Dilma acredita em apoio do PT para enfrentar crise econômica
Presidente Dilma Rousseff fez discurso durante visita ao Chile neste sábado (27)
Da Redação
Publicado em 27 de fevereiro de 2016 às 21h57.
O Brasil precisa estar unido para implementar ajustes com sucesso e convencer os investidores de que está preparado para superar a "forte" crise econômica atual - declarou a presidente Dilma Rousseff , em Santiago, neste sábado, garantindo que tem o apoio de seu partido ( PT ).
Para retomar o crescimento depois de um 2015 com contração de 3,8%, o Brasil "não pode se mostrar sistematicamente desunido", defendeu.
Segundo ela, o país precisa encarar as "necessárias medidas (...) em meio à forte crise , pela qual estamos passando" e mostrar aos empresários que o país "tem sólidas estruturas".
Para recuperar o grau de investimento, afirmou, o governo precisa estabilizar a situação fiscal, um passo necessário "para que se crie um ambiente favorável para os investimentos (..) para que a inflação esteja controlada e que permita que haja um horizonte de expectativas positivas".
"Nós queremos voltar a crescer e, para voltar a crescer, é importante ter investimentos do setor privado e também do setor público", acrescentou.
Em seu segundo e último dia de visita ao Chile, a presidente justificou sua ausência da reunião do PT, neste sábado, diante da importância de fomentar investimentos estrangeiros - especialmente de empresas chilenas -, minimizando o mal-estar causado na base do partido por sua ausência.
"Tenho um problema de distância" para comparecer, brincou Dilma, na saída da reunião com empresários chilenos e antes de um almoço com a presidente chilena, Michelle Bachelet.
"Preciso da ajuda de todos os partidos da minha base - PT principalmente, que é o partido ao qual eu pertenço", frisou.
"Sempre pedirei o apoio (ao meu partido) e conto com o apoio deles", garantiu Dilma.
Reconquistar a confiança de investidores
Hoje, ela se reuniu com a diretoria da companhia aérea Latam e da gigante papeleira CMPC, em uma agenda marcadamente comercial para fortalecer a cooperação regional e amenizar a crise econômica enfrentada no Brasil.
Depois da reunião, o secretário-geral da CMPC, Gonzalo García Balmaceda, comentou que a pauta do encontro incluiu o desenvolvimento de futuros investimentos e "as dificuldades que se apresentam para poder continuar investindo na nossa área", de produção de celulose, entre elas as limitações para a compra de terra em vigor para empresas estrangeiras no país vizinho.
García Balmaceda celebrou a boa disposição de Dilma e enfatizou que está feliz com a presença de sua empresa no Brasil.
"Fomos muito bem acolhidos. Chegamos em 2009, estamos presentes em vários estados e, obviamente, nossa intenção é continuar investindo no Brasil", relatou.
A CMPC tem investidos no Brasil mais de cinco bilhões de dólares.
Já o ministro brasileiro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, assinalou que as reuniões de Dilma com um representante da Latam e com García Balmaceda buscam "manter a confiança dos maiores investidores chilenos no Brasil".
Sobre a limitação de compra de terras por parte de empresas estrangeiras, Monteiro destacou que é preciso buscar uma fórmula que avalie esses casos de investimento sem afetar a soberania do país.
Na sexta-feira, depois de um encontro com Bachelet, no intuito de aprofundar a cooperação regional, Dilma se reuniu com representantes de cerca de 20 empresas brasileiras com presença no Chile. O objetivo era ouvir os problemas que enfrentam em um contexto regional adverso.
Depois da reunião, os empresários consideraram o resultado promissor.
Nas últimas horas de sua visita, Dilma almoçou com sua colega chilena e com a secretária-executiva da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal), Alicia Bárcena. Antes do retorno ao Brasil, a presidente se reúne com vários economistas na sede da Cepal.
Programada em tempo recorde, a visita de Dilma acontece no momento em que a chefe de Estado enfrenta novas turbulências pelos inúmeros casos de corrupção que mancham sua presidência, com um pedido de processo de impeachment que ameaça a continuidade de seu poder.
