Clubes brasileiros se reúnem para discutir adesão ao Profut
A regulamentação do programa de refinanciamento das dívidas fiscais foi oficializada, mas ainda há vários pontos que os clubes consideram polêmicos
Da Redação
Publicado em 25 de setembro de 2015 às 09h47.
São Paulo - Representantes dos departamentos jurídicos e financeiros dos principais clubes do futebol brasileiro se reúnem nesta sexta-feira em Porto Alegre para discutir a adesão ao Profut.
A regulamentação do programa de refinanciamento das dívidas fiscais foi publicada nesta quinta no Diário Oficial da União, mas ainda há vários pontos que os clubes consideram polêmicos. A tendência, porém, é que a adesão seja grande.
As regras oficializadas nesta quinta-feira confirmam que os clubes têm até 30 de novembro para entrar no programa - essa também é a data para o pagamento da primeira parcela do financiamento. A mínima é de R$ 3 mil.
O prazo máximo é de 240 meses, com desconto de 70% das multas, 40% dos juros e 100% de encargos legais. Nos 24 primeiros meses, a parcela poderá ter redução de 50%; do 25.º a 48.º, de 25%; e do 49.º a 60%, de 10%. O valor descontado será acrescido nas prestações restantes.
"No aspecto financeiro, o programa é atraente. Mas tem o aspecto jurídico e algumas situações polêmicas que precisamos discutir", disse à reportagem o diretor jurídico do Internacional, Giovani Gazen.
O clube gaúcho é o anfitrião da reunião, que ocorrerá no estádio Beira-Rio. É esperada a presença de representantes de pelo menos 35 dos 40 clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro que foram convidados.
Gazen explicou que o debate será sobre aspectos considerados de difícil execução, como a exigência de que os clubes não tenham déficit superior a 10% em 2018 e de 5% a partir de 2019.
Uma das propostas que pretende apresentar é a elaboração de um decreto que possibilite aos clubes ingressar no Profut com maior segurança.
Mas há clubes que já decidiram aderir. O Atlético Mineiro fez até alterações em seu estatuto, aumentando a responsabilidade do Conselho Fiscal, para poder participar do programa.
"Trabalhamos bastante sobre essa questão e temos tudo pronto para aderir", explicou o diretor jurídico do clube, Lásaro Candido da Cunha. O time de Belo Horizonte não pretende mandar representantes à reunião de Porto Alegre.
O Flamengo é outro que já sabe o que fazer: "O Flamengo vai aderir e não será necessário fazer mudanças no estatuto", informou a assessoria do clube. O Santos já decidiu entrar.
"Vamos aderir, a não ser que haja alguma recomendação forte em contrário", afirmou o presidente Modesto Roma Júnior. "Mas acho que isso não ocorrerá".
Até mesmo entre os clubes que não "bateram o martelo", a tendência, forte, é ingressar no Profut. "Estamos analisando e fazendo os cálculos para ver se vai valer a pena, mas hoje há uma tendência de aderirmos", disse Emerson Piovezan, diretor de finanças do Corinthians.
O São Paulo ainda não se definiu, mas o presidente Carlos Miguel Aidar já revelou um objetivo: "Se aderirmos ao Profut, vou trabalhar para transformar o São Paulo em clube-empresa".
São Paulo - Representantes dos departamentos jurídicos e financeiros dos principais clubes do futebol brasileiro se reúnem nesta sexta-feira em Porto Alegre para discutir a adesão ao Profut.
A regulamentação do programa de refinanciamento das dívidas fiscais foi publicada nesta quinta no Diário Oficial da União, mas ainda há vários pontos que os clubes consideram polêmicos. A tendência, porém, é que a adesão seja grande.
As regras oficializadas nesta quinta-feira confirmam que os clubes têm até 30 de novembro para entrar no programa - essa também é a data para o pagamento da primeira parcela do financiamento. A mínima é de R$ 3 mil.
O prazo máximo é de 240 meses, com desconto de 70% das multas, 40% dos juros e 100% de encargos legais. Nos 24 primeiros meses, a parcela poderá ter redução de 50%; do 25.º a 48.º, de 25%; e do 49.º a 60%, de 10%. O valor descontado será acrescido nas prestações restantes.
"No aspecto financeiro, o programa é atraente. Mas tem o aspecto jurídico e algumas situações polêmicas que precisamos discutir", disse à reportagem o diretor jurídico do Internacional, Giovani Gazen.
O clube gaúcho é o anfitrião da reunião, que ocorrerá no estádio Beira-Rio. É esperada a presença de representantes de pelo menos 35 dos 40 clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro que foram convidados.
Gazen explicou que o debate será sobre aspectos considerados de difícil execução, como a exigência de que os clubes não tenham déficit superior a 10% em 2018 e de 5% a partir de 2019.
Uma das propostas que pretende apresentar é a elaboração de um decreto que possibilite aos clubes ingressar no Profut com maior segurança.
Mas há clubes que já decidiram aderir. O Atlético Mineiro fez até alterações em seu estatuto, aumentando a responsabilidade do Conselho Fiscal, para poder participar do programa.
"Trabalhamos bastante sobre essa questão e temos tudo pronto para aderir", explicou o diretor jurídico do clube, Lásaro Candido da Cunha. O time de Belo Horizonte não pretende mandar representantes à reunião de Porto Alegre.
O Flamengo é outro que já sabe o que fazer: "O Flamengo vai aderir e não será necessário fazer mudanças no estatuto", informou a assessoria do clube. O Santos já decidiu entrar.
"Vamos aderir, a não ser que haja alguma recomendação forte em contrário", afirmou o presidente Modesto Roma Júnior. "Mas acho que isso não ocorrerá".
Até mesmo entre os clubes que não "bateram o martelo", a tendência, forte, é ingressar no Profut. "Estamos analisando e fazendo os cálculos para ver se vai valer a pena, mas hoje há uma tendência de aderirmos", disse Emerson Piovezan, diretor de finanças do Corinthians.
O São Paulo ainda não se definiu, mas o presidente Carlos Miguel Aidar já revelou um objetivo: "Se aderirmos ao Profut, vou trabalhar para transformar o São Paulo em clube-empresa".