Embratur compartilha por engano post que não recomenda viagem ao Rio
A instituição afirma que houve acesso não autorizado à sua página no Instagram e que irá apresentar queixa-crime para que Polícia Federal investigue o caso
AFP
Publicado em 5 de fevereiro de 2020 às 21h10.
A Embratur , agência oficial de promoção do turismo nacional, publicou por erro uma postagem em suas redes sociais na qual uma turista denunciava a violência na Cidade Maravilhosa.
A mídia nacional verificou que a postagem, escrita em inglês, foi publicada na última terça-feira nos stories do Instagram da Embratur. Pouco tempo depois, a agência apagou o relato da sua conta oficial por ter sido alvo de piadas de internautas por causa deslize.
"Não posso recomendar a visita a uma cidade onde senti medo até mesmo de sair do apartamento", disse a usuária nomeada 'withlai' que, segundo o G1, é uma cidadã brasileira que mora na Alemanha há seis anos.
A Embratur publicou à noite uma nota de esclarecimento em que indicou que a publicação da mensagem ocorreu devido a um erro de um colaborador, que foi imediatamente suspenso.
Na crítica, a mensagem começa com "O Rio é uma cidade tão maravilhosa", porém em seguida continua "mas a beleza não é suficiente", um possível motivo pelo qual a Embratur pode ter se equivocado ao publicá-la.
A turista comenta em seu relato que, em apenas três dias no Rio, ela e sua família foram roubados e a sua irmã de nove anos testemunhou um assalto violento.
Em comunicado, a agência informou que o compartilhamento citado foi um equívoco. A Agência trabalha para a promoção internacional do turismo e tornar notório para a comunidade internacional a diminuição dos índices de violência, apresentados em 2019".
Segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), em comparação com o ano anterior, o número de casos de homicídios dolosos registrou queda de 19% em 2019. Além disso, o número de roubos a pedestres, de cargas e de veículos também apresentou redução de cerca de 8% frente a 2018.
No entanto, 1.810 pessoas foram mortas por intervenção de agentes do Estado, registrando um aumento de 18% frente a 2018.