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EUA usarão Centro de Alcântara, no Maranhão, para lançar foguetes

Segundo o ministro da Defesa, Israel, Rússia e França também já manifestaram interesse em usar a estrutura

Lançamento: o Centro de Lançamento de Alcântara está paralisado desde 2001 (Caspereark/Wikimedia Commons)

Lançamento: o Centro de Lançamento de Alcântara está paralisado desde 2001 (Caspereark/Wikimedia Commons)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de maio de 2017 às 11h05.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou nesta quarta-feira, 31, que o governo brasileiro vai permitir inicialmente aos Estados Unidos o uso do Centro de Alcântara, no Maranhão, para o lançamento de foguetes ao espaço.

Além dos EUA, o ministro disse que Israel, Rússia e França também já manifestaram interesse em usar a estrutura do equipamento.

O Centro de Lançamento de Alcântara, conforme lembrou o ministro durante o Fórum de Investimentos Brasil 2017, está paralisado desde 2001 e o governo do presidente Michel Temer (PMDB) prepara um projeto de lei que autoriza o País a permitir o uso do equipamento a governos estrangeiros. Uma versão do projeto já havia sido apresentada em 2001, mas foi retirada do Congresso para ganhar um novo texto.

Durante discurso no evento, o ministro não citou um prazo para envio do projeto, mas disse que "muito em breve" o centro vai estar em plenas condições de funcionamento.

Jungmann falou ainda que será reformulada a governança da estrutura, que, segundo ele era um dos "temas mais frágeis" da estrutura para o governo.

Um Conselho Nacional de Espaço também será criado, explicou o ministro, para servir como um comitê executivo que dará suporte à administração do centro de lançamentos.

"O País investiu bilhões na construção do equipamento de um centro que aí se encontra plenamente consolidado, com plenas condições de funcionamento e que esperamos reativar muito em breve", disse Jungmann.

O ministro destacou que o interesse dos outros países em usar a estrutura brasileira para lançar foguetes no espaço se dá pelo fato de o Centro estar estrategicamente localizado, já que fica na linha do Equador e tem uma proximidade maior da superfície terrestre com o espaço.

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