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Exumação de Goulart reunirá técnicos de vários países

Caixão com os restos mortais do ex-presidente seguirá para análises periciais a serem realizadas por técnicos

João GoulartJoão Goulart: testemunhos e novos documentos começaram a vir à tona nos últimos anos, comprovando que o ex-presidente sempre foi monitorado pela ditadura (Dick DeMarsico/Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de novembro de 2013 às 19h18.

São Borja - Após uma cerimônia na base aérea da capital, nesta quinta-feira, 14, em Brasília, o caixão com os restos mortais do ex-presidente João Goulart seguirá para o Instituto Nacional de Criminalística (INC), órgão da Polícia Federal, para análises periciais a serem realizadas por técnicos brasileiros, argentinos, uruguaios e um especialista cubano, em colaboração com laboratórios estrangeiros não revelados.

O ministro da Justiça José Eduardo Cardozo confirmou a presença da presidente Dilma Rousseff na recepção, além de autoridades civis, militares e representantes do corpo diplomático. "Essas honras são devidas há muito tempo ao presidente João Goulart", afirmou.

Busca-se saber se Jango morreu em consequência de problemas cardíacos ou envenenado por agentes da Operação Condor, espécie de consórcio formado entre governos militares sul-americanos para repressão e eliminação de opositores políticos. Não há prazo para divulgação do laudo conclusivo.

Nesta quarta, os peritos perfuraram a gaveta de cimento onde estava o caixão para liberar os gases resultantes da decomposição do corpo. Só então retiraram o caixão para o ambiente externo. Amostras do ar interno, confinado na gaveta, também foram colhidas para análises. A primeiras impressões foram positivas sobre a umidade do local, já que não é tão alta quanto se chegou a supor. Os peritos trabalharam sob uma tenda, sem permitir o acesso até mesmo aos familiares.

Os trabalhos de exumação do corpo do ex-presidente João Goulart, no Cemitério Jardim da Paz, no município de São Borja (RS), começaram antes das 7 horas, com a chegada da equipe de peritos.

Por volta das 8 horas, as primeiras autoridades a chegar foram os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Maria do Rosário (Direitos Humanos). Políticos gaúchos se misturaram a antigos correligionários de Jango, morto em dezembro de 1976 em uma de suas fazendas na Argentina. A família do ex-presidente, valendo-se do assédio da imprensa às autoridades, entrou no cemitério sem dar declarações.

Questionada sob os custos do processo, a ministra Maria do Rosário foi categórica: "Todos os custos serão informados no site de despesas do governo, o Transparência Brasil. Mas não se enganem, serão menores que os custos da ditadura, que custou vidas".

O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, também compareceu ao Cemitério Jardim da Paz para cumprimentar autoridades e a família Goulart. Nascido em São Borja, como Jango, relembrou sua relação pessoal com o ex-presidente, que inclusive o acolheu no exílio, em uma de suas propriedades rurais.

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São Borja - Após uma cerimônia na base aérea da capital, nesta quinta-feira, 14, em Brasília, o caixão com os restos mortais do ex-presidente João Goulart seguirá para o Instituto Nacional de Criminalística (INC), órgão da Polícia Federal, para análises periciais a serem realizadas por técnicos brasileiros, argentinos, uruguaios e um especialista cubano, em colaboração com laboratórios estrangeiros não revelados.

O ministro da Justiça José Eduardo Cardozo confirmou a presença da presidente Dilma Rousseff na recepção, além de autoridades civis, militares e representantes do corpo diplomático. "Essas honras são devidas há muito tempo ao presidente João Goulart", afirmou.

Busca-se saber se Jango morreu em consequência de problemas cardíacos ou envenenado por agentes da Operação Condor, espécie de consórcio formado entre governos militares sul-americanos para repressão e eliminação de opositores políticos. Não há prazo para divulgação do laudo conclusivo.

Nesta quarta, os peritos perfuraram a gaveta de cimento onde estava o caixão para liberar os gases resultantes da decomposição do corpo. Só então retiraram o caixão para o ambiente externo. Amostras do ar interno, confinado na gaveta, também foram colhidas para análises. A primeiras impressões foram positivas sobre a umidade do local, já que não é tão alta quanto se chegou a supor. Os peritos trabalharam sob uma tenda, sem permitir o acesso até mesmo aos familiares.

Os trabalhos de exumação do corpo do ex-presidente João Goulart, no Cemitério Jardim da Paz, no município de São Borja (RS), começaram antes das 7 horas, com a chegada da equipe de peritos.

Por volta das 8 horas, as primeiras autoridades a chegar foram os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Maria do Rosário (Direitos Humanos). Políticos gaúchos se misturaram a antigos correligionários de Jango, morto em dezembro de 1976 em uma de suas fazendas na Argentina. A família do ex-presidente, valendo-se do assédio da imprensa às autoridades, entrou no cemitério sem dar declarações.

Questionada sob os custos do processo, a ministra Maria do Rosário foi categórica: "Todos os custos serão informados no site de despesas do governo, o Transparência Brasil. Mas não se enganem, serão menores que os custos da ditadura, que custou vidas".

O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, também compareceu ao Cemitério Jardim da Paz para cumprimentar autoridades e a família Goulart. Nascido em São Borja, como Jango, relembrou sua relação pessoal com o ex-presidente, que inclusive o acolheu no exílio, em uma de suas propriedades rurais.

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