Empresários apontam novos atrasos em pagamento do Minha Casa
De acordo com o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, a ausência de pagamentos e de informações acendeu o sinal de alerta dos empresários
Da Redação
Publicado em 5 de outubro de 2015 às 17h48.
São Paulo - O governo voltou a atrasar pagamentos às empresas participantes do programa habitacional Minha Casa Minha Vida (MCMV), de acordo com representantes do setor da construção civil .
A insatisfação com o problema que, segundo os executivos, já se tornou recorrente, tem aumentado as discussões a respeito de uma possível paralisação de obras, embora nenhuma decisão nesse sentido tenha sido tomada ainda.
O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, afirmou, em entrevista ao Broadcast (serviço de notícias em tempo real da Agência Estado), que o governo ainda não quitou obrigações em outubro ou notificou as empresas sobre os planos para futuros pagamentos.
De acordo com o executivo, a ausência de pagamentos e de informações acendeu o sinal de alerta dos empresários, pois isso difere dos acordos firmados entre governo e entidades da construção.
"Nós aceitamos um novo cronograma de prazos de pagamentos e de ritmo de obras, mas eles o governo não pagaram no prazo. O fluxo de pagamentos que propuseram não foi cumprido", afirmou o executivo, que estima um volume em atraso de, pelo menos, R$ 800 milhões a R$ 1 bilhão.
No final de junho, a CBIC firmou um acordo com o governo, no qual os desembolsos do Minha Casa Minha Vida seriam feitos em 30, 45 e 60 dias, de acordo com porte da empresa.
O executivo contou que alguns empresários já estão ameaçando paralisações nas obras, caso o problema não seja solucionado. Martins ressaltou, no entanto, que essa é uma iniciativa da base, não das entidades.
"A CBIC não dita o que as empresas devem fazer, mas é impossível segurar o movimento da base", afirmou.
O presidente da CBIC informou ainda que está previsto para a tarde desta segunda-feira, 5, um encontro com representantes do governo, no qual se espera chegar a uma solução. "Vamos escutar o que eles têm a dizer. Em seguida, vamos levar aos representantes nos Estados, que devem decidir o que fazer", disse. "Mas não vamos acreditar em propostas que podem mudar no meio do caminho", ressaltou.
Procurado, o Ministério do Planejamento confirmou a reunião, mas não informou a pauta do encontro. Já o Ministério das Cidades não respondeu até o fechamento desta reportagem aos questionamentos feitos pelo Broadcast.
São Paulo - O governo voltou a atrasar pagamentos às empresas participantes do programa habitacional Minha Casa Minha Vida (MCMV), de acordo com representantes do setor da construção civil .
A insatisfação com o problema que, segundo os executivos, já se tornou recorrente, tem aumentado as discussões a respeito de uma possível paralisação de obras, embora nenhuma decisão nesse sentido tenha sido tomada ainda.
O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, afirmou, em entrevista ao Broadcast (serviço de notícias em tempo real da Agência Estado), que o governo ainda não quitou obrigações em outubro ou notificou as empresas sobre os planos para futuros pagamentos.
De acordo com o executivo, a ausência de pagamentos e de informações acendeu o sinal de alerta dos empresários, pois isso difere dos acordos firmados entre governo e entidades da construção.
"Nós aceitamos um novo cronograma de prazos de pagamentos e de ritmo de obras, mas eles o governo não pagaram no prazo. O fluxo de pagamentos que propuseram não foi cumprido", afirmou o executivo, que estima um volume em atraso de, pelo menos, R$ 800 milhões a R$ 1 bilhão.
No final de junho, a CBIC firmou um acordo com o governo, no qual os desembolsos do Minha Casa Minha Vida seriam feitos em 30, 45 e 60 dias, de acordo com porte da empresa.
O executivo contou que alguns empresários já estão ameaçando paralisações nas obras, caso o problema não seja solucionado. Martins ressaltou, no entanto, que essa é uma iniciativa da base, não das entidades.
"A CBIC não dita o que as empresas devem fazer, mas é impossível segurar o movimento da base", afirmou.
O presidente da CBIC informou ainda que está previsto para a tarde desta segunda-feira, 5, um encontro com representantes do governo, no qual se espera chegar a uma solução. "Vamos escutar o que eles têm a dizer. Em seguida, vamos levar aos representantes nos Estados, que devem decidir o que fazer", disse. "Mas não vamos acreditar em propostas que podem mudar no meio do caminho", ressaltou.
Procurado, o Ministério do Planejamento confirmou a reunião, mas não informou a pauta do encontro. Já o Ministério das Cidades não respondeu até o fechamento desta reportagem aos questionamentos feitos pelo Broadcast.