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Estudantes fazem homenagem a menino morto por guarda civil

Ato público simbólico homenageou o menino Waldik Gabriel da Silva, de 11 anos, morto por um guarda civil metropolitano em São Paulo

Atirador dispara revólver: o menino Waldik estava no banco traseiro do carro (Warren Little/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2016 às 22h54.

Um ato público simbólico, organizado por estudantes secundaristas que se sentaram no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo ( Masp ), na Avenida Paulista, segurando velas e um imenso cartaz onde pediam o fim do genocídio de jovens negros , homenageou na noite de hoje (27) o menino Waldik Gabriel da Silva, de 11 anos, morto por um guarda civil metropolitano de São Paulo, durante perseguição a um carro, na noite do último sábado (25)

Segundo o estudante secundarista Marcelo Rocha, 18 anos, a ideia do ato surgiu na manhã de hoje, quando eles souberam da morte de Waldik:

“Essa é uma realidade do que acontece sempre. Esse mês mesmo tivemos outro caso, que foi do garoto Ítalo [morto por um policial militar após uma perseguição policial na zona sul da capital paulista]. Ítalos e Waldiks somos todos nós. A gente vive esse racismo todo dia, essas intolerâncias e perseguições todos os dias. Nós, pretos, não podemos ir ao supermercado porque somos sempre suspeitos. Esse garoto [Waldik], além de suspeito, foi condenado por um militarismo que não precisa de juiz, mas que se acha um juiz ou um Deus para acabar com a vida de qualquer um a todo momento”.

Apesar de reunir poucos participantes, o ato chamou a atenção de  pessoas que passavam pela Avenida Paulista, como um haitiano que se identificou como Il Nero.

Depois de saber dos organizadores sobre a razão do ato, Il Nero começou a fazer um discurso emocionado no local, falando da desigualdade no Brasil, principalmente em relação aos negros e imigrantes.

“Como todo mundo quer uma sociedade justa e igualitária no momento em que, a cada 23 minutos, se mata um negro? E o estado do Brasil nega isso. É um genocídio grande aqui. A sociedade tem que se indignar”, disse ele.

Segundo a versão policial sobre a morte de Waldik Gabriel Silva, guardas civis foram avisados por motoqueiros, que não se identificaram, de que teriam sido roubados por ocupantes de um Chevette prata.

Após perseguição, os suspeitos atiraram contra o carro da polícia. Um guarda contra o Chevette e atingiu o menino Waldik, que estava no banco traseiro do carro.

De acordo com o boletim de ocorrência, o condutor do veículo e outro homem fugiram a pé, abandonando Waldik dentro do carro, na Rua Regresso Feliz, número 131, Cidade Tiradentes.

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Um ato público simbólico, organizado por estudantes secundaristas que se sentaram no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo ( Masp ), na Avenida Paulista, segurando velas e um imenso cartaz onde pediam o fim do genocídio de jovens negros , homenageou na noite de hoje (27) o menino Waldik Gabriel da Silva, de 11 anos, morto por um guarda civil metropolitano de São Paulo, durante perseguição a um carro, na noite do último sábado (25)

Segundo o estudante secundarista Marcelo Rocha, 18 anos, a ideia do ato surgiu na manhã de hoje, quando eles souberam da morte de Waldik:

“Essa é uma realidade do que acontece sempre. Esse mês mesmo tivemos outro caso, que foi do garoto Ítalo [morto por um policial militar após uma perseguição policial na zona sul da capital paulista]. Ítalos e Waldiks somos todos nós. A gente vive esse racismo todo dia, essas intolerâncias e perseguições todos os dias. Nós, pretos, não podemos ir ao supermercado porque somos sempre suspeitos. Esse garoto [Waldik], além de suspeito, foi condenado por um militarismo que não precisa de juiz, mas que se acha um juiz ou um Deus para acabar com a vida de qualquer um a todo momento”.

Apesar de reunir poucos participantes, o ato chamou a atenção de  pessoas que passavam pela Avenida Paulista, como um haitiano que se identificou como Il Nero.

Depois de saber dos organizadores sobre a razão do ato, Il Nero começou a fazer um discurso emocionado no local, falando da desigualdade no Brasil, principalmente em relação aos negros e imigrantes.

“Como todo mundo quer uma sociedade justa e igualitária no momento em que, a cada 23 minutos, se mata um negro? E o estado do Brasil nega isso. É um genocídio grande aqui. A sociedade tem que se indignar”, disse ele.

Segundo a versão policial sobre a morte de Waldik Gabriel Silva, guardas civis foram avisados por motoqueiros, que não se identificaram, de que teriam sido roubados por ocupantes de um Chevette prata.

Após perseguição, os suspeitos atiraram contra o carro da polícia. Um guarda contra o Chevette e atingiu o menino Waldik, que estava no banco traseiro do carro.

De acordo com o boletim de ocorrência, o condutor do veículo e outro homem fugiram a pé, abandonando Waldik dentro do carro, na Rua Regresso Feliz, número 131, Cidade Tiradentes.

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