética da Fifa .

Se condenado, ele pode ser banido do futebol. Segundo os suíços, as contas bloqueadas têm relação direta com as investigações conduzidas nos EUA e que já indiciaram 41 pessoas, entre elas Ricardo Teixeira, Marco Polo del Nero e José Maria Marin. Todos os três ocuparam a presidência da CBF.

Os nomes dos correntistas não foram divulgados oficialmente. Mas a Justiça indica que mais de 110 movimentações financeiras estão sob suspeita e que, de fato, congelou dezenas de contas.

"As autoridades americanas pediram documentos relacionados com 50 contas de diferentes bancos, por onde o dinheiro teria circulado", indicou o porta-voz do Departamento de Justiça suíça, Folco Galli.

Segundo os jornais suíços Tages Anzeiger e o SRF, um canal público de Zurique, Teixeira é um dos que tiveram suas contas bloqueadas. A suspeita se refere ao dinheiro que ele recebeu no escândalo da ISL, empresa de marketing e que vendia os direitos de TV das Copas do Mundo.

Teixeira teria recebido propinas para influenciar na escolha da emissora que transmitiria a Copa de 2002 no Brasil. O nome da emissora não foi revelado em um documento da Justiça que, em 2011, confirmou que Teixeira fraudou a Fifa, ao lado de João Havelange.

No documento que solicita a cooperação dos suíços, o FBI inclui o nome de Teixeira, indicando para a existência de contas em seu nome.

No indiciamento da Justiça norte-americana, em 3 de dezembro, o nome de Teixeira também aparece a o ser citado uma propina da Nike e que seria compartilhada entre o brasileiro e o empresário José Hawilla. Cerca de US$ 40 milhões foram transferidos para uma conta na Suíça e divididos entre os dois.

No país, diversos bancos passaram a ser obrigados a colaborar com o caso, entre eles o UBS, Credit Suisse Julius Baer. O congelamento das contas ocorreu à pedido dos norte-americanos.

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Genebra - O FBI detectou uma conta secreta em nome de Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF , na Suíça e pediu oficialmente para a Justiça de Berna que repasse aos Estados Unidos os detalhes das movimentações, extratos bancários e até mesmo pessoas que poderiam ter sido beneficiadas com o valor.

A ação faz parte de uma ofensiva que congelou mais de US$ 50 milhões em contas secretas mantidas pela Fifa e seus cartolas. A Justiça, porém, não detalha se a conta de Teixeira estaria entre as que tiveram seus ativos congelados.

A informação foi revelada por jornais e televisões públicas da Suíça, no momento em que Joseph Blatter, presidente afastado da entidade, comparece a uma audiência diante do Comitê de Ética da Fifa .

Se condenado, ele pode ser banido do futebol. Segundo os suíços, as contas bloqueadas têm relação direta com as investigações conduzidas nos EUA e que já indiciaram 41 pessoas, entre elas Ricardo Teixeira, Marco Polo del Nero e José Maria Marin. Todos os três ocuparam a presidência da CBF.

Os nomes dos correntistas não foram divulgados oficialmente. Mas a Justiça indica que mais de 110 movimentações financeiras estão sob suspeita e que, de fato, congelou dezenas de contas.

"As autoridades americanas pediram documentos relacionados com 50 contas de diferentes bancos, por onde o dinheiro teria circulado", indicou o porta-voz do Departamento de Justiça suíça, Folco Galli.

Segundo os jornais suíços Tages Anzeiger e o SRF, um canal público de Zurique, Teixeira é um dos que tiveram suas contas bloqueadas. A suspeita se refere ao dinheiro que ele recebeu no escândalo da ISL, empresa de marketing e que vendia os direitos de TV das Copas do Mundo.

Teixeira teria recebido propinas para influenciar na escolha da emissora que transmitiria a Copa de 2002 no Brasil. O nome da emissora não foi revelado em um documento da Justiça que, em 2011, confirmou que Teixeira fraudou a Fifa, ao lado de João Havelange.

No documento que solicita a cooperação dos suíços, o FBI inclui o nome de Teixeira, indicando para a existência de contas em seu nome.

No indiciamento da Justiça norte-americana, em 3 de dezembro, o nome de Teixeira também aparece a o ser citado uma propina da Nike e que seria compartilhada entre o brasileiro e o empresário José Hawilla. Cerca de US$ 40 milhões foram transferidos para uma conta na Suíça e divididos entre os dois.

No país, diversos bancos passaram a ser obrigados a colaborar com o caso, entre eles o UBS, Credit Suisse Julius Baer. O congelamento das contas ocorreu à pedido dos norte-americanos.

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