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Demissão de espião foi por quebra de confiança, diz Abin

Wilson Trezza admitiu a exoneração por "quebra de confiança" de um funcionário do órgão que teve encontros com um agente secreto dos EUA

General José Elito Siqueira: general sustentava que funcionário foi exonerado por ter cumprido tempo de aposentadoria (Elza Fiúza/ABr)
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Da Redação

Publicado em 20 de novembro de 2013 às 20h44.

Brasília - O diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Wilson Trezza, admitiu nesta quarta-feira, 20, no Senado a exoneração por "quebra de confiança" de um funcionário do órgão que teve encontros com um agente secreto dos Estados Unidos.

O general José Elito, ministro do Gabinete de Segurança Institucional e chefe imediato de Trezza, sustentava que esse funcionário foi exonerado por ter cumprido tempo de aposentadoria. Também presente na audiência pública, Elito se limitou a "passar a palavra" para seu subordinado.

O caso envolvendo os espiões da Abin e da CIA, o serviço secreto norte-americano, foi revelado no mês passado pelo Estado. Os encontros entre os agentes ocorreram até agosto de 2012, no Paraná, período em que a presidente Dilma Rousseff e o seu alto escalão estavam sob espionagem de agentes da NSA , a agência de segurança nacional dos Estados Unidos.

A Abin demitiu o seu funcionário, identificado como o oficial de inteligência 008997, sem instaurar sindicância ou processo administrativo. Depois, a agência tentou abafar o caso. Após a divulgação do episódio, o ministro José Elito se esforçou para associar a exoneração do funcionário do cargo como superintende da Abin em Manaus como um caso rotineiro.

A Abin percebeu que seu oficial, um agente que atuava na região de Foz do Iguaçu, se encontrava com o agente da CIA, numa operação de contraespionagem. Wilson Trezza e José Elito estiveram nesta quarta-feira numa Comissão Mista de Inteligência, formada por deputados e senadores, nas dependências do Senado. Aos parlamentares, Trezza evitou dar detalhes sobre as conversas entre os dois espiões, gravadas por outros agentes da ABIN.

"Nós não estaríamos aqui se não fosse minha determinação de abertura de operação de contrainteligência", afirmou." "Inicialmente, esse tipo de situação é do conhecimento apenas do diretor-geral e de duas ou três outras pessoas. A operação de contrainteligência é uma investigação e serve como sindicância", completou.

Trezza deixou claro que a exoneração ocorreu porque o agente cometeu desrespeito à hierarquia. "No entanto, os dados que recebi não me convenceram de que havia elementos de ilegalidade que justificassem a abertura de um processo disciplinar".

Depois, o diretor-geral da ABIN confirmou que adotou a sanção mais dura contra um funcionário público, a demissão. "Quem demite 14 pessoas, como eu demiti, não teria porque não demitir a décima quinta", disse. A conta de Trezza incluiu demitidos por irregularidades de sua gestão, que começou em 2008.

No Senado, Trezza ainda confirmou que a Abin realizou uma operação para verificar uma possível sabotagem por trás da explosão da base de lançamento de satélites em Alcântara, no Maranhão, em 2003, e o monitoramente de diplomatas estrangeiros no Brasil na mesma época. A Folha de S.Paulo revelou que a operação da agência investigou funcionários do governo francês. Ainda segundo o diretor-geral da ABIN, a operação foi inconclusiva.

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Brasília - O diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Wilson Trezza, admitiu nesta quarta-feira, 20, no Senado a exoneração por "quebra de confiança" de um funcionário do órgão que teve encontros com um agente secreto dos Estados Unidos.

O general José Elito, ministro do Gabinete de Segurança Institucional e chefe imediato de Trezza, sustentava que esse funcionário foi exonerado por ter cumprido tempo de aposentadoria. Também presente na audiência pública, Elito se limitou a "passar a palavra" para seu subordinado.

O caso envolvendo os espiões da Abin e da CIA, o serviço secreto norte-americano, foi revelado no mês passado pelo Estado. Os encontros entre os agentes ocorreram até agosto de 2012, no Paraná, período em que a presidente Dilma Rousseff e o seu alto escalão estavam sob espionagem de agentes da NSA , a agência de segurança nacional dos Estados Unidos.

A Abin demitiu o seu funcionário, identificado como o oficial de inteligência 008997, sem instaurar sindicância ou processo administrativo. Depois, a agência tentou abafar o caso. Após a divulgação do episódio, o ministro José Elito se esforçou para associar a exoneração do funcionário do cargo como superintende da Abin em Manaus como um caso rotineiro.

A Abin percebeu que seu oficial, um agente que atuava na região de Foz do Iguaçu, se encontrava com o agente da CIA, numa operação de contraespionagem. Wilson Trezza e José Elito estiveram nesta quarta-feira numa Comissão Mista de Inteligência, formada por deputados e senadores, nas dependências do Senado. Aos parlamentares, Trezza evitou dar detalhes sobre as conversas entre os dois espiões, gravadas por outros agentes da ABIN.

"Nós não estaríamos aqui se não fosse minha determinação de abertura de operação de contrainteligência", afirmou." "Inicialmente, esse tipo de situação é do conhecimento apenas do diretor-geral e de duas ou três outras pessoas. A operação de contrainteligência é uma investigação e serve como sindicância", completou.

Trezza deixou claro que a exoneração ocorreu porque o agente cometeu desrespeito à hierarquia. "No entanto, os dados que recebi não me convenceram de que havia elementos de ilegalidade que justificassem a abertura de um processo disciplinar".

Depois, o diretor-geral da ABIN confirmou que adotou a sanção mais dura contra um funcionário público, a demissão. "Quem demite 14 pessoas, como eu demiti, não teria porque não demitir a décima quinta", disse. A conta de Trezza incluiu demitidos por irregularidades de sua gestão, que começou em 2008.

No Senado, Trezza ainda confirmou que a Abin realizou uma operação para verificar uma possível sabotagem por trás da explosão da base de lançamento de satélites em Alcântara, no Maranhão, em 2003, e o monitoramente de diplomatas estrangeiros no Brasil na mesma época. A Folha de S.Paulo revelou que a operação da agência investigou funcionários do governo francês. Ainda segundo o diretor-geral da ABIN, a operação foi inconclusiva.

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