De candidata a ministra: quem é Simone Tebet, ministra do Planejamento anunciada por Lula
Ligada ao agronegócio em seu estado, foi deputada estadual, prefeita de Três Lagoas por dois mandatos e vice-governadora
Agência O Globo
Publicado em 29 de dezembro de 2022 às 14h18.
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva , anunciou nesta quinta-feira o nome de Simone Tebet como a sua futura ministra do Planejamento. Aos 52 anos, Tebet foi a terceira colocada nas eleições presidenciais de outubro. Única mulher a disputar a cadeira presidencial, encampou a chamada "terceira via" pelo MDB, seu partido, em aliança com PSDB e Cidadania. Ela integra o grupo técnico que discute temas relacionados ao Desenvolvimento Social e o Combate à Fome na transição.
Cotada para assumir o ministério que ficará responsável pelo Bolsa Família, Tebet teve destaque durante a CPI da Covid, na qual ganhou projeção ao contestar com veemência medidas do governo federal, entre elas o atraso na compra das vacinas contra Covid-19. No caso da aquisição da vacina indiana Covaxin, Tebet foi decisiva durante os questionamentos ao deputado Luis Miranda, que denunciou corrupção na negociação do medicamento. Após pressão de Tebet, Miranda citou o líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros, como suspeito das irregularidades.
Primeira líder da bancada feminina no Senado, que foi criada em março de 2021, também foi a primeira mulher a disputar a Presidência do Senado, em fevereiro do ano passado. Ela perdeu a disputa para o atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco.
Formada em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Tebet é descendente de libaneses e filha do ex-ministro Ramez Tebet, morto em 2006. Seu pai foi governador de Mato Grosso do Sul, senador e presidente do Senado, além de ter comandado a pasta da Integração Nacional na Esplanada.
Ligada ao agronegócio em seu estado, foi deputada estadual, prefeita de Três Lagoas por dois mandatos e vice-governadora. Casada e mãe de duas filhas, votou a favor do impeachment de Dilma Rousseff, em 2016
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