Erros policiais ameaçam legado dos Jogos do Rio, diz Anistia
"A maioria das vítimas das operações policiais é de jovens e negros e vive nas favelas", aponta a ONG
Da Redação
Publicado em 2 de junho de 2016 às 08h39.
A organização de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional afirmou, nesta quinta-feira, que os "graves erros" cometidos pela polícia - sobretudo em relação a jovens negros de comunidades - ameaçam o legado dos Jogos Olímpicos do Rio 2016.
"O Brasil põe em prática as mesmas políticas que levaram a uma multiplicação dos homicídios e das violações dos direitos humanos por parte das forças de segurança desde a Copa do Mundo de futebol de 2014", afirma a Anistia, em um comunicado divulgado a pouco mais de dois meses das Olimpíadas.
Em 2015, um homicídio em cada cinco foi cometido por policiais cariocas, e 100, desde o início do ano em todo o estado do Rio.
"A maioria das vítimas das operações policiais é de jovens e negros e vive nas favelas", aponta a ONG.
"A estratégia de 'atirar primeiro e perguntar depois' coloca o Rio entre as cidades onde a Polícia mata mais no mundo (...) e compromete o prometido legado olímpico de uma cidade segura para todos", afirma a Anistia.
"Desde 2009, data na qual o Rio foi escolhido para sediar os JO, 2.500 pessoas foram mortas pela Polícia na cidade, e um número ínfimo deles obteve justiça", declara o diretor da Anistia Brasil, Átila Roque.
Homicídios resultantes de intervenções policiais aumentaram 54% entre 2013 e 2015 em todo o território fluminense. Em 2014, ano da Copa, 580 pessoas morreram em operações policiais no estado do Rio, 40% a mais do que no ano anterior.
Recentemente, as autoridades anunciaram que 65.000 policiais e 20.000 soldados - o dobro do efetivo dos JO de Londres-2012 - serão mobilizados para a segurança do evento. Uma parte desse contingente será enviada para comunidades carentes.
"A dois meses dos JO, ainda é hora de colocar em prática medidas que reduzam os riscos de violação dos direitos humanos", concluiu Roque.
Os policiais também pagam um preço alto pela violência, com 39 agentes mortos entre o início de 2016 e meados de maio. Dois terços deles morreram fora do horário de trabalho, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo. Em 2015, foram 85 óbitos de agentes.
A organização de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional afirmou, nesta quinta-feira, que os "graves erros" cometidos pela polícia - sobretudo em relação a jovens negros de comunidades - ameaçam o legado dos Jogos Olímpicos do Rio 2016.
"O Brasil põe em prática as mesmas políticas que levaram a uma multiplicação dos homicídios e das violações dos direitos humanos por parte das forças de segurança desde a Copa do Mundo de futebol de 2014", afirma a Anistia, em um comunicado divulgado a pouco mais de dois meses das Olimpíadas.
Em 2015, um homicídio em cada cinco foi cometido por policiais cariocas, e 100, desde o início do ano em todo o estado do Rio.
"A maioria das vítimas das operações policiais é de jovens e negros e vive nas favelas", aponta a ONG.
"A estratégia de 'atirar primeiro e perguntar depois' coloca o Rio entre as cidades onde a Polícia mata mais no mundo (...) e compromete o prometido legado olímpico de uma cidade segura para todos", afirma a Anistia.
"Desde 2009, data na qual o Rio foi escolhido para sediar os JO, 2.500 pessoas foram mortas pela Polícia na cidade, e um número ínfimo deles obteve justiça", declara o diretor da Anistia Brasil, Átila Roque.
Homicídios resultantes de intervenções policiais aumentaram 54% entre 2013 e 2015 em todo o território fluminense. Em 2014, ano da Copa, 580 pessoas morreram em operações policiais no estado do Rio, 40% a mais do que no ano anterior.
Recentemente, as autoridades anunciaram que 65.000 policiais e 20.000 soldados - o dobro do efetivo dos JO de Londres-2012 - serão mobilizados para a segurança do evento. Uma parte desse contingente será enviada para comunidades carentes.
"A dois meses dos JO, ainda é hora de colocar em prática medidas que reduzam os riscos de violação dos direitos humanos", concluiu Roque.
Os policiais também pagam um preço alto pela violência, com 39 agentes mortos entre o início de 2016 e meados de maio. Dois terços deles morreram fora do horário de trabalho, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo. Em 2015, foram 85 óbitos de agentes.