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Dilma viaja à Índia para visita oficial e cúpula dos Brics

A cúpula, que reúne os líderes de cinco das principais economias emergentes do mundo será realizada nas próximas quarta e quinta-feira em Nova Délhi

Entre os assuntos que deverão ser debatidos na cúpula está a possível criação de um banco de desenvolvimento constituído com capital dos cinco países (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)
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Da Redação

Publicado em 17 de julho de 2012 às 19h42.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff viaja neste domingo a Nova Délhi, onde participará da IV Cúpula dos Brics, que neste ano terá como principal pauta a análise da crise mundial e seu impacto no comércio.

A cúpula, que reúne os líderes de cinco das principais economias emergentes do mundo - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - será realizada nas próximas quarta e quinta-feira em Nova Délhi. Após o encerramento, Dilma fará na sexta-feira aquela que será sua primeira visita oficial à Índia.

A governante embarcará na noite de hoje e chegará à capital indiana na terça-feira, mas não terá nenhuma atividade oficial até a noite da quarta-feira, quando comparecerá a um jantar oferecido pelo primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, aos líderes dos Brics.

Entre os assuntos que deverão ser debatidos na cúpula está a possível criação de um banco de desenvolvimento constituído com capital dos cinco países e que financiaria projetos nos próprios integrantes do grupo e em outras nações em desenvolvimento.

O ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, que integra a delegação brasileira na viagem, disse na sexta-feira a correspondentes estrangeiros que essa iniciativa está em uma fase 'inicial', mas assegurou que o projeto desperta o 'maior interesse' no governo.

O ministro explicou que a instituição que poderia nascer dentro dos Brics 'não representaria um abandono aos organismos multilaterais', aos quais as economias emergentes reivindicam uma maior presença e poder de voto nas grandes decisões.

'São coisas diferentes', disse Pimentel, que explicou que órgãos como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial (BM) têm certas limitações, entre as quais citou a impossibilidade de financiar diretamente empresas privadas, o que poderia ser feito pelo 'banco dos Brics'.

Sobre este assunto, a subsecretária-geral de Política do Ministério de Relações Exteriores, Maria Edileuza Fontenele, explicou nesta semana que na cúpula que será realizada em Nova Délhi não será anunciada formalmente a criação do banco, mas sim deverá ser formado um grupo de trabalho que analisará a viabilidade 'técnica' do projeto.


Fontenele admitiu que um dos assuntos mais delicados para esse projeto seria a formação do capital da instituição, mas apontou que há vontade política, apesar dos cinco países estarem cientes de que 'não será uma discussão fácil'.

Na IV Cúpula do Brics também serão analisados outros assuntos da agenda global relativos à paz e à segurança ou sobre a reforma das instituições multilaterais, embora a embaixadora tenha antecipado que os debates estarão focados nos aspectos econômico e comercial.

Segundo o FMI, em 2012 os países do Brics serão responsáveis por 56% do crescimento da economia mundial, enquanto os membros do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) responderão por somente 9% dessa expansão.

Esse crescente peso econômico e um comércio entre os Brics que em 2011 somou US$ 250 bilhões demonstram, segundo Fontenele, a tese de que o centro de gravidade da economia mundial deixou de estar nos países mais desenvolvidos.

Após o fim da cúpula dos Brics, Dilma debaterá assuntos bilaterais com a Índia em uma visita de Estado na qual está prevista a assinatura de acordos nas áreas de ciência e tecnologia, educação, igualdade de gêneros e cooperação.

Junto com Dilma viajam cerca de 60 empresários brasileiros, que participarão primeiro de encontros do setor privado dos países do Brics e depois de um seminário com representantes de companhias indianas. EFE

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Brasília - A presidente Dilma Rousseff viaja neste domingo a Nova Délhi, onde participará da IV Cúpula dos Brics, que neste ano terá como principal pauta a análise da crise mundial e seu impacto no comércio.

A cúpula, que reúne os líderes de cinco das principais economias emergentes do mundo - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - será realizada nas próximas quarta e quinta-feira em Nova Délhi. Após o encerramento, Dilma fará na sexta-feira aquela que será sua primeira visita oficial à Índia.

A governante embarcará na noite de hoje e chegará à capital indiana na terça-feira, mas não terá nenhuma atividade oficial até a noite da quarta-feira, quando comparecerá a um jantar oferecido pelo primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, aos líderes dos Brics.

Entre os assuntos que deverão ser debatidos na cúpula está a possível criação de um banco de desenvolvimento constituído com capital dos cinco países e que financiaria projetos nos próprios integrantes do grupo e em outras nações em desenvolvimento.

O ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, que integra a delegação brasileira na viagem, disse na sexta-feira a correspondentes estrangeiros que essa iniciativa está em uma fase 'inicial', mas assegurou que o projeto desperta o 'maior interesse' no governo.

O ministro explicou que a instituição que poderia nascer dentro dos Brics 'não representaria um abandono aos organismos multilaterais', aos quais as economias emergentes reivindicam uma maior presença e poder de voto nas grandes decisões.

'São coisas diferentes', disse Pimentel, que explicou que órgãos como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial (BM) têm certas limitações, entre as quais citou a impossibilidade de financiar diretamente empresas privadas, o que poderia ser feito pelo 'banco dos Brics'.

Sobre este assunto, a subsecretária-geral de Política do Ministério de Relações Exteriores, Maria Edileuza Fontenele, explicou nesta semana que na cúpula que será realizada em Nova Délhi não será anunciada formalmente a criação do banco, mas sim deverá ser formado um grupo de trabalho que analisará a viabilidade 'técnica' do projeto.


Fontenele admitiu que um dos assuntos mais delicados para esse projeto seria a formação do capital da instituição, mas apontou que há vontade política, apesar dos cinco países estarem cientes de que 'não será uma discussão fácil'.

Na IV Cúpula do Brics também serão analisados outros assuntos da agenda global relativos à paz e à segurança ou sobre a reforma das instituições multilaterais, embora a embaixadora tenha antecipado que os debates estarão focados nos aspectos econômico e comercial.

Segundo o FMI, em 2012 os países do Brics serão responsáveis por 56% do crescimento da economia mundial, enquanto os membros do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) responderão por somente 9% dessa expansão.

Esse crescente peso econômico e um comércio entre os Brics que em 2011 somou US$ 250 bilhões demonstram, segundo Fontenele, a tese de que o centro de gravidade da economia mundial deixou de estar nos países mais desenvolvidos.

Após o fim da cúpula dos Brics, Dilma debaterá assuntos bilaterais com a Índia em uma visita de Estado na qual está prevista a assinatura de acordos nas áreas de ciência e tecnologia, educação, igualdade de gêneros e cooperação.

Junto com Dilma viajam cerca de 60 empresários brasileiros, que participarão primeiro de encontros do setor privado dos países do Brics e depois de um seminário com representantes de companhias indianas. EFE

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