Emprego alto mantém Dilma popular apesar de economia fraca
Desempenho econômico fraco ainda não atingiu população, que avalia positivamente o governo da presidente
Da Redação
Publicado em 14 de dezembro de 2012 às 15h17.
Brasília - A avaliação positiva do governo da presidente Dilma Rousseff se manteve estável nos últimos meses, num quadro em que a população, dados os atuais níveis de emprego e renda, não sente o fraco desempenho da economia e parece não ter sido afetada pelo noticiário sobre corrupção.
Pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta sexta-feira mostrou que a avaliação ótima e boa do governo seguiu em 62 por cento em dezembro, enquanto sua aprovação pessoal variou de 77 por cento, em setembro, para 78 por cento em dezembro, o maior percentual já verificado desde o início de seu mandato, mostrou a pesquisa feita pelo Ibope sob encomenda da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
"O baixo desempenho da economia ainda não chegou plenamente na população. A taxa de desemprego continua muito baixa, a renda continua subindo em termos reais", avaliou o gerente-executivo de pesquisa da CNI, Renato da Fonseca.
"A crise ainda não chegou completamente na população. A avaliação do lado econômico ainda é satisfatória e de certa forma positiva." O gerente-executivo citou ainda o anúncio das medidas do governo para reduzir as tarifas de energia elétrica a partir do ano que vem como um dos fatores que podem ter contribuído para a avaliação positiva.
"Há uma satisfação com o anúncio da redução da energia elétrica", afirmou Fonseca.
O governo anunciou em setembro um plano de redução das tarifas de energia para 2013, envolvendo a renovação das concessões do setor que vencem entre 2015 e 2017.
CORRUPÇÃO
As recentes notícias sobre corrupção --em especial sobre a operação Porto Seguro, da Polícia Federal, que investiga venda de pareceres fraudulentos e envolveu funcionários do Executivo--, não tiveram impacto negativo na avaliação do governo ou da presidente, segundo o gerente-executivo do levantamento.
"Aparentemente não interferiu. Ou pode ter interferido pela ação rápida do governo, na Porto Seguro, na demissão das pessoas envolvidas", disse Fonseca a jornalistas.
O julgamento da ação penal do esquema de compra de apoio político no Congresso durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conhecido como mensalão, foi a notícia sobre o governo espontaneamente mais citada pelos entrevistados, de acordo com a pesquisa.
Em segundo lugar está o tema da redução da energia elétrica, seguido pelo noticiário sobre a operação Porto Seguro e sobre a CPI que investiga as relações políticas e empresariais de Carlinhos Cachoeira.
"O que a gente percebe é que (o noticiário sobre corrupção) não afetou necessariamente a confiança na presidente, nem na avaliação do modo de governar da presidente", explicou Fonseca.
De acordo com a pesquisa, 29 por cento veem o governo como regular, mesmo patamar de setembro. O percentual dos que classificam o governo como péssimo ou ruim também não teve alterações, ficando em 7 por cento.
Na comparação com Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma está se saindo melhor em relação ao primeiro mandato do ex-presidente. Em novembro de 2004, quando ele se aproximava de completar 2 anos de governo, a avaliação ótima e boa era de 41 por cento. Mas quando comparado com o segundo mandato, Lula leva vantagem, já que em dezembro de 2008, a avaliação ótima e boa era de 73 por cento.
A aprovação pessoal de Dilma já vinha se mantendo no patamar de 77 por cento desde março deste ano.
O Ibope ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios entre os dias 6 e 9 de dezembro. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.
Brasília - A avaliação positiva do governo da presidente Dilma Rousseff se manteve estável nos últimos meses, num quadro em que a população, dados os atuais níveis de emprego e renda, não sente o fraco desempenho da economia e parece não ter sido afetada pelo noticiário sobre corrupção.
Pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta sexta-feira mostrou que a avaliação ótima e boa do governo seguiu em 62 por cento em dezembro, enquanto sua aprovação pessoal variou de 77 por cento, em setembro, para 78 por cento em dezembro, o maior percentual já verificado desde o início de seu mandato, mostrou a pesquisa feita pelo Ibope sob encomenda da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
"O baixo desempenho da economia ainda não chegou plenamente na população. A taxa de desemprego continua muito baixa, a renda continua subindo em termos reais", avaliou o gerente-executivo de pesquisa da CNI, Renato da Fonseca.
"A crise ainda não chegou completamente na população. A avaliação do lado econômico ainda é satisfatória e de certa forma positiva." O gerente-executivo citou ainda o anúncio das medidas do governo para reduzir as tarifas de energia elétrica a partir do ano que vem como um dos fatores que podem ter contribuído para a avaliação positiva.
"Há uma satisfação com o anúncio da redução da energia elétrica", afirmou Fonseca.
O governo anunciou em setembro um plano de redução das tarifas de energia para 2013, envolvendo a renovação das concessões do setor que vencem entre 2015 e 2017.
CORRUPÇÃO
As recentes notícias sobre corrupção --em especial sobre a operação Porto Seguro, da Polícia Federal, que investiga venda de pareceres fraudulentos e envolveu funcionários do Executivo--, não tiveram impacto negativo na avaliação do governo ou da presidente, segundo o gerente-executivo do levantamento.
"Aparentemente não interferiu. Ou pode ter interferido pela ação rápida do governo, na Porto Seguro, na demissão das pessoas envolvidas", disse Fonseca a jornalistas.
O julgamento da ação penal do esquema de compra de apoio político no Congresso durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conhecido como mensalão, foi a notícia sobre o governo espontaneamente mais citada pelos entrevistados, de acordo com a pesquisa.
Em segundo lugar está o tema da redução da energia elétrica, seguido pelo noticiário sobre a operação Porto Seguro e sobre a CPI que investiga as relações políticas e empresariais de Carlinhos Cachoeira.
"O que a gente percebe é que (o noticiário sobre corrupção) não afetou necessariamente a confiança na presidente, nem na avaliação do modo de governar da presidente", explicou Fonseca.
De acordo com a pesquisa, 29 por cento veem o governo como regular, mesmo patamar de setembro. O percentual dos que classificam o governo como péssimo ou ruim também não teve alterações, ficando em 7 por cento.
Na comparação com Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma está se saindo melhor em relação ao primeiro mandato do ex-presidente. Em novembro de 2004, quando ele se aproximava de completar 2 anos de governo, a avaliação ótima e boa era de 41 por cento. Mas quando comparado com o segundo mandato, Lula leva vantagem, já que em dezembro de 2008, a avaliação ótima e boa era de 73 por cento.
A aprovação pessoal de Dilma já vinha se mantendo no patamar de 77 por cento desde março deste ano.
O Ibope ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios entre os dias 6 e 9 de dezembro. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.