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'PSB renunciou ao seu futuro', diz ex-presidente da sigla

Em texto publicado na Folha de S.Paulo, Roberto Amaral critica apoio do partido a Aécio Neves e diz que está ao lado de Dilma Rousseff

Dilma Rousseff durante encontro com Roberto Amaral, líder do PSB, em Brasília (Ichiro Guerra/Dilma 13/Divulgação)

Mariana Desidério

Publicado em 14 de outubro de 2014 às 10h39.

Cinco dias após o PSB declarar apoio à candidatura de Aécio Neves (PSDB), o ex-presidente do partido, Roberto Amaral, criticou publicamente a decisão e afirmou que a sigla “renunciou ao seu futuro”.

“Quando se alia a Aécio Neves, o PSB renega seus compromissos programáticos e estatutários. Joga no lixo da história a oposição que moveu ao governo FHC e o esforço de seus fundadores para instalar no solo da paupérrima política local uma resistência de esquerda, socialista e democrática”, disse o socialista em texto publicado na Folha de S.Paulo nesta terça-feira.

No texto, Amaral afirma ainda que a decisão do partido vai contra a posição de Eduardo Campos de “denúncia da velha, nociva e artificial polarização entre PT e PSDB, que só interessa, dizia ele, aos verdadeiros detentores do poder”.

O ex-presidente da sigla ainda questiona: “Como honrar esse legado tornando-se refém de uma de suas pernas [um dos pilares dessa polarização], justamente a mais atrasada?”

Roberto Amaral já havia se posicionado contra a decisão do PSB de apoiar o candidato tucano. Ele se reuniu ontem à noite com a candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT), em Brasília, em demonstração de apoio à petista. Amaral foi ministro da Ciência e Tecnologia no governo Lula.

Em meio a esse racha interno, o PSB oficializou ontem a troca de seu comando, numa reunião em Brasília. O ex-primeiro secretário do partido, Carlos Siqueira, substituirá Amaral como presidente da sigla. Roberto Amaral não compareceu à reunião, assim como a deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP), também insatisfeita com o apoio a Aécio.

O diretório nacional do PSB declarou apoio à candidatura de Aécio Neves na última quinta-feira (16). A família de Eduardo Campos também se manifestou em favor do tucano. Campos era candidato à presidência pelo PSB e morreu num acidente de avião no início da campanha, sendo substituído por Marina Silva. Marina também declarou apoio ao tucano.

De acordo com informações da coluna Painel da Folha de S.Paulo, o ex-presidente Lula chegou a procurar dirigentes do PSB em busca de apoio político para Dilma Rousseff no segundo turno. Porém, após três dias de conversas, o petista foi informado que a sigla apoiaria Aécio.

A posição anunciada pelo PSB é a de que a candidatura tucana representa uma mudança na política nacional. "A população brasileira tem dado sinais de que deseja mudança”, disse o senador Rodrigo Rollemberg no dia em que foi anunciado o apoio.

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Cinco dias após o PSB declarar apoio à candidatura de Aécio Neves (PSDB), o ex-presidente do partido, Roberto Amaral, criticou publicamente a decisão e afirmou que a sigla “renunciou ao seu futuro”.

“Quando se alia a Aécio Neves, o PSB renega seus compromissos programáticos e estatutários. Joga no lixo da história a oposição que moveu ao governo FHC e o esforço de seus fundadores para instalar no solo da paupérrima política local uma resistência de esquerda, socialista e democrática”, disse o socialista em texto publicado na Folha de S.Paulo nesta terça-feira.

No texto, Amaral afirma ainda que a decisão do partido vai contra a posição de Eduardo Campos de “denúncia da velha, nociva e artificial polarização entre PT e PSDB, que só interessa, dizia ele, aos verdadeiros detentores do poder”.

O ex-presidente da sigla ainda questiona: “Como honrar esse legado tornando-se refém de uma de suas pernas [um dos pilares dessa polarização], justamente a mais atrasada?”

Roberto Amaral já havia se posicionado contra a decisão do PSB de apoiar o candidato tucano. Ele se reuniu ontem à noite com a candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT), em Brasília, em demonstração de apoio à petista. Amaral foi ministro da Ciência e Tecnologia no governo Lula.

Em meio a esse racha interno, o PSB oficializou ontem a troca de seu comando, numa reunião em Brasília. O ex-primeiro secretário do partido, Carlos Siqueira, substituirá Amaral como presidente da sigla. Roberto Amaral não compareceu à reunião, assim como a deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP), também insatisfeita com o apoio a Aécio.

O diretório nacional do PSB declarou apoio à candidatura de Aécio Neves na última quinta-feira (16). A família de Eduardo Campos também se manifestou em favor do tucano. Campos era candidato à presidência pelo PSB e morreu num acidente de avião no início da campanha, sendo substituído por Marina Silva. Marina também declarou apoio ao tucano.

De acordo com informações da coluna Painel da Folha de S.Paulo, o ex-presidente Lula chegou a procurar dirigentes do PSB em busca de apoio político para Dilma Rousseff no segundo turno. Porém, após três dias de conversas, o petista foi informado que a sigla apoiaria Aécio.

A posição anunciada pelo PSB é a de que a candidatura tucana representa uma mudança na política nacional. "A população brasileira tem dado sinais de que deseja mudança”, disse o senador Rodrigo Rollemberg no dia em que foi anunciado o apoio.

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