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Exigência de air bag em carro novo deve ficar para 2016

A ideia do governo é "dar tempo" ao Inmetro, que trabalha na criação de um centro para testar dispositivos de segurança embutidos nos veículos

Air bag: os air bags são exigidos nos EUA desde 1998 e na União Europeia desde 2007 (Quatro Rodas)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2013 às 13h13.

Brasília - O governo deve prorrogar por dois anos a entrada em vigor de uma das mais importantes medidas de segurança para o condutor de veículos no País - a exigência de que 100% dos carros produzidos no Brasil tenham air bag embutido.

Inicialmente, a medida, prevista pela resolução 311, de 2009, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), entraria em vigor a partir de 1º de janeiro de 2014. Mas os planos em Brasília são de prorrogar a medida para 1º de janeiro de 2016.

Segundo apurou o jornal O Estado de S.Paulo, a ideia do governo é "dar tempo" ao Inmetro, que trabalha na criação de um Centro de Impactos, que será formado em Duque de Caxias (RJ). Previsto no novo regime automotivo, o centro deverá ser implantado entre 2016 e 2017, e vai permitir ao Inmetro testar todos os dispositivos de segurança embutidos nos veículos produzidos no Brasil.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou que o assunto está sendo negociado com representantes da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), mas não há ainda definição. Ele deve se reunir com representantes do setor na sexta-feira, 13, para tomar uma decisão.

O provável adiamento da medida já é dado como certo pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que estampa em sua home page na internet a notícia: "Volks ganha mais dois anos para produzir Kombi e Gol". Ao todo, quatro mil metalúrgicos trabalham nas linhas de montagem desses veículos, que não poderão ser mais fabricados quando o air bag for obrigatório.

Nem a Kombi nem o Gol G4 são capazes de receber o air bag, e teriam que ser abandonados. De acordo com o sindicato, o fim desses veículos poderia significar a demissão de 4.000 trabalhadores nas montadoras e nas fábricas de autopeças ligadas aos dois produtos.

A decisão implica na edição de uma medida provisória até 31 de dezembro. De um lado, o governo ganha pontos com as montadoras e com os sindicatos, mas perde com os defensores de maior segurança no trânsito. Os air bags são exigidos nos EUA desde 1998 e na União Europeia desde 2007. Os veículos mais recentes no Brasil já contam com o dispositivo.

Nos planos em estudo no governo, a utilização do air bag deve ser ampliada para praticamente todos os veículos entre 2014 e 2015, e obrigatória a partir de 2016. Além dos dirigentes sindicais, o governo também discutiu a medida, costurada pelos ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento, com o Sindicato Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Sinfavea).

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Brasília - O governo deve prorrogar por dois anos a entrada em vigor de uma das mais importantes medidas de segurança para o condutor de veículos no País - a exigência de que 100% dos carros produzidos no Brasil tenham air bag embutido.

Inicialmente, a medida, prevista pela resolução 311, de 2009, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), entraria em vigor a partir de 1º de janeiro de 2014. Mas os planos em Brasília são de prorrogar a medida para 1º de janeiro de 2016.

Segundo apurou o jornal O Estado de S.Paulo, a ideia do governo é "dar tempo" ao Inmetro, que trabalha na criação de um Centro de Impactos, que será formado em Duque de Caxias (RJ). Previsto no novo regime automotivo, o centro deverá ser implantado entre 2016 e 2017, e vai permitir ao Inmetro testar todos os dispositivos de segurança embutidos nos veículos produzidos no Brasil.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou que o assunto está sendo negociado com representantes da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), mas não há ainda definição. Ele deve se reunir com representantes do setor na sexta-feira, 13, para tomar uma decisão.

O provável adiamento da medida já é dado como certo pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que estampa em sua home page na internet a notícia: "Volks ganha mais dois anos para produzir Kombi e Gol". Ao todo, quatro mil metalúrgicos trabalham nas linhas de montagem desses veículos, que não poderão ser mais fabricados quando o air bag for obrigatório.

Nem a Kombi nem o Gol G4 são capazes de receber o air bag, e teriam que ser abandonados. De acordo com o sindicato, o fim desses veículos poderia significar a demissão de 4.000 trabalhadores nas montadoras e nas fábricas de autopeças ligadas aos dois produtos.

A decisão implica na edição de uma medida provisória até 31 de dezembro. De um lado, o governo ganha pontos com as montadoras e com os sindicatos, mas perde com os defensores de maior segurança no trânsito. Os air bags são exigidos nos EUA desde 1998 e na União Europeia desde 2007. Os veículos mais recentes no Brasil já contam com o dispositivo.

Nos planos em estudo no governo, a utilização do air bag deve ser ampliada para praticamente todos os veículos entre 2014 e 2015, e obrigatória a partir de 2016. Além dos dirigentes sindicais, o governo também discutiu a medida, costurada pelos ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento, com o Sindicato Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Sinfavea).

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