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Entrada de dólares no país seca no começo de abril

Depois de registrar o saldo postivo de US$ 35 bilhões no primeiro trimestre, país registra fluxo negativo na primeira semana se abril

A entrada de dóláres no país teve fluxo negativo de US$ 14 milhões em abril até o dia 8 (Stock.xchng)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2011 às 13h34.

São Paulo - A entrada de dólares no país estancou no início de abril, com fluxo negativo de 14 milhões de dólares até o dia 8, informou o Banco Central nesta quarta-feira.

O resultado marca uma inflexão no movimento de câmbio do país. Nos três primeiros meses do ano, os investimentos estrangeiros diretos (IED), os empréstimos de companhias brasileiras no exterior e as operações de arbitragem com juros provocaram a entrada de mais de 35 bilhões de dólares.

Em abril, o equilíbrio prevaleceu inclusive dentro dos principais componentes do fluxo. As operações comerciais tiveram saldo negativo de 94 milhões de dólares, e as operações financeiras registraram superávit de 80 milhões de dólares.

Os números são os primeiros dados após o governo elevar em duas ocasiões o imposto sobre a captação de empresas brasileiras no exterior. Em 29 de março, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou a cobrança de alíquota de 6 por cento de IOF sobre os empréstimos com prazo até 1 ano. Em 6 de abril, ele estendeu a alíquota a operações até dois anos.

Mesmo com a saída líquida de capitais, o BC incorporou às reservas 2,919 bilhões de dólares por meio de compras no mercado à vista. Com as compras a termo, o BC absorveu outros 440 milhões de dólares.

A atuação contundente do BC mesmo em um ambiente de maior escassez de dólares à vista pressionou o cupom cambial nos últimos dias. O contrato FRA (forward rate agreement) de cupom cambial para junho --que mede a taxa local de juros em dólares-- chegou a superar 4 por cento, após ter sido cotado abaixo de 3 por cento ainda no fim de março.

Apesar da saída de dólares no mercado à vista, a oferta de moeda estrangeira no mercado futuro continuou elevada, mantendo a tendência de baixa do dólar. Os investidores estrangeiros, por exemplo, detêm quase 20 bilhões de dólares em posições vendidas em dólar futuro e cupom cambial (DDI) na BM&FBovespa. No dia 8 de abril, o dólar caiu a 1,574 real, menor nível desde agosto de 2008 e perto do patamar em que era cotado ainda em janeiro de 1999, pouco após a maxidesvalorização.

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São Paulo - A entrada de dólares no país estancou no início de abril, com fluxo negativo de 14 milhões de dólares até o dia 8, informou o Banco Central nesta quarta-feira.

O resultado marca uma inflexão no movimento de câmbio do país. Nos três primeiros meses do ano, os investimentos estrangeiros diretos (IED), os empréstimos de companhias brasileiras no exterior e as operações de arbitragem com juros provocaram a entrada de mais de 35 bilhões de dólares.

Em abril, o equilíbrio prevaleceu inclusive dentro dos principais componentes do fluxo. As operações comerciais tiveram saldo negativo de 94 milhões de dólares, e as operações financeiras registraram superávit de 80 milhões de dólares.

Os números são os primeiros dados após o governo elevar em duas ocasiões o imposto sobre a captação de empresas brasileiras no exterior. Em 29 de março, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou a cobrança de alíquota de 6 por cento de IOF sobre os empréstimos com prazo até 1 ano. Em 6 de abril, ele estendeu a alíquota a operações até dois anos.

Mesmo com a saída líquida de capitais, o BC incorporou às reservas 2,919 bilhões de dólares por meio de compras no mercado à vista. Com as compras a termo, o BC absorveu outros 440 milhões de dólares.

A atuação contundente do BC mesmo em um ambiente de maior escassez de dólares à vista pressionou o cupom cambial nos últimos dias. O contrato FRA (forward rate agreement) de cupom cambial para junho --que mede a taxa local de juros em dólares-- chegou a superar 4 por cento, após ter sido cotado abaixo de 3 por cento ainda no fim de março.

Apesar da saída de dólares no mercado à vista, a oferta de moeda estrangeira no mercado futuro continuou elevada, mantendo a tendência de baixa do dólar. Os investidores estrangeiros, por exemplo, detêm quase 20 bilhões de dólares em posições vendidas em dólar futuro e cupom cambial (DDI) na BM&FBovespa. No dia 8 de abril, o dólar caiu a 1,574 real, menor nível desde agosto de 2008 e perto do patamar em que era cotado ainda em janeiro de 1999, pouco após a maxidesvalorização.

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