Falhas de projeto causaram tragédia em MG, diz BHP Billiton
O relatório de 76 páginas elaborado por um painel de especialistas não atribuiu nenhuma responsabilidade
Da Redação
Publicado em 30 de agosto de 2016 às 08h41.
Várias falhas de projeto e uma série de problemas provocaram a maior tragédia ambiental da história do Brasil, o rompimento da barragem da mineradora Samarco em novembro de 2015, afirmou nesta terça-feira a BHP Billiton .
Uma comissão técnica da empresa anglo-australiana BHP e da brasileira Vale, coproprietárias da Samarco, determinou que uma cadeia de eventos, registrados entre 2009 e 2015, causou a catástrofe.
Uma barragem de rejeitos de mineração se rompeu em 5 de novembro de 2015, provocando uma torrente de lama que enterrou Bento Rodrigues, no município de Mariana, em Minas Gerais. A maior tragédia ambiental da história do Brasil deixou 19 mortos e centenas de desabrigados.
A Samarco enfrenta um processo de bilhões de dólares pelos custos de limpeza e os danos provocados.
O relatório de 76 páginas elaborado por um painel de especialistas, liderado pelo engenheiro geotérmico canadense Norbert Morgenstern, não atribuiu nenhuma responsabilidade.
"É muito detalhado, é um relatório técnico que demorou 10 meses", disse em uma teleconferência o diretor comercial da BHP, Dean Dalla Valle.
"Com os processos legais, não era apropriado tentar usar este mecanismo para atribuir culpas", disse.
"Não temos nenhuma razão para acreditar que alguém na BHP tivesse alguma informação que indicasse que o dique estava em risco de colapso", completou.
O relatório estipula que o projeto original era sólido, mas que dificuldades de construção levaram a mudanças que terminaram provocando uma alteração do estado dos sedimentos, que passaram a ser líquidos e colapsaram a estrutura.
Depois do rompimento da barragem, centenas de quilômetros quadrados foram arrasados pela onda de lama, que atravessou dois estados, chegou ao rio Doce e atingiu o mar, com consequências desastrosas para a vida de milhares de habitantes, o meio ambiente e a economia local.
A tragédia afetou metais pesados que estavam decantados no leito do rio e os elevou acima dos parâmetros máximos, o que levou as autoridades a suspender as atividades de pesca.
Várias falhas de projeto e uma série de problemas provocaram a maior tragédia ambiental da história do Brasil, o rompimento da barragem da mineradora Samarco em novembro de 2015, afirmou nesta terça-feira a BHP Billiton .
Uma comissão técnica da empresa anglo-australiana BHP e da brasileira Vale, coproprietárias da Samarco, determinou que uma cadeia de eventos, registrados entre 2009 e 2015, causou a catástrofe.
Uma barragem de rejeitos de mineração se rompeu em 5 de novembro de 2015, provocando uma torrente de lama que enterrou Bento Rodrigues, no município de Mariana, em Minas Gerais. A maior tragédia ambiental da história do Brasil deixou 19 mortos e centenas de desabrigados.
A Samarco enfrenta um processo de bilhões de dólares pelos custos de limpeza e os danos provocados.
O relatório de 76 páginas elaborado por um painel de especialistas, liderado pelo engenheiro geotérmico canadense Norbert Morgenstern, não atribuiu nenhuma responsabilidade.
"É muito detalhado, é um relatório técnico que demorou 10 meses", disse em uma teleconferência o diretor comercial da BHP, Dean Dalla Valle.
"Com os processos legais, não era apropriado tentar usar este mecanismo para atribuir culpas", disse.
"Não temos nenhuma razão para acreditar que alguém na BHP tivesse alguma informação que indicasse que o dique estava em risco de colapso", completou.
O relatório estipula que o projeto original era sólido, mas que dificuldades de construção levaram a mudanças que terminaram provocando uma alteração do estado dos sedimentos, que passaram a ser líquidos e colapsaram a estrutura.
Depois do rompimento da barragem, centenas de quilômetros quadrados foram arrasados pela onda de lama, que atravessou dois estados, chegou ao rio Doce e atingiu o mar, com consequências desastrosas para a vida de milhares de habitantes, o meio ambiente e a economia local.
A tragédia afetou metais pesados que estavam decantados no leito do rio e os elevou acima dos parâmetros máximos, o que levou as autoridades a suspender as atividades de pesca.