Dilma critica aventuras antidemocráticas
Pressionada por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a presidente defendeu a democracia e disse que o Mercosul deve evitar atitudes que incitem a violência
Da Redação
Publicado em 18 de julho de 2015 às 11h18.
Brasília -- Na mira do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e sob constantes ataques da oposição, que se articula para viabilizar o seu impeachment, a presidente Dilma Rousseff disse ontem que "não há espaço para aventuras antidemocráticas" na América do Sul.
Em discurso na 48.ª Cúpula do Mercosul , feito para comentar a situação geral do bloco, mas que também serviu para enviar recados domésticos, Dilma defendeu a persistência no caminho da democracia , "evitando atitudes que acirrem disputas e incitem a violência".
"Somos uma região que sofreu muito com as ditaduras. Hoje somos uma região onde a democracia floresce e amadurece. No ano passado, tivemos eleições gerais no Uruguai e no Brasil. Este ano é a vez da Argentina e da Venezuela", discursou a presidente.
A fala soou como mais um recado da insatisfação brasileira à demora dos venezuelanos em definirem a data das eleições parlamentares, que foram marcadas para 6 de dezembro.
"A realização periódica e regular desses pleitos demonstra capacidade de lidar com diferenças políticas, por meio do diálogo, do respeito às instituições e da participação cidadã. Temos de persistir neste caminho, evitando atitudes que acirrem disputas e incitem a violência. Não há espaço para aventuras antidemocráticas na América do Sul, na nossa região", completou Dilma.
O discurso de defesa à democracia foi reforçado pelos colegas sul-americanos. Envolvido em uma grave crise social e política, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, saiu em defesa dos movimentos de esquerda, afirmando que "ninguém vai nos apagar do mapa". A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, por sua vez, disse que, mais do que nunca, os países do Mercosul deveriam fortalecer suas democracias.
Blindagem
Dilma decidiu cancelar, em cima da hora, duas declarações à imprensa que haviam sido programadas - a primeira, depois da sessão plenária da cúpula; a segunda, após receber a presidente da Argentina no Palácio da Alvorada, no final da tarde.
A Secretaria de Comunicação Social (Secom) impôs restrições de acesso de jornalistas ao Alvorada e apenas a imprensa oficial pôde acompanhar a audiência entre as duas presidentes.
Brasília -- Na mira do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e sob constantes ataques da oposição, que se articula para viabilizar o seu impeachment, a presidente Dilma Rousseff disse ontem que "não há espaço para aventuras antidemocráticas" na América do Sul.
Em discurso na 48.ª Cúpula do Mercosul , feito para comentar a situação geral do bloco, mas que também serviu para enviar recados domésticos, Dilma defendeu a persistência no caminho da democracia , "evitando atitudes que acirrem disputas e incitem a violência".
"Somos uma região que sofreu muito com as ditaduras. Hoje somos uma região onde a democracia floresce e amadurece. No ano passado, tivemos eleições gerais no Uruguai e no Brasil. Este ano é a vez da Argentina e da Venezuela", discursou a presidente.
A fala soou como mais um recado da insatisfação brasileira à demora dos venezuelanos em definirem a data das eleições parlamentares, que foram marcadas para 6 de dezembro.
"A realização periódica e regular desses pleitos demonstra capacidade de lidar com diferenças políticas, por meio do diálogo, do respeito às instituições e da participação cidadã. Temos de persistir neste caminho, evitando atitudes que acirrem disputas e incitem a violência. Não há espaço para aventuras antidemocráticas na América do Sul, na nossa região", completou Dilma.
O discurso de defesa à democracia foi reforçado pelos colegas sul-americanos. Envolvido em uma grave crise social e política, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, saiu em defesa dos movimentos de esquerda, afirmando que "ninguém vai nos apagar do mapa". A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, por sua vez, disse que, mais do que nunca, os países do Mercosul deveriam fortalecer suas democracias.
Blindagem
Dilma decidiu cancelar, em cima da hora, duas declarações à imprensa que haviam sido programadas - a primeira, depois da sessão plenária da cúpula; a segunda, após receber a presidente da Argentina no Palácio da Alvorada, no final da tarde.
A Secretaria de Comunicação Social (Secom) impôs restrições de acesso de jornalistas ao Alvorada e apenas a imprensa oficial pôde acompanhar a audiência entre as duas presidentes.