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Dilma diz que objetivo não é trazer médicos do exterior

Para presidente, objetivo do programa Mais Médicos não é trazer ao Brasil médicos do exterior, e sim levar mais saúde ao interior do país

Presidenta Dilma Rousseff: "eu confio nos médicos brasileiros. Eu convido os médicos brasileiros a ouvir esse chamado para dar atendimento ao nosso povo", discursou (Roberto Stuckert Filho/PR)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2013 às 20h14.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira que o objetivo do programa Mais Médicos não é trazer ao Brasil médicos do exterior, e sim levar mais saúde ao interior do país, respondendo às entidades representativas da categoria, que têm criticado a iniciativa do governo.

"Eu confio nos médicos brasileiros. Eu convido os médicos brasileiros a ouvir esse chamado para dar atendimento ao nosso povo", discursou Dilma no lançamento do Mais Médicos, que ampliará a presença desses profissionais em regiões carentes.

"Não se pode obrigar um médico que prefere viver na capital a ir para interior, não se pode fazer isso, mesmo que possamos oferecer toda estrutura necessária e boa remuneração", disse Dilma.

"Mas nós precisamos admitir honestamente que algo deve ser feito para que todos os brasileiros tenham direito a um médico e é disso que se trata", argumentou a presidente.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) tem convocado manifestações pelo país para se posicionar contra a contratação de médicos estrangeiros, apesar de o Brasil ter 700 municípios sem nenhum médico, segundo o governo.

O programa anunciado nesta segunda-feira tem três eixos: mudar a formação dos futuros médicos a partir de 2015, tornando obrigatório que eles prestem atendimento básico de saúde pelo Sistema Único de Saúde (SUS) por dois anos; aumentar os investimentos para a infraestrutura de saúde, num total de 15 bilhões de reais até 2014; e levar médicos brasileiros e estrangeiros a municípios que tenham média inferior à nacional de 1,8 médico por grupo de mil habitantes.

Segundo o governo, os médicos que aceitarem a transferência para esses locais receberão uma bolsa federal de 10 mil reais e atuarão sob a supervisão de instituições públicas de ensino.

Só poderão participar estrangeiros egressos de faculdades de medicina com tempo de formação equivalente ao brasileiro, com conhecimentos em língua portuguesa, com autorização para livre exercício da medicina em seu país de origem e vindos de países onde a proporção de médicos para cada grupo de mil habitantes é superior à brasileira.

Todos os profissionais vindos de outros países cursarão especialização em Atenção Básica e serão acompanhados por uma instituição de ensino. Eles só ocuparão vagas remanescentes da convocação dos profissionais brasileiros.

Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o Brasil não deve temer a convocação de médicos estrangeiros e que esse modelo é adotado em várias partes do mundo. Ele citou como exemplos a Inglaterra, onde 37 por cento dos médicos são estrangeiros, e os Estados Unidos, que tem 25 por cento de profissionais de outros países entre seus quadros.

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Brasília - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira que o objetivo do programa Mais Médicos não é trazer ao Brasil médicos do exterior, e sim levar mais saúde ao interior do país, respondendo às entidades representativas da categoria, que têm criticado a iniciativa do governo.

"Eu confio nos médicos brasileiros. Eu convido os médicos brasileiros a ouvir esse chamado para dar atendimento ao nosso povo", discursou Dilma no lançamento do Mais Médicos, que ampliará a presença desses profissionais em regiões carentes.

"Não se pode obrigar um médico que prefere viver na capital a ir para interior, não se pode fazer isso, mesmo que possamos oferecer toda estrutura necessária e boa remuneração", disse Dilma.

"Mas nós precisamos admitir honestamente que algo deve ser feito para que todos os brasileiros tenham direito a um médico e é disso que se trata", argumentou a presidente.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) tem convocado manifestações pelo país para se posicionar contra a contratação de médicos estrangeiros, apesar de o Brasil ter 700 municípios sem nenhum médico, segundo o governo.

O programa anunciado nesta segunda-feira tem três eixos: mudar a formação dos futuros médicos a partir de 2015, tornando obrigatório que eles prestem atendimento básico de saúde pelo Sistema Único de Saúde (SUS) por dois anos; aumentar os investimentos para a infraestrutura de saúde, num total de 15 bilhões de reais até 2014; e levar médicos brasileiros e estrangeiros a municípios que tenham média inferior à nacional de 1,8 médico por grupo de mil habitantes.

Segundo o governo, os médicos que aceitarem a transferência para esses locais receberão uma bolsa federal de 10 mil reais e atuarão sob a supervisão de instituições públicas de ensino.

Só poderão participar estrangeiros egressos de faculdades de medicina com tempo de formação equivalente ao brasileiro, com conhecimentos em língua portuguesa, com autorização para livre exercício da medicina em seu país de origem e vindos de países onde a proporção de médicos para cada grupo de mil habitantes é superior à brasileira.

Todos os profissionais vindos de outros países cursarão especialização em Atenção Básica e serão acompanhados por uma instituição de ensino. Eles só ocuparão vagas remanescentes da convocação dos profissionais brasileiros.

Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o Brasil não deve temer a convocação de médicos estrangeiros e que esse modelo é adotado em várias partes do mundo. Ele citou como exemplos a Inglaterra, onde 37 por cento dos médicos são estrangeiros, e os Estados Unidos, que tem 25 por cento de profissionais de outros países entre seus quadros.

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