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El Niño dá lugar a La Niña: saiba como o tempo vai mudar com a chegada desse fenômeno

Apesar de fenômeno prometer temperaturas mais amenas, temperaturas devem permanecer acima da média em quase todo país

Calor em SP ( Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 15 de junho de 2024 às 10h28.

Última atualização em 15 de junho de 2024 às 10h43.

O El Niño — um dos responsáveis pelo calor acima da média no Brasil e as chuvas intensas no Sul — está chegando ao fim. Segundo boletim emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia ( Inmet ), a temperatura das águas do Pacífico passaram a ter um valor inferior a 0,5°C, característica fundamental para o término do fenômeno. O instituto também alertou para tempestades no Rio Grande do Sul a partir desta sexta-feira.

O Inmet destacou que o La Niña deve tomar o lugar do "irmão" El Niño a partir do segundo semestre deste ano. O fenômeno costuma trazer efeitos contrário ao El Niño, com o aumento das chuvas no Norte e Nordeste, tempo mais seco no Sul e número menor de chuvas no Centro-Sul.

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Além disso, segundo a meteorologista do Inmet, Andrea Ramos, a chegada do La Niña, no geral, promete temperaturas mais amenas. No entanto, ela afirma que essas características só deverão começar a ser sentidas a partir do final de julho, quando o fenômeno passa a ganhar força, ainda que sua influência demore a ser sentida.

"Em julho, agosto e setembro, a influência do La Niña evolui para 70%. Em agosto, setembro, outubro, ela já chega próximos dos seus 80%".

Até lá, o calor atípico registrado em várias regiões do país e no resto do mundo deve perdurar. No boletim, o Inmet aponta para temperaturas acima da média em todo o Brasil para os próximos dois meses.

No Sul, o órgão prevê chuvas acima da média climatológica, exceto na parte oeste do Rio Grande do Sul. Ramos explicou que é comum a formação de frente frias na região.

"Com isso, tem chuva na retaguarda. As massas de ar frio sempre que entram, proporcionam nevoeiros na região", acrescenta.

Já nesta sexta-feira, o estado deve voltar a ser atingido por tempestades, com destaque para o norte e centro do estado, além da região metropolitana de Porto Alegre.

As chuvas não devem apresentar a mesma intensidade que as registradas em abril e maio, mas seguem até terça-feira, de acordo com Ramos. Para hoje e amanhã, os termômetros de Porto Alegre têm máxima de 24°C e mínima de 17°C.

O Inmet emitiu um alerta de baixa umidade para o Centro-Oeste e o Sudeste a partir deste sábado. O fenômeno ocorre quando a umidade relativa do ar fica entre 30% e 20% e deve abranger todo o estado do Mato Grosso do Sul, além de partes de Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso, Paraná, Goiás, Tocantins e Pará, incluindo as capitais São Paulo, Goiânia, Belo Horizonte e Cuiabá. No Rio de Janeiro, o fim de semana é sem chuvas, com temperatura máxima de 32ºC.

Chuvas no Nordeste

Para os próximos meses, a previsão do Inmet é de chuvas próximas ou acima da média em grande parte do Nordeste. O órgão destacou que chuvas volumosas devem atingir o norte e leste da região, por conta do aquecimento do Atlântico Tropical e distúrbios ondulatórios de leste.

Para este sábado, o instituto alertou para um acumulado de chuva nos estados do Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Ceará e Alagoas, com destaque para a região litorânea dos três primeiros.

Os acumulados devem ficar entre 50mm e 100mm, com chuvas de 30mm a 60mm por hora. O Inmet afirmou que há riscos de alagamentos e deslizamentos de encostas.

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