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Dilma diz ser possível planejar para evitar falta de água

Dilma contra-atacou críticas da política energética ao afirmar que o setor aprendeu a lidar com a falta de chuva a partir da crise de 2001

Presidente Dilma Rousseff durante visita às obras do Projeto de Integração do Rio São Francisco, em Jati, Ceará (Roberto Stuckert Filho/PR)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2014 às 16h20.

Rio de Janeiro - A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira que é possível planejar e investir para impedir a escassez de água , problema enfrentado pelo Estado de São Paulo, governado pelo PSDB, partido de seu principal adversário na disputa eleitoral deste ano, o senador Aécio Neves.

Em meio a críticas sob a atual condução da política energética, Dilma contra-atacou ao afirmar que o setor elétrico aprendeu a lidar com a falta de chuva a partir da crise de 2001, quando houve racionamento de energia sob o governo do também tucano Fernando Cardoso.

Em um dia de visitas a diferentes obras do projeto de integração do rio São Francisco na Paraíba, Ceará e Pernambuco, a presidente voltou a criticar governos anteriores aos do PT, como tem feito recentemente, declarando que outros não fizeram quando estavam no poder o mesmo que ela e o antecessor Luiz Inácio da Silva.

"O governo federal, junto com a região toda, os governadores dessa região, prefeitos e lideranças, nós planejamos, nós estamos investindo para garantir que não seja uma surpresa para nós a falta de água, porque você pode planejar e impedir (a falta de água)", disse Dilma a repórteres durante visita ao túnel Cuncas 2, em São José das Piranhas (PB).

"O São Francisco é o rio que beneficia mais a população nordestina e que vai garantir uma diferença de qualidade, principalmente quando nós estamos vendo hoje uma situação muito difícil sendo passada no Estado mais rico da federação, que é São Paulo, que é a falta de água no reservatório da Cantareira", acrescentou.

Segundo a presidente, as obras de transposição do São Francisco começaram a caminhar somente sob o ex-presidente Lula, e aqueles que criticam o governo não fizeram os investimentos quando estavam no poder.

"Acontece uma coisa engraçada no Brasil. Quem nunca fez, desanda a cobrar de quem fez. É isso que nós estamos assistindo. Gente que nunca fez quando pôde cobrar de quem está fazendo quando pode", afirmou.

A região metropolitana de São Paulo enfrenta no momento a pior crise hídrica desde a criação do Sistema Cantareira, principal responsável pelo abastecimento da região, na década de 1970.

O nível de água do sistema caiu para abaixo de 9 por cento no fim de semana, mantendo a tendência de esgotamento do mais importante conjunto de represas para o abastecimento de cerca de 9 milhões dos habitantes da região metropolitana.

Dilma afirmou que é um erro das autoridades não considerar a possibilidade de falta de chuva em regiões que normalmente têm condições hidrológicas favoráveis, e disse que é preciso ter planos de contingência para o caso de pouca chuva, como aconteceu neste ano no Sudeste.

Energia

A estação chuvosa 2013/2014 terminou em abril e foi extremamente seca pelo segundo ano consecutivo, o que ajudou a elevar o preço de energia de curto prazo pelo forte acionamento de termelétricas e tem causado preocupações entre agentes do setor.

Alguns analistas já apontam para necessidade de racionamento de energia para evitar problemas maiores adiante, mas o governo federal tem descartado a necessidade disso.

"Nós temos hoje um momento de baixa hidrológica mais grave do que foi o de 2001, no entanto, não temos os mesmos problemas de 2001 no setor elétrico porque investimentos em geração e transmissão de energia", disse Dilma em entrevista concedida em Jati (CE).

"As térmicas estão presentes na matriz enérgica brasileira não para decorá-la, mas para ser usadas sempre quando nós tivermos momento de falta de água", acrescentou.

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Rio de Janeiro - A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira que é possível planejar e investir para impedir a escassez de água , problema enfrentado pelo Estado de São Paulo, governado pelo PSDB, partido de seu principal adversário na disputa eleitoral deste ano, o senador Aécio Neves.

Em meio a críticas sob a atual condução da política energética, Dilma contra-atacou ao afirmar que o setor elétrico aprendeu a lidar com a falta de chuva a partir da crise de 2001, quando houve racionamento de energia sob o governo do também tucano Fernando Cardoso.

Em um dia de visitas a diferentes obras do projeto de integração do rio São Francisco na Paraíba, Ceará e Pernambuco, a presidente voltou a criticar governos anteriores aos do PT, como tem feito recentemente, declarando que outros não fizeram quando estavam no poder o mesmo que ela e o antecessor Luiz Inácio da Silva.

"O governo federal, junto com a região toda, os governadores dessa região, prefeitos e lideranças, nós planejamos, nós estamos investindo para garantir que não seja uma surpresa para nós a falta de água, porque você pode planejar e impedir (a falta de água)", disse Dilma a repórteres durante visita ao túnel Cuncas 2, em São José das Piranhas (PB).

"O São Francisco é o rio que beneficia mais a população nordestina e que vai garantir uma diferença de qualidade, principalmente quando nós estamos vendo hoje uma situação muito difícil sendo passada no Estado mais rico da federação, que é São Paulo, que é a falta de água no reservatório da Cantareira", acrescentou.

Segundo a presidente, as obras de transposição do São Francisco começaram a caminhar somente sob o ex-presidente Lula, e aqueles que criticam o governo não fizeram os investimentos quando estavam no poder.

"Acontece uma coisa engraçada no Brasil. Quem nunca fez, desanda a cobrar de quem fez. É isso que nós estamos assistindo. Gente que nunca fez quando pôde cobrar de quem está fazendo quando pode", afirmou.

A região metropolitana de São Paulo enfrenta no momento a pior crise hídrica desde a criação do Sistema Cantareira, principal responsável pelo abastecimento da região, na década de 1970.

O nível de água do sistema caiu para abaixo de 9 por cento no fim de semana, mantendo a tendência de esgotamento do mais importante conjunto de represas para o abastecimento de cerca de 9 milhões dos habitantes da região metropolitana.

Dilma afirmou que é um erro das autoridades não considerar a possibilidade de falta de chuva em regiões que normalmente têm condições hidrológicas favoráveis, e disse que é preciso ter planos de contingência para o caso de pouca chuva, como aconteceu neste ano no Sudeste.

Energia

A estação chuvosa 2013/2014 terminou em abril e foi extremamente seca pelo segundo ano consecutivo, o que ajudou a elevar o preço de energia de curto prazo pelo forte acionamento de termelétricas e tem causado preocupações entre agentes do setor.

Alguns analistas já apontam para necessidade de racionamento de energia para evitar problemas maiores adiante, mas o governo federal tem descartado a necessidade disso.

"Nós temos hoje um momento de baixa hidrológica mais grave do que foi o de 2001, no entanto, não temos os mesmos problemas de 2001 no setor elétrico porque investimentos em geração e transmissão de energia", disse Dilma em entrevista concedida em Jati (CE).

"As térmicas estão presentes na matriz enérgica brasileira não para decorá-la, mas para ser usadas sempre quando nós tivermos momento de falta de água", acrescentou.

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