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Em SP, salário dos negros é 64% do recebido pelos não negros

Pesquisa da fundação Seade foi feita na região metropolitana do estado

Carteira de Trabalho (Marcos Santos/USP Imagens)

Valéria Bretas

Publicado em 17 de novembro de 2015 às 15h51.

São Paulo – No ano passado, o salário médio dos trabalhadores negros da região metropolitana de São Paulo chegou a ser quase 64% do valor recebido pelos não negros, de acordo com um relatório produzido pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

O rendimento médio por hora dos negros somou R$ 8,79 contra 13,80 dos não negros, em 2014. Vale ressaltar que, em 2002, a diferença salarial era ainda maior, chegando a equivaler a 54,6% dos não negros - quase dez pontos percentuais de diferença em 12 anos.

São Paulo - Nova edição da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios ( PNAD ), divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE , revela que uma série de mazelas históricas persiste no Brasil de hoje. Pela primeira vez na década, o trabalho infantil cresceu no país. Segundo o estudo, mais de meio milhão de crianças e adolescentes com idade de 5 a 17 anos engrossaram a força de trabalho no país no ano passado. O levantamento endossa a tendência dos últimos anos de redução da concentração de renda no Brasil. Só a região Sudeste contrariou a série histórica: o Índice de Gini local cresceu 0,7% no período, passando de 0,475 para 0,478. A diferença entre ricos e pobres continua gritante: em 2014, eram 25,4 milhões de pessoas ganhando menos de 1 salário mínimo e apenas 779 mil com uma renda superior a 20 salários mínimos. O tamanho do Brasil em números Segundo a contagem do IBGE, na semana de referência em que a pesquisa foi realizado, a população brasileira correspondia a 203,2 milhões de pessoas - 1,7 milhão a mais do que no ano anterior. Até os 19 anos de idade, os homens eram a maioria da população nesta faixa etária. A partir dos 20 anos, a situação se inverte e isso se reflete na população residente. O levantamento revela que elas estão estudando mais, mas ainda ganham 70% do salário dos homens. Os dados revelam também que a pirâmide etária brasileira está se afunilando. Ao mesmo tempo em que a participação de idosos aumenta, cai a das crianças de até nove anos.

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São Paulo – No ano passado, o salário médio dos trabalhadores negros da região metropolitana de São Paulo chegou a ser quase 64% do valor recebido pelos não negros, de acordo com um relatório produzido pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

O rendimento médio por hora dos negros somou R$ 8,79 contra 13,80 dos não negros, em 2014. Vale ressaltar que, em 2002, a diferença salarial era ainda maior, chegando a equivaler a 54,6% dos não negros - quase dez pontos percentuais de diferença em 12 anos.

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