Dívida faz Santa Casa perder 1,1 mil funcionários da limpeza
A empresa terceirizada contratada pela entidade para cuidar dos serviços de limpeza e manutenção cancelou nesta quarta-feira o contrato com a instituição
Da Redação
Publicado em 18 de dezembro de 2014 às 09h09.
São Paulo - Sem receber R$ 22 milhões devidos pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo nos últimos meses, a empresa terceirizada contratada pela entidade para cuidar dos serviços de limpeza e manutenção cancelou nesta quarta-feira, 17, o contrato com a instituição e anunciou a demissão de 1.100 funcionários que atuavam no complexo hospitalar.
De acordo com a assessoria de imprensa da empresa Dalkia Ambiental/Vivante, a Santa Casa vinha atrasando os pagamentos mensais desde junho, acumulando uma dívida direta de R$ 22 milhões, além de encargos referentes a juros e multas decorrentes de descumprimento de cláusulas contratuais, que somam outros R$ 28 milhões.
Segundo a empresa, até agora o salário dos mais de mil funcionários da Vivante que atuavam de forma terceirizada na Santa Casa estava sendo pago com dinheiro próprio do grupo.
O atraso nos repasses estava comprometendo, segundo a empresa, até mesmo a compra de materiais de higiene e limpeza necessários para a realização dos serviços na entidade. A Vivante diz ter avisado a instituição filantrópica sobre a situação há mais de um mês.
A empresa afirmou ainda que os funcionários demitidos receberam o aviso prévio ontem e ficarão no posto até o dia 4 de janeiro, quando a interrupção dos serviços será efetivada.
De acordo com a Vivante, antes de tomar a decisão de cancelamento do contrato, a empresa tentou, sem sucesso, resolver a situação com a Santa Casa e o governo do Estado e indo à Justiça. Também realizou reuniões com representantes da entidade e de sindicatos.
Solução
Procurada pela reportagem, a assessoria da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo afirmou que a direção da instituição foi comunicada ontem sobre a interrupção dos serviços por parte da empresa Vivante e da demissão dos funcionários.
Disse ainda que a nova superintendência da entidade, que assumiu a gestão em setembro, "está buscando uma solução para a substituição da prestação do serviço de limpeza a partir de janeiro, de forma a garantir a continuidade do atendimento à população".
A Santa Casa não informou se tem funcionários próprios de limpeza e como ficará o serviço após a saída da Vivante. A empresa, por sua vez, afirmou que todas as atividades de limpeza e de manutenção eram executadas exclusivamente por seus funcionários.
Crise
Com dívidas de mais de R$ 400 milhões, a Santa Casa teve sua crise financeira agravada em julho, também graças a problemas de pagamento a fornecedores.
Na ocasião, a Provedoria da instituição fechou o Pronto-Socorro do Hospital Central, no centro da capital paulista, por 30 horas, alegando falta de verba para a compra de materiais e medicamentos. A dívida com fornecedores na época chegava a R$ 50 milhões, de acordo com a direção da unidade.
O pronto-socorro só foi reaberto após o repasse emergencial de R$ 3 milhões por parte da Secretaria da Saúde, que instaurou auditoria nas contas da entidade para apurar possíveis falhas na gestão.
Duas análises das contas, uma feita por comissão interna e outra por empresa independente, apontaram problemas em contratos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - Sem receber R$ 22 milhões devidos pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo nos últimos meses, a empresa terceirizada contratada pela entidade para cuidar dos serviços de limpeza e manutenção cancelou nesta quarta-feira, 17, o contrato com a instituição e anunciou a demissão de 1.100 funcionários que atuavam no complexo hospitalar.
De acordo com a assessoria de imprensa da empresa Dalkia Ambiental/Vivante, a Santa Casa vinha atrasando os pagamentos mensais desde junho, acumulando uma dívida direta de R$ 22 milhões, além de encargos referentes a juros e multas decorrentes de descumprimento de cláusulas contratuais, que somam outros R$ 28 milhões.
Segundo a empresa, até agora o salário dos mais de mil funcionários da Vivante que atuavam de forma terceirizada na Santa Casa estava sendo pago com dinheiro próprio do grupo.
O atraso nos repasses estava comprometendo, segundo a empresa, até mesmo a compra de materiais de higiene e limpeza necessários para a realização dos serviços na entidade. A Vivante diz ter avisado a instituição filantrópica sobre a situação há mais de um mês.
A empresa afirmou ainda que os funcionários demitidos receberam o aviso prévio ontem e ficarão no posto até o dia 4 de janeiro, quando a interrupção dos serviços será efetivada.
De acordo com a Vivante, antes de tomar a decisão de cancelamento do contrato, a empresa tentou, sem sucesso, resolver a situação com a Santa Casa e o governo do Estado e indo à Justiça. Também realizou reuniões com representantes da entidade e de sindicatos.
Solução
Procurada pela reportagem, a assessoria da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo afirmou que a direção da instituição foi comunicada ontem sobre a interrupção dos serviços por parte da empresa Vivante e da demissão dos funcionários.
Disse ainda que a nova superintendência da entidade, que assumiu a gestão em setembro, "está buscando uma solução para a substituição da prestação do serviço de limpeza a partir de janeiro, de forma a garantir a continuidade do atendimento à população".
A Santa Casa não informou se tem funcionários próprios de limpeza e como ficará o serviço após a saída da Vivante. A empresa, por sua vez, afirmou que todas as atividades de limpeza e de manutenção eram executadas exclusivamente por seus funcionários.
Crise
Com dívidas de mais de R$ 400 milhões, a Santa Casa teve sua crise financeira agravada em julho, também graças a problemas de pagamento a fornecedores.
Na ocasião, a Provedoria da instituição fechou o Pronto-Socorro do Hospital Central, no centro da capital paulista, por 30 horas, alegando falta de verba para a compra de materiais e medicamentos. A dívida com fornecedores na época chegava a R$ 50 milhões, de acordo com a direção da unidade.
O pronto-socorro só foi reaberto após o repasse emergencial de R$ 3 milhões por parte da Secretaria da Saúde, que instaurou auditoria nas contas da entidade para apurar possíveis falhas na gestão.
Duas análises das contas, uma feita por comissão interna e outra por empresa independente, apontaram problemas em contratos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.