De olho nas próximas eleições presidenciais, Lula rejeita moderar discurso
Setores do PT defendem que ex-presidente deveria assumir papel pacificador no atual cenário; prioridade do petista é evitar surgimento de nome de centro
Agência O Globo
Publicado em 5 de janeiro de 2020 às 10h35.
São Paulo — Apesar do apelo de parte das lideranças do PT , o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem rejeitado em conversas com aliados fazer uma inflexão no discurso que adotou desde que deixou a prisão no dia 8 de novembro.
O plano do petista é manter os ataques ao presidente Jair Bolsonaro e investir para consolidar a polarização, numa tentativa de evitar o surgimento de um nome de centro para a disputa de 2022.
Um dia após ser solto, ao discursar no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo, Lula relacionou Bolsonaro com as milícias e chegou a dizer que os brasileiros deveriam seguir “o exemplo do povo do Chile”, que tomou as ruas do país em protestos que resultaram em mais de 20 mortes nos últimos meses.