Exigência de air bag em carro novo deve ficar para 2016
A ideia do governo é "dar tempo" ao Inmetro, que trabalha na criação de um centro para testar dispositivos de segurança embutidos nos veículos
Da Redação
Publicado em 11 de dezembro de 2013 às 13h13.
Brasília - O governo deve prorrogar por dois anos a entrada em vigor de uma das mais importantes medidas de segurança para o condutor de veículos no País - a exigência de que 100% dos carros produzidos no Brasil tenham air bag embutido.
Inicialmente, a medida, prevista pela resolução 311, de 2009, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), entraria em vigor a partir de 1º de janeiro de 2014. Mas os planos em Brasília são de prorrogar a medida para 1º de janeiro de 2016.
Segundo apurou o jornal O Estado de S.Paulo, a ideia do governo é "dar tempo" ao Inmetro, que trabalha na criação de um Centro de Impactos, que será formado em Duque de Caxias (RJ). Previsto no novo regime automotivo, o centro deverá ser implantado entre 2016 e 2017, e vai permitir ao Inmetro testar todos os dispositivos de segurança embutidos nos veículos produzidos no Brasil.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou que o assunto está sendo negociado com representantes da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), mas não há ainda definição. Ele deve se reunir com representantes do setor na sexta-feira, 13, para tomar uma decisão.
O provável adiamento da medida já é dado como certo pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que estampa em sua home page na internet a notícia: "Volks ganha mais dois anos para produzir Kombi e Gol". Ao todo, quatro mil metalúrgicos trabalham nas linhas de montagem desses veículos, que não poderão ser mais fabricados quando o air bag for obrigatório.
Nem a Kombi nem o Gol G4 são capazes de receber o air bag, e teriam que ser abandonados. De acordo com o sindicato, o fim desses veículos poderia significar a demissão de 4.000 trabalhadores nas montadoras e nas fábricas de autopeças ligadas aos dois produtos.
A decisão implica na edição de uma medida provisória até 31 de dezembro. De um lado, o governo ganha pontos com as montadoras e com os sindicatos, mas perde com os defensores de maior segurança no trânsito. Os air bags são exigidos nos EUA desde 1998 e na União Europeia desde 2007. Os veículos mais recentes no Brasil já contam com o dispositivo.
Nos planos em estudo no governo, a utilização do air bag deve ser ampliada para praticamente todos os veículos entre 2014 e 2015, e obrigatória a partir de 2016. Além dos dirigentes sindicais, o governo também discutiu a medida, costurada pelos ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento, com o Sindicato Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Sinfavea).
Brasília - O governo deve prorrogar por dois anos a entrada em vigor de uma das mais importantes medidas de segurança para o condutor de veículos no País - a exigência de que 100% dos carros produzidos no Brasil tenham air bag embutido.
Inicialmente, a medida, prevista pela resolução 311, de 2009, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), entraria em vigor a partir de 1º de janeiro de 2014. Mas os planos em Brasília são de prorrogar a medida para 1º de janeiro de 2016.
Segundo apurou o jornal O Estado de S.Paulo, a ideia do governo é "dar tempo" ao Inmetro, que trabalha na criação de um Centro de Impactos, que será formado em Duque de Caxias (RJ). Previsto no novo regime automotivo, o centro deverá ser implantado entre 2016 e 2017, e vai permitir ao Inmetro testar todos os dispositivos de segurança embutidos nos veículos produzidos no Brasil.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou que o assunto está sendo negociado com representantes da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), mas não há ainda definição. Ele deve se reunir com representantes do setor na sexta-feira, 13, para tomar uma decisão.
O provável adiamento da medida já é dado como certo pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que estampa em sua home page na internet a notícia: "Volks ganha mais dois anos para produzir Kombi e Gol". Ao todo, quatro mil metalúrgicos trabalham nas linhas de montagem desses veículos, que não poderão ser mais fabricados quando o air bag for obrigatório.
Nem a Kombi nem o Gol G4 são capazes de receber o air bag, e teriam que ser abandonados. De acordo com o sindicato, o fim desses veículos poderia significar a demissão de 4.000 trabalhadores nas montadoras e nas fábricas de autopeças ligadas aos dois produtos.
A decisão implica na edição de uma medida provisória até 31 de dezembro. De um lado, o governo ganha pontos com as montadoras e com os sindicatos, mas perde com os defensores de maior segurança no trânsito. Os air bags são exigidos nos EUA desde 1998 e na União Europeia desde 2007. Os veículos mais recentes no Brasil já contam com o dispositivo.
Nos planos em estudo no governo, a utilização do air bag deve ser ampliada para praticamente todos os veículos entre 2014 e 2015, e obrigatória a partir de 2016. Além dos dirigentes sindicais, o governo também discutiu a medida, costurada pelos ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento, com o Sindicato Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Sinfavea).