O Brasil precisa estar unido para implementar ajustes com sucesso e convencer os investidores de que está preparado para superar a "forte" crise econômica atual - declarou a presidente Dilma Rousseff , em Santiago, neste sábado, garantindo que tem o apoio de seu partido ( PT ).
Para retomar o crescimento depois de um 2015 com contração de 3,8%, o Brasil "não pode se mostrar sistematicamente desunido", defendeu.
Segundo ela, o país precisa encarar as "necessárias medidas (...) em meio à forte crise , pela qual estamos passando" e mostrar aos empresários que o país "tem sólidas estruturas".
Para recuperar o grau de investimento, afirmou, o governo precisa estabilizar a situação fiscal, um passo necessário "para que se crie um ambiente favorável para os investimentos (..) para que a inflação esteja controlada e que permita que haja um horizonte de expectativas positivas".
"Nós queremos voltar a crescer e, para voltar a crescer, é importante ter investimentos do setor privado e também do setor público", acrescentou.
Em seu segundo e último dia de visita ao Chile, a presidente justificou sua ausência da reunião do PT, neste sábado, diante da importância de fomentar investimentos estrangeiros - especialmente de empresas chilenas -, minimizando o mal-estar causado na base do partido por sua ausência.
"Tenho um problema de distância" para comparecer, brincou Dilma, na saída da reunião com empresários chilenos e antes de um almoço com a presidente chilena, Michelle Bachelet.
"Preciso da ajuda de todos os partidos da minha base - PT principalmente, que é o partido ao qual eu pertenço", frisou.
"Sempre pedirei o apoio (ao meu partido) e conto com o apoio deles", garantiu Dilma.
Reconquistar a confiança de investidores
Hoje, ela se reuniu com a diretoria da companhia aérea Latam e da gigante papeleira CMPC, em uma agenda marcadamente comercial para fortalecer a cooperação regional e amenizar a crise econômica enfrentada no Brasil.
Depois da reunião, o secretário-geral da CMPC, Gonzalo García Balmaceda, comentou que a pauta do encontro incluiu o desenvolvimento de futuros investimentos e "as dificuldades que se apresentam para poder continuar investindo na nossa área", de produção de celulose, entre elas as limitações para a compra de terra em vigor para empresas estrangeiras no país vizinho.
García Balmaceda celebrou a boa disposição de Dilma e enfatizou que está feliz com a presença de sua empresa no Brasil.
"Fomos muito bem acolhidos. Chegamos em 2009, estamos presentes em vários estados e, obviamente, nossa intenção é continuar investindo no Brasil", relatou.
A CMPC tem investidos no Brasil mais de cinco bilhões de dólares.
Já o ministro brasileiro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, assinalou que as reuniões de Dilma com um representante da Latam e com García Balmaceda buscam "manter a confiança dos maiores investidores chilenos no Brasil".
Sobre a limitação de compra de terras por parte de empresas estrangeiras, Monteiro destacou que é preciso buscar uma fórmula que avalie esses casos de investimento sem afetar a soberania do país.
Na sexta-feira, depois de um encontro com Bachelet, no intuito de aprofundar a cooperação regional, Dilma se reuniu com representantes de cerca de 20 empresas brasileiras com presença no Chile. O objetivo era ouvir os problemas que enfrentam em um contexto regional adverso.
Depois da reunião, os empresários consideraram o resultado promissor.
Nas últimas horas de sua visita, Dilma almoçou com sua colega chilena e com a secretária-executiva da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal), Alicia Bárcena. Antes do retorno ao Brasil, a presidente se reúne com vários economistas na sede da Cepal.
Programada em tempo recorde, a visita de Dilma acontece no momento em que a chefe de Estado enfrenta novas turbulências pelos inúmeros casos de corrupção que mancham sua presidência, com um pedido de processo de impeachment que ameaça a continuidade de seu poder.