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Em SP, reajuste dos ônibus em 2015 não está descartado

"Não dá para descartar que não vai ter e não dá para descartar que vai ter. Estamos avaliando", disse secretário municipal dos Transportes em São Paulo

Ônibus: preço da passagem, R$ 3, não sobe desde junho do ano passado (César Ogata /SECOM)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2014 às 15h23.

São Paulo - O secretário municipal dos Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto, afirmou nesta sexta-feira, 7, que não descarta o aumento da tarifa de ônibus na capital em 2015.

Na quarta-feira, 5, em audiência na Câmara Municipal, o diretor de Finanças da São Paulo Transporte (SPTrans), Denilson Ferreira, afirmou que a empresa - responsável pelo serviço de coletivos na cidade - não prevê reajuste para o ano que vem.

"Não dá para descartar que não vai ter e não dá para descartar que vai ter. Estamos avaliando", disse Tatto em entrevista no seu gabinete, no centro da cidade.

"Não estamos fazendo o debate sobre se vai ter o aumento ou não vai ter o aumento. Esse debate não está acontecendo na Prefeitura."

O preço da passagem, R$ 3, não sobe desde junho do ano passado, quando a gestão Fernando Haddad (PT) aumentou a tarifa para R$ 3,20 e reduziu para o valor antigo pouco mais de 20 dias após o reajuste, em decorrência dos grandes protestos que tomaram as ruas paulistanas, capitaneados pelo Movimento Passe Livre (MPL).

A gestão Geraldo Alckmin (PSDB), que comanda o governo do estado, também voltou atrás no custo das passagens de metrô e trem.

Tatto afirmou que a Prefeitura está na dependência dos resultados de uma auditoria externa, pela empresa Ernst & Young, que vem sendo feita nas contas do sistema de remuneração das empresas e cooperativas e que deve ser entregue no dia 10 de dezembro.

Só depois dessa análise, uma espécie de pente-fino no caixa do sistema, o governo municipal decidirá se aumenta ou não o preço da tarifa.

Originalmente, esse estudo deveria ter sido entregue no meio do ano, mas atrasou.

"Nós estamos aguardando o estudo da Ernst & Young. Ver como eles vão avaliar e fazer a aferição do comportamento também financeiro do sistema de transportes e a partir daí, vamos eventualmente tomar medidas, que passa pelo novo modelo de transporte", disse o secretário.

Tatto se refere ao novo modelo de concessão e permissão do sistema, que passará a valer a partir do ano que vem, em substituição ao atual modelo, vencido, por contrato, em 2013, mas que segue sendo renovado por contratações emergenciais pela Prefeitura.

O secretário contou que a administração municipal vem desenvolvendo "um esforço muito grande" no sentido de reduzir os custos do sistema de ônibus.

Como exemplo, citou a implantação de novas tecnologias nos veículos e o aumento médio da velocidade dos ônibus, por meio das faixas exclusivas, o que reduz gastos com combustível.

A gestão Haddad também defende, no plano federal, a municipalização da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), que incide sobre a gasolina que abastece os veículos de transporte individual.

Desta forma, o montante recolhido com o imposto seria destinado exclusivamente para a melhoria do sistema de mobilidade coletiva, como os ônibus.

Na quarta-feira, Ferreira disse aos vereadores que "não está previsto nenhum tipo de aumento para 2015" e que as tecnologias desenvolvidas pela Prefeitura poderiam levar a economia de R$ 800 milhões no sistema, evitando, assim, a necessidade de reajuste.

Metrô e CPTM

Na terça-feira, 4, o governador Alckmin também falou a respeito do reajuste dos preços dos bilhetes do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que, da mesma forma que os ônibus municipais, subiram para R$ 3,20 e logo depois perderam 20 centavos em junho de 2013.

Questionado sobre a possibilidade de aumento em 2015, o tucano não respondeu diretamente.

"Vamos deixar chegar o ano que vem", limitou-se a dizer.

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São Paulo - O secretário municipal dos Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto, afirmou nesta sexta-feira, 7, que não descarta o aumento da tarifa de ônibus na capital em 2015.

Na quarta-feira, 5, em audiência na Câmara Municipal, o diretor de Finanças da São Paulo Transporte (SPTrans), Denilson Ferreira, afirmou que a empresa - responsável pelo serviço de coletivos na cidade - não prevê reajuste para o ano que vem.

"Não dá para descartar que não vai ter e não dá para descartar que vai ter. Estamos avaliando", disse Tatto em entrevista no seu gabinete, no centro da cidade.

"Não estamos fazendo o debate sobre se vai ter o aumento ou não vai ter o aumento. Esse debate não está acontecendo na Prefeitura."

O preço da passagem, R$ 3, não sobe desde junho do ano passado, quando a gestão Fernando Haddad (PT) aumentou a tarifa para R$ 3,20 e reduziu para o valor antigo pouco mais de 20 dias após o reajuste, em decorrência dos grandes protestos que tomaram as ruas paulistanas, capitaneados pelo Movimento Passe Livre (MPL).

A gestão Geraldo Alckmin (PSDB), que comanda o governo do estado, também voltou atrás no custo das passagens de metrô e trem.

Tatto afirmou que a Prefeitura está na dependência dos resultados de uma auditoria externa, pela empresa Ernst & Young, que vem sendo feita nas contas do sistema de remuneração das empresas e cooperativas e que deve ser entregue no dia 10 de dezembro.

Só depois dessa análise, uma espécie de pente-fino no caixa do sistema, o governo municipal decidirá se aumenta ou não o preço da tarifa.

Originalmente, esse estudo deveria ter sido entregue no meio do ano, mas atrasou.

"Nós estamos aguardando o estudo da Ernst & Young. Ver como eles vão avaliar e fazer a aferição do comportamento também financeiro do sistema de transportes e a partir daí, vamos eventualmente tomar medidas, que passa pelo novo modelo de transporte", disse o secretário.

Tatto se refere ao novo modelo de concessão e permissão do sistema, que passará a valer a partir do ano que vem, em substituição ao atual modelo, vencido, por contrato, em 2013, mas que segue sendo renovado por contratações emergenciais pela Prefeitura.

O secretário contou que a administração municipal vem desenvolvendo "um esforço muito grande" no sentido de reduzir os custos do sistema de ônibus.

Como exemplo, citou a implantação de novas tecnologias nos veículos e o aumento médio da velocidade dos ônibus, por meio das faixas exclusivas, o que reduz gastos com combustível.

A gestão Haddad também defende, no plano federal, a municipalização da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), que incide sobre a gasolina que abastece os veículos de transporte individual.

Desta forma, o montante recolhido com o imposto seria destinado exclusivamente para a melhoria do sistema de mobilidade coletiva, como os ônibus.

Na quarta-feira, Ferreira disse aos vereadores que "não está previsto nenhum tipo de aumento para 2015" e que as tecnologias desenvolvidas pela Prefeitura poderiam levar a economia de R$ 800 milhões no sistema, evitando, assim, a necessidade de reajuste.

Metrô e CPTM

Na terça-feira, 4, o governador Alckmin também falou a respeito do reajuste dos preços dos bilhetes do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que, da mesma forma que os ônibus municipais, subiram para R$ 3,20 e logo depois perderam 20 centavos em junho de 2013.

Questionado sobre a possibilidade de aumento em 2015, o tucano não respondeu diretamente.

"Vamos deixar chegar o ano que vem", limitou-se a dizer.

